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A CURA

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Autor Hellen Katiuscia de Sá

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/1/2006 1:45:01 PM


Noturno viu Solaris pela primeira vez ao nascer do sol, quando ele estava indo para seu canto esconder-se dos raios do dia. E, quando encontrou os olhos de Solaris, viu uma cor que não conhecia. Encantou-se pela bela imagem irradiada nos olhos dessa criatura do dia.

Infeliz, Noturno foi-se embora rumo ao escuro de sua toca por entre as trevas; não suportava a luz do dia, isso o machucava muito... Nunca mais dormiu desde então. Passava todas as horas encostado junto ao muro de seu refúgio soturno, à espera do amanhecer; somente para ver os belos olhos de Solaris, mesmo sabendo que ia sofrer.

Não agüentava mais essa amargura que ao mesmo tempo arrancava-lhe as entranhas e o lume dos seus olhos acostumados somente com a escuridão; e, ainda assim, tudo isso o fazia sentir algo que o maravilhava...

Esse comportamento impingia Noturno ir contra seus princípios. Ele era mau, uma criatura da noite, um mago negro de sentimentos. Contudo, aquela súbita, estranha e adversa vontade de ver os olhos de Solaris nos seus, fazia de algum modo, transformar essa dor em algo bom, que modificava Noturno dia após dia.

A pobre criatura das trevas sentia dores nos olhos quando via o clarão do dia, por isso seu esforço esgueirando-se miseravelmente pelas paredes em sombras, para que somente seus olhos ficassem à mostra da alvorada. Noturno queria ver seu amor, Solaris.

Amor? O amor traz sofrimento às criaturas? Seria isso amor? Noturno não compreendia essa palavra, muito menos seu significado. Estava confuso e acuado. Era governado apenas pela vontade de ver seus olhos nos olhos de Solaris.

Um dia quis sair das sombras em direção a esse sentimento. Não suportou o sol em sua pele. Gritou de dores pelo corpo, voltou e contorceu-se no chão de sua gruta. E agora seus olhos não podiam mais estar no escuro. De tanto ver Solaris, seus olhos não compreendiam mais a escuridão. Ficou cego, o pobre Noturno...

Nesse dia Solaris ouviu os gritos de Noturno e foi em sua direção. Queria ajudar a pobre criatura, mas não podia ultrapassar a aura de Noturno. Ele era muito material e sua aura muito densa e Solaris era muito sutil. Então, ficaram ali, ambos parados olhando um para o outro...

Noturno morria sem poder tocar Solaris. Expirou... E renasceu logo em seguida, agora mais calmo, menos denso e mais sutil. Transformou-se devido a vontade sincera de estar perto de Solaris.

O próprio Noturno soube, então, que aquela sensação que o fazia feliz e ao mesmo tempo sofrer ao ver Solaris, ainda não era amor. Era apenas uma ponte para que ele mesmo se transformasse para poder ver mais de perto, nos olhos de Solaris, o Amor Verdadeiro... para um dia compreende-lo, enfim.

Hellen Katiuscia de Sá
01 de fevereiro de 2006

Texto revisado por Cris

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