A auto-expressão
Autor Zaida Miranda Rebêlo da Silva
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/19/2006 7:00:15 PM
A palavra auto-expressão não é comumente usada nos meios de comunicação. Contudo, quando é utilizada, geralmente tem o sentido de externar aquilo que se está sentindo no momento. Nada mais. Há, porém, alguns que até utilizam a expressão "auto-expressar-se" como forma de impôr seus sentimentos e opiniões sobre as pessoas.
A auto-expressão só é bela quando baseada na sua personalidade que é algo que cada um possui de forma peculiar. A verdadeira personalidade de um indivíduo é algo que se mantém ardendo como uma chama até ao fim da vida. Aprimorar nossa auto-expressão é polir e burilar esta chama da personalidade. Não é, portanto, a apresentação de um sentimento caprichoso e egoístico.
Há um sabor peculiar na expressão de cada pessoa. Assim como o modo de andar ou a forma de escrever varia de um para o outro, a peculiaridade da expressão de cada um também existe, inerente a cada pessoa. Neste sentido podemos dizer que tudo o que o ser humano faz é a sua auto-expressão.
Normalmente não nos sentimos bem ao manifestarmos nossas fraquezas às pessoas. Mas, sem o percebermos, acabamos manifestando nossos vícios espírituais. Esses vícios espirituais são assim chamados porque os manifestamos inconscientemente. Os hábitos ou vícios espirituais de cada um são totalmente variados. Cada um possui uma gama enorme de vícios espirituais. À medida em que nos esforçamos para os burilarmos passaremos a, cada vez mais, externarmos uma personalidade mais livre, concedida por Deus a cada ser humano.
A personalidade, portanto, vem a ser o sabor peculiar na expressão de cada indivíduo. Não é algo que nós mesmos percebemos. É uma impressão muito positiva que as pessoas notam e sentem em nosso modo de ser e de se expressar. O esforço constante em nos expressarmos verdadeiramente, fará com que nossa personalidade flua gradativamente e naturalmente e isso quem irá notar são as pessoas que nos rodeiam.
Em outras palavras, a alegria da vida humana é a sensação de estar realizado, ou seja, ter conseguido expressar-se da forma que queria. A felicidade se resume nesta sequência de alegrias. No entanto, a maioria das pessoas pensa que a felicidade está nas satisfações e que ela reside na riqueza e na fartura material, etc. Assim, o homem mergulha num mundo onde gira em torno da satisfação e dos prazeres materiais ou da conscientização dos desejos puramente superficiais. Mas não alcança a felicidade!
A felicidade não é isso! Esses desejos a nível de sensações são satisfações puramente momentâneas e facilmente dissipáveis com o tempo. Portanto, mesmo que se sinta satisfeito por ter-se entregue a estes desejos, por ser algo efêmero, o ser humano passa a buscar permanentemente algo que o satisfaça, sem, contudo, sentir-se realmente feliz como ser humano. Consegue sentir-se feliz por um instante e logo em seguida cai num abismo depressivo.
O ser humano vive para se expressar. A sua expressão contida de amor e dedicação, proporciona uma grata sensação de felicidade sutil e intransferível. A felicidade surge quando a pessoa expressa. Expresse-se, portanto, plenamente, tenha uma vida cheia de realizações e conquistas.
Se alguém acredita que a auto-expressão é uma forma de impôr seu jeito de ser e de agir, perderá toda a essência de sua personalidade. Expressarmo-nos é nosso direito e, eu diria até, dever. Os outros acreditarem ou aceitarem nossa expressão é problema que não nos cabe mais.
A auto-expressão ideal está na harmonia da relação eu-objeto. Na vida, ninguém vive levando vantagens apenas para si. Para que haja alguma vantagem própria, é preciso primeiro, fazer algo útil para o próximo. A auto-expressão é dirijida ao nosso próximo. Ela se perfaz totalmente quando a sua postura está voltada às pessoas que o rodeiam.
Taróloga
Texto revisado por Cris
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