A entrega
Atualizado dia 1/31/2015 8:03:07 PM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Tenho acordado de manhã muito estranho há algum tempo, sensação de que não há o que fazer. “Posso levantar ou continuar deitado que será a mesma coisa”, pensava. E não é algo ruim como uma depressão, era uma desconexão, mas não da realidade. Meus dias são recheados de atividades prazerosas e meu coração transborda em amor. Junto com isso comecei a sentir os rins deficientes, o intestino trabalhando menos. Parei de tomar café da manhã e de comer doces... sem vontade de comer sorvete comecei a ficar preocupado!
Percebi, então, que era a culminância de algo que já vinha ocorrendo desde o final do ano passado com a intensificação das limpezas.
Muitos aspectos dominantes de nossa personalidade baseavam-se em feridas e emoções muito profundas para existir. Era através deles que víamos o mundo, catalogávamos o que era bom e ruim, que traçávamos nossas metas e sonhávamos com uma vida melhor. Com o aprendizado de amar nossa sombra e permitir que todo o oculto se manifestasse sem rejeição, muitas das raízes destes aspectos se foram, o que causou uma perda de poder repentina neles. Eles não mais tinham um propósito para existir. Porém, enquanto não foram reconhecidos continuaram vivos, acreditando que estavam no controle. A consciência, no entanto, já havia subido mais um degrauzinho e esta disputa interna de quem era Eu agora é que causava esta estranheza ao acordar de manhã. De um lado, o aspecto ainda achava que mandava, que o corpo era dele. Por outro, meu corpo não me obedecia mais, queria me exercitar, mas o corpo não, ou o corpo queria comer algo, mas eu não, não estávamos entrando em um acordo.
Tentava curar isso da maneira que sabia e nada... pedi ajuda a amigas terapeutas e ainda não tinha conseguido chegar ao âmago da questão. Comecei a tratar como uma questão de consciência: então, vou confiar e entregar. Fazia isso para todas as facetas deste aspecto que me vinham à mente, ainda assim continuava sentindo este descontrole e o medo da morte. E foi aí que me caiu a ficha: é Deus quem controla as coisas, nós não controlamos nada. A entrega final que supera até o medo da morte é por amor a Deus, não por confiança de que tudo estará bem. Por amor a Deus, que seja feita a Sua vontade! Por amor a Deus meu propósito é permitir! Por amor a Deus me rendo ao aqui agora!
Com isso, finalmente o aspecto controlador foi abraçado e a briga pelo controle acabou. Em poucos minutos, senti meus órgãos voltarem a funcionar normalmente e muito grato compreendi que era a Presença aos poucos acomodando-se ao corpo.
A lição foi se desenvolvendo em minha mente e fui percebendo as origens disso. Desde que fomos primeiramente Criados e nossa mente se sentiu separada de Deus, a experiência da matéria e das emoções passou a preocupá-la. Distanciando-se cada vez mais da lembrança da Unidade e de quem realmente somos, muitas coisas nesta experiência nos parecem ruins. O medo então nem se fala, é horrível! A estratégia que a mente adotou então foi assumir o controle: começou a catalogar as emoções e as ações que levavam a elas. Começou a negar, rejeitar e evitar certos aspectos da Criação e preferir apenas ou outros que lhes causavam prazer. Restringindo cada vez mais as possibilidades e criando matrizes onde sua forma de reproduzir sensações boas fossem assimiladas e adotadas por todos os indivíduos, foi assim que chegamos ao insuportável que vivemos até o fim de 2014, o auge da separação, a tirania do mental sobre o emocional e a ilusão de que ele é o próprio Ser.
Este ano de 2015 é crucial para nosso “retorno ao lar”. Todas as preparações dos últimos 7 anos foram pra isso. As previsões (não minhas) são que até Setembro ou Outubro a primeira leva de seres que está sincronizada com este ciclo já estará totalmente ancorada na quinta dimensão. As ferramentas que temos são a responsabilidade, a humildade, a aceitação incondicional de si mesmo e a entrega ao Serviço. Não a entrega “que se dane”, mas a entrega por amor, pela certeza que tudo está e sempre esteve nas mãos de Deus.
A escravização pelas carências desaparece e dá lugar à compreensão de que todo momento é perfeito. O que antes sentíamos como desejos serão apenas intuições do que já está para acontecer. A era masculina e limitada do "penso logo existo" chega ao fim, agora podemos relaxar e apreciar o que Divinamente se desenrola em nossa realidade.
Namastê!
Texto revisado
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