A COVARDIA ESTÁ ME BLOQUEANDO...
Autor Teresa Cristina Pascotto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 28/06/2010 18:10:55
Este texto é sobre a questão de uma cliente, que é Terapeuta e está escrevendo um livro sobre suas percepções a respeito de seu trabalho. Eis seu relato: Tenho sentido um forte bloqueio em minha habitual inspiração para escrever. Quanto mais me forço a estar sintonizada com meu Eu Superior, na intenção de buscar apoio para o desbloqueio, menos estou conseguindo acessar esses conteúdos.
Eu perguntei: será que esse bloqueio é fruto de sua covardia? Sinta isso. Que resposta lhe vem à mente?
Diante dessa pergunta, ela ficou imóvel. Não sabia o que me responder e nem mesmo conseguiu rejeitar essa possibilidade.
Finalmente ela disse: Acho que muitas pessoas irão me procurar depois do livro. Estarei mais comprometida com minha missão de vida. Corro algum risco, não sei explicar... Sinto medo. Estou me sentindo covarde para enfrentar esse medo. Não sei se quero ver esse livro publicado, não sei se vou conseguir suportar esse tipo de exposição. Sempre fui uma pessoa tímida e medrosa. Nunca gostei de me expor e ficar em evidência.
Captei outros aspectos que estavam ocultos em seu inconsciente e pontuei:
Você acha que se as pessoas te procurarem após a publicação, vão querer que ofereça para elas exatamente aquilo que afirmou ser possível no livro, e teme não ser capaz de fazer o que afirma. Você já faz exatamente isso em seus atendimentos atualmente, mas como não faz anúncio e alarde disso, e são as pessoas que te procuram, por indicação, acredita que a exposição e o comprometimento sejam menores. Com o livro, acredita que estará anunciando e afirmando seu potenciais, de forma muito explicita, em larga escala, e isso te trará um comprometimento muito grande e acha que as pessoas irão te cobrar resultados mais altos. Teme fracassar e ser taxada como charlatã, ser desmascarada, e "julgada e condenada em praça pública". Você tem muito medo da exposição.
Ela concordou e disse: Acabo de descobrir que não quero essa repercussão toda que meu livro irá causar. Não acredito que suportarei isso.
Continuei a exploração e perguntei: mas, se por outro lado, seu livro for um sucesso e atrair muitas pessoas para você atender e, ao invés de fracassar, as pessoas aprovarem seu trabalho. Isso te agrada?
Ela respondeu: Não, isso também me assusta. Parece que me acovardo ainda mais diante dessa possibilidade. Não consigo acreditar nessa hipótese. Só vejo fracasso e o julgamento errôneo das pessoas, me criticando, me "condenando" e desprezando.
Eu acrescentei: sinto que tem um lado seu que não quer continuar nesse trabalho, parece que você não quer ajudar as pessoas. Você tem uma crença de que as pessoas só esperam a perfeição em você, e que, enquanto faz tudo que esteja dentro das expectativas delas, elas te amam, mas basta fazer algo que esteja contrário ao que elas esperam, mesmo que faça o que é melhor para elas, a primeira coisa que fazem é te rejeitar e desprezar. Elas não são capazes de reconhecer a essência de uma ajuda verdadeira. Elas só apreciam aquilo que agrada seu Ego.
Ela disse: Isso faz total sentido. Agora compreendi. Estou realmente bastante covarde com relação a isso. Não sei se quero mesmo oferecer esse livro ao mundo e ampliar meus atendimentos por conta de sua repercussão e, dessa forma, enfrentar o julgamento e a crítica desse mesmo mundo, de acordo com seu critério mesquinho e medíocre.
Neste momento, ela chorou muito. Sentia-se temerosa, covarde e decepcionada consigo mesma.
Eu a incentivei a continuar liberando essa emoção, deixando fluir a energia estagnada. Pedi que aceitasse essas constatações sem se julgar.
Acrescentei que a pressa e a necessidade de ter que escrever, e ter que tomar uma decisão sobre o que fazer, estavam atormentando-a.
Sugeri que se acolhesse e se desse a permissão de não conseguir escrever. Mas que, se desejasse escrever, fizesse isso apenas com a intenção de manifestar esse desejo e de finalizar o livro, mas isso não deveria significar que teria que publicá-lo. Esta deveria ser uma escolha deixada para o final. Desta forma, ela teria condições de manifestar suas ideias plenamente, sem o fardo de ter que tomar uma decisão imediata. Em resumo, o ideal era terminar o livro, caso desejasse, e então teria recursos internos para decidir se e quando deveria publicá-lo. E ainda, caso a publicação do livro fizesse com que as pessoas a procurassem, ela também deveria se dar a permissão de não querer prosseguir com seus atendimentos.
O segredo aqui era a autopermissão e a auto-aceitação.
Ela silenciou. Então acrescentou: mas isso seria uma atitude covarde.
Eu disse: sim, mas uma covardia conhecida, compreendida, assumida e ACEITA, não causa tormentos. Se você assim o fizer e aceitar, conforme te oriento, sem se cobrar uma atitude corajosa, naturalmente uma forte vontade de realização, brotará das profundezas de seu coração.
Quando você se obriga a fazer algo que teme e que está covarde para enfrentar, o medo se manifesta e causa bloqueios. Porém, quando você se desobriga de algo que não se sente pronta para enfrentar, a prontidão se manifesta de forma sábia, sublime e divina, dentro do seu tempo.
Em sua sessão seguinte, após este trabalho, ela relatou que já estava conseguindo escrever, sem se cobrar e se obrigar a nada, e que sentia-se muito mais tranquila e criativa. Alegou estar satisfeita com isso.
Avaliação: 5 | Votos: 14
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
