A ausência de ética
Autor Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/6/2006 4:13:14 PM
Aproximando-se das eleições, tudo parece transcorrer dentro da normalidade costumeira. Os carros pelas ruas anunciando as qualidades desse ou naquele candidato, nos bares pareceres melhores fundamentados ou não, favores, promessas, tudo como se vivessemos em uma perfeita democracia. O que se observa na prática é o drama de um povo oprimido pela falta de renda, de emprego, de segurança, por que não dizer de cidadania. Os moinhos de vento, que um dia foram engenhos de cana, hoje se parecem com algo chamado Estado, que não obstante a ausência da consecussão de seus fins, se apresenta irreal, ao menos inatingível quando se trata de suas obrigações sociais. Dessa maneira, todos os escândalos vividos desse ano e nos demais alcançam tão somente a condição de equívocos políticos, premiados pela mídia e logo esquecidos por todos. Ocorre todavia um desgate exarcerbado da classe política, também premiada com honrados profissionais, que sofrem por consequência os estilhaços dessa completa ausência de ética na política. Assim misturam-se gregos e troianos, numa guerra pelo voto, que lamentavelmente poderá ser a causa de outros tantos escândalos, onde só a presença da ética profissional é capaz de evitá-los.
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