A descoberta dos trabalhos com a espiritualidade
Atualizado dia 9/19/2017 1:32:43 PM em Autoconhecimentopor Clements
Irei compartilhar minhas experiências de um jovem aprendiz, sendo acertos, erros, batidas de cabeça, pequenas conquistas e o desenvolvimento contínuo para tornar-me uma pessoa/espírito melhor com esse tom que Deus empresta para diversas pessoas.
A minha mediunidade “explodiu” no começo de 2015. Quando digo “explodiu” é porque foi assim mesmo. Meio do nada. Não sei se houve sinais anteriores que não tive a percepção, mas coincidiu com a minha saída de uma Ong após 14 anos de trabalhos voluntários.
Você pode pensar: “agora vou ver espíritos” ou “vou incorporar e escrever relatos como o Chico Xavier”. Não aconteceu nada disso e para falar a verdade foi um processo bem doloroso, pois o canal com a espiritualidade foi aberto e eu não tinha uma base sólida para me manter (não sei se tenho hoje, mas sei que estou construindo as pilastras e a fundação desta obra) com a mente e corpo fortalecidos.
A abertura do canal da mediunidade atenuou minhas qualidades e meus defeitos. Eu escutava a minha voz me julgando sobre meus piores defeitos e não entendia o motivo essa situação. Coisas que eu achava erradas eram jogadas na minha cara (por meio de pessoas, situações, olhares, entre outros), além de sensações energéticas bem ruins. Logo isso afetou o corpo físico, beirando um quadro clínico de depressão, pois não tinha muita vontade de interação social, por conta destes pensamentos ruins e dores pelo corpo físico (até desmarquei uma viagem em cima da hora por conta de todo esse cenário).
A expressão “não acontece no tempo que queremos, mas no tempo de Deus” era bem adequada para a situação. Depois de um tempo contei a história para uma amiga espírita. Tínhamos estudado inglês juntos. Ela disse para eu tomar um passe em centro espírita Nosso Lar - Casas André Luiz perto de casa na Zona Norte. Quando entrei no salão da palestra, senti um grande alívio imediato, daqueles que você respira bem fundo. O sinal de atenção foi ligado.
Entrei em contato com um tio médium para explicar a situação. Ele disse que me levaria a um centro que trabalhou por muitos anos e atualmente ministra palestras para pessoas que estão em tratamento. Para minha surpresa era o centro que fiz a chamada “evangelização infantil”. Na época, não gostava muito de acordar cedo no sábado para ter aulas (fazia isso cinco dias por semana por causa do colégio) e acabei não concluindo o curso, mas foi uma base importante. Eu sempre absorvia a informação e pensava o que achava certo ou não (por conta disso nunca gostava de missas em igrejas católicas, preferia ir quando uma igreja estava vazia para fazer minhas preces. Gostava de ir à Igreja de São Judas na Zona Sul de São Paulo, pois acendia uma vela em agradecimento a oportunidade de “ser escutado”).
Chegando ao Centro Espírita Aprendizes do Evangelho, na Vila Manchester, Zona Leste de São Paulo, meu tio explicou que todo esse processo era início da mediunidade e brincou que achava que isso iria acontecer com o meu irmão. Imagina a minha cara com essa brincadeira. Ganhei um livro de poesias do Chico Xavier e iniciei um tratamento espiritual para equilíbrio do corpo e mente (somente aceitei realizar esse tratamento em um centro na Zona Leste da cidade por conhecer a seriedade do trabalho da casa e do sentimento acolhedor dos voluntários com pessoas que eles nem sabiam o nome).
O tratamento durou por volta de seis meses até ser indicado para fazer outro tratamento com um terapeuta espiritual chamado Wilson Francisco (vale dizer que eu era contra me abrir para estranhos, principalmente em terapia, mas eu estava errado). Wilson tinha um trabalho espiritual com o meu tio e também realiza trabalhos como terapeuta de pessoas que possuem diferentes religiões. Sou grato por tudo o que o Wilson fez por mim e sou grato por todas as vezes que conversamos (ontem e atualmente), pois saio cada vez mais enriquecido de conteúdo sobre a vida, universo e a espiritualidade.
Vale destacar que em todo esse processo - como agora - eu mantenho uma rotina semelhante a que tinha antes da espiritualidade, mas sempre com a evolução pessoal, deixando hábitos ruins de lado. Eu continuo indo aos jogos de futebol, saindo com amigos, família (sempre me protegendo de agressões extras físicas) e aproveitando a vida com um olhar mais atento a tudo o que me cerca. Meus relacionamentos durante a fase de tratamento continuavam normais, mas não contava para as mulheres sobre eu possuir mediunidade. Em muitos dias eu estava mal, mas tinha que mostrar que estava 100% bem. Esse ano eu voltei a namorar e apenas contei para a minha namorada um pouco antes de oficializar o namoro. Como falava sobre alguns assuntos relacionados à espiritualidade em nossas conversas, eu já fui preparando o terreno para contar esse fato sem ela se assustar e deu tudo certo.
Voltando ao processo da terapia, depois de um tempo, Wilson me convidou para começar a trabalhar e aprender mais sobre a espiritualidade. Indicou-me ao trabalho com sua esposa Mariana e o seu amigo Baltazar Neto (também são duas pessoas importantes no aprendizado sobre a vida e a espiritualidade).
No próximo texto, vou contar como foi a experiência da terapia espiritual e todo o início dos trabalhos com a mediunidade. Não pense que você já começa fazendo mil e uma coisas. Você é como um aprendiz padawan de Star Wars e vai aos poucos colocando sua energia na sintonia correta para iniciar os trabalhos.
Obrigado pela atenção.
Texto Revisado
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