A culpa e a consciência

O hábito mais persistente

Julgar-se é a maior perda de tempo, embora seja um de nossos hábitos mais persistentes. Você nunca fez nada errado, ninguém criou nada errado. Tudo o que criamos contribui para esta maravilhosa, intrincada e imprevisível ilusão de dualidade.

Tempo, espaço e dualidade

O tempo e o espaço não podem existir sem dualidade. A ilusão colapsaria sem a polaridade, sem o contraste e a mudança. Você cria todos os seus padrões de comportamento para ter esta experiência humana. Sem isso, não poderia haver experiência.

Ser uma boa pessoa

Algumas vezes gostamos de nossas criações, às vezes não. Elas não são boas ou más, corretas ou incorretas: são sempre experiências perfeitas. Todos nós criamos tudo perfeitamente para experimentar a dualidade. A culpa é uma forma de evitar nosso verdadeiro poder, pois nos tira do momento presente e nos leva ao passado: “Gostaria de não ter feito isso…”.

É apenas uma ideia, um padrão de comportamento autoimposto que pensamos que devemos seguir para ser uma boa pessoa. E algumas vezes tentamos provocar a culpa nos outros para manipular: “Você é tão terrível comigo! Como pode me tratar assim?”

Ser consciência

Quando se está experimentando a consciência simplesmente, não há medo, não há separação, não há dualidade: há somente amor. À medida que elevei minha consciência e me dei conta de que nunca havia feito nada errado, foi um impacto muito grande para mim, que sempre havia sido a rainha da culpa. Sempre estava julgando minhas ações, julgando-me em tudo. Agora posso ver que usava a culpa para evitar minha verdadeira grandeza.

O ego em nós

As pessoas pensam que o ego é uma falsa impressão de grandeza, uma rajada de orgulho que anda por aí se exibindo por todos os lados. Na verdade, o ego é uma pequena voz da cabeça que procura nos manter pequenos. Essa voz sussurra incessantemente:

“Há algo errado com você, não deveria se comportar assim, você não é bom o suficiente, não merece nada”.

Esse é o ego. Ele pode usar o disfarce da arrogância para se proteger, mas não é altivo, é justamente o oposto: é o aspecto que se deprecia, que crê que não é importante, especial, único e perfeito exatamente como é.

O ego nos mantém pequenos, cheios de medo. Ele nos impede de nos amar incondicionalmente. Ele faz com que vejamos as outras pessoas de um lugar de dor, pois não podemos perceber nossa própria grandeza. A única forma de mudar isso é com autoconhecimento.

Unificando comigo e com o mundo

Quando somos capazes de enxergar a perfeição em nós mesmos, podemos ajudar os outros a fazer o mesmo, em vez de sustentá-los no papel de vítima. Não existem vítimas. Para poder ver isso, há que curar a própria vítima internamente.