A DOR TEM UMA LINGUAGEM UNIVERSAL
Autor Raul Imhof
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/14/2005 8:59:56 PM
Todas as pessoas normais tem horror à dor física. Esta é a razão principal pela qual a natureza se comunica com todas as criaturas da terra, sendo ao mesmo tempo compreendida e respeitada por todos. Até hoje não conheci nenhuma pessoa normal que não tivesse horror à dor física, e que não tentasse, de todas as maneiras possíveis, evitá-la.
A natureza, na sua infinita sabedoria, impôs ao homem a dor como meio de fazê-lo compreender e observar a lei da autopreservação. Na primeira manifestação da dor física o indivíduo reage e tenta remover a causa. Quando vem sob a forma de dor de cabeça, a pessoa inteligente procura uma causa e geralmente descobre que ela provém de uma intoxicação por má eliminação. Se uma pessoa menos inteligente sente uma dor de cabeça, ele é capaz de entupir-se de analgésicos, intoxicando-se, e dizer "Está resolvido o problema!", o que geralmente acontece por algum tempo. Mas não elimina a causa; apenas paraliza o nervo que transmite o sinal da dor de sua origem para o cérebro, onde algo poderia e deveria ser feito.
A pessoa inteligente nunca pensa em doença como sendo uma tragédia, mas sim, como uma benção, uma espécie de dádiva misericordiosa da natureza, através da qual lhe é dada uma nova vida em vez de um funeral.
A dor e a doença só são desgraças quando vistas como tal por aqueles que não compreendem que elas existem para o seu próprio bem e sem as quais não poderíamos chegar à longevidade.
Quando a natureza coloca uma pessoa acamada, tanto num hospital ou em sua própria casa, ela a deixa fora de ação para que possa usar todas as suas energias para sua auto-restauração. Dá, também, à pessoa, um descanso muito necessário e tempo para descobrir o poder e a utilidade de sua mente, assim como, a oportunidae para reflexão e meditação sobre as causas de sua doença e sobre a sua própria vida. Ela pode assim descobrir que a doença surgiu de uma série de causas que poderiam ser evitadas caso se tivesse ouvido a voz da dor.
É preciso ter uma atitude positiva em relação às doenças e observar como a nossa atitude mental ajuda a acabar com a causa da doença. Aí reconheceremos que a dor e a doença são uma benção, sem a qual o homem não sobreviveria por muito tempo. Juntamente com a linguagem universal da dor a natureza, habilmente, concedeu a capacidade de suportá-la. Quando a dor é maior do que a capacidade de suportá-la, simplesmente dormimos em estado inconsciente.
Há dois tipos de dor: a física e a mental. A mental existe apenas em nossa cabeça. A maioria das dores físicas é enormemente exagerada por nossa reação mental a elas. O domínio da dor física apresenta um dos maiores desafios para aqueles que procuram a paz de espírito através da autodisciplina. Proporciona uma oportunidade inigualável para que você tome posse total de sua mente que é a primeira coisa que se deve fazer para que a vida o recompense em seus próprios termos.
Nas batalhas é comum vermos homens continuarem lutando após seriamente machucados, muitas vezes só percebendo a dor depois de terminada a batalha. Sob a tensão da batalha a mente do soldado fica tão concentrada que ela supera a dor; só vai senti-la quando suas emoções voltarem ao normal.
Levando como exemplo os fatos acima citados podemos perceber que a natureza nos concedeu um maravilhoso mecanismo para superação da dor física e mental, para o domínio de qualquer espécie de medo e para superar sofrimentos e privações de qualquer espécie. Também a partir do exposto podemos inferir uma relação direta e significativa entre o domínio do medo da dor física e mental e a conquista do sucesso pessoal. E a relação é esta: o domínio da dor física e mental indica fortemente que a pessoa assumiu total controle sobre sua mente, esta sendo a única coisa da qual o Criador concedeu ao homem o controle absoluto.
O sofimento físico ou mental, as desilusões, as frustrações e as mágoas são os meios através dos quais a pessoa pode se desenvolver ou permancer em eterno fracasso. O fator preponderante para a escolha de uma dessas atitudes depende inteiramente da atitude mental. Para uma pessoa essas adversidades são barreiras intransponíveis no caminho. Para outras elas se tornam degraus de uma escalada para um plano mais elevado da vida, no qual a pessoa pode tornar-se dona de todas as situações.
Texto revisado por Cris
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