A beleza é fundamental?
Atualizado dia 7/8/2007 10:42:33 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
A beleza feminina vem seduzindo o homem desde as mais remotas eras da humanidade. Ao longo de milênios foram incontáveis os modelos de beleza influenciados pelas mais diversas culturas regionais e de época. No entanto, nunca se viu nesse processo histórico tanto culto ao corpo e à beleza como nos dias atuais, onde o valor predominante parece ser a conservação do amor do superego e a preservação dos ideais do "eu".
E este verdadeiro "poder de sedução" associado à beleza física feminina ganhou impulso através da lenda das sereias da Grécia antiga, quando essas semideusas eram constantemente homenageadas pelo povo grego.
A primeira história de aparição de sereias remonta a "A Odisséia" de Homero. De acordo com a mitologia grega elas viviam numa ilha do Mediterrâneo. Seu canto era tão belo que os marinheiros, ao escutá-lo, não podiam resistir-lhe e acabavam jogando seus barcos contra os recifes. Essas maravilhosas criaturas também os encantavam e os seduziam, ao ponto de eles não pensarem mais em seu país, na sua família e em si mesmos. Esqueciam de beber e de comer e morriam por falta de alimento. Ao longo do tempo as sereias exerceram (e continuam exercendo...) uma enorme fascinação sobre os homens, sugando sua atenção e paixão.
Na sociedade moderna, convidada a esculpir seu próprio corpo como se esse tivesse a plasticidade da argila, segundo os ideais fornecidos pela mídia, as mulheres, frequentemente, reportam-se a modelos fotográficos como representantes de uma estética de perfeição. A imagem da mulher na cultura confunde-se com a da beleza, ou seja, a mulher não só pode como deve ser esteticamente bonita, do contrário não será totalmente mulher.
Visto assim, pela ótica dos padrões de beleza imposta pela sociedade moderna, o terror que se abate sobre a feiúra estética traz uma série de prejuízos sociais, físicos e psicológicos, produzindo, desta maneira, um conjunto de inquietações que se manifestam com relação ao sujeito e ao seu próprio corpo. "Em função dos cânones estéticos, o feio e, sobretudo a mulher feia, vive uma tensão constante entre o constrangimento psicológico e as exigências simbólicas, tendo a própria anatomia como a sua própria algoz" (Novaes e Vilhena).
Em "A Sociedade do Espetáculo", o filósofo e cineasta Guy Debord denuncia a presença da mídia. Esta, através da exposição excessiva da imagem, falsifica a experimentação real do mundo posicionando os indivíduos como espectadores, consumidores passivos de imagens. Em suas palavras: "Quanto mais ele (o indivíduo) contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua existência e seu próprio desejo. É por isso que o espectador não se sente em casa em lugar algum, pois o espetáculo está em toda parte".
Uma das grandes atrizes do cinema americano, a belga Audrey Hepburn, que marcou a sua presença nas telas vivendo a adolescente espirituosa e sofisticada, quando indagada a respeito, sintetizou em dez ítens as suas dicas de beleza:
1 - se desejar lábios atraentes, fale palavras de ternura.
2 - se pretender ter olhos encantadores, procure ver sempre o lado positivo das pessoas.
3 - para uma silueta esguia, compartilhe a sua comida com aquele que tem fome.
4 - para cabelos bonitos, deixe uma criança passar os dedos entre eles uma vez ao dia.
5 - para a postura, caminhe com sabedoria, pois você nunca andará só.
6 - nunca despreze ninguém. Muito mais do que as coisas, as pessoas devem ser restauradas, revividas, requisitadas, perdoadas.
7 - lembre-se de que se um dia precisar de uma amiga, você a encontrará na extremidade de cada um de seus braços. Na medida que você for envelhecendo, descobrirá que tem duas mãos, uma para ajudar você, a outra para ajudar os outros.
8 - a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, na imagem que ela carrega ou no penteado de seus cabelos. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, pois esta é a porta de entrada para o seu coração, o lugar onde o amor reside.
9 - a beleza de uma mulher não está no tipo de rosto, mas a verdadeira beleza numa mulher está refletida na sua alma, no carinho que ela cuidadosamente dá, na paixão que ela mostra.
E, finalmente, o décimo ítem, a beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.
Concluindo, podemos afirmar que a beleza transcende a imagem física que é sempre transitória. E que a verdadeira beleza é a que emana do interior do indivíduo e que se expressa através de seu chacra cardíaco e de suas atitudes serenas no relacionamento consigo e com o outro, ao compartilhar o que existe de mais sagrado na vida: o amor.
Ao final de tudo, o que restará? A beleza física fenece com o tempo. As elevadas posições sociais gradualmente perdem sua importância ou são ocupadas por outros. A riqueza material não é levada para além-túmulo.
A estética física é efêmera e a única bagagem que o espírito leva para a vida imortal são as suas conquistas morais. Portanto, quem consegue, por entre as ilusões do mundo desenvolver bondade, compaixão e retidão de caráter, permanece para sempre nessa sintonia. Na Terra, no plano espiritual ou nas encarnações futuras, as virtudes acompanham os espíritos. Sendo assim, a verdadeira beleza é imortal!
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |