A ESCURIDÃO QUE ADOECE
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/13/2009 9:14:43 AM
Quanto mais ameaçados nos sentimos, mais precisamos nos empenhar para vencer os monstros do medo e da insegurança para que eles não cresçam desproporcionalmente diante do que de fato está acontecendo.
Não revelar aquilo que nos magoa ou nos ameaça cria uma falsa idéia de proteção ao que chamamos de segredo, o que só faz esconder o tamanho da realidade.
Nada fica parado internamente. Enquanto ruminamos dor, mágoa, desapontamento, traição, criamos sombras em torno dos nossos sentimentos e estas precisam ser reveladas senão estaremos lidando apenas com impressões e não com algo real que pode ser modificado.
O resguardo das emoções modifica sua natureza transformando-as em sensações que, com o tempo, não conseguimos mais identificar. Contê-las vai exigir do corpo físico alguma manifestação que poderá ter maior ou menor gravidade, dependendo do quê e do quanto está sendo aprisionado.
Um estado de felicidade não expressado pode esconder um egoísmo que não nos permite dividir com outros o que está sendo bom, não ampliando assim o sentido da esperança ao nosso redor. Uma raiva não manifestada dissemina um veneno perigoso que irá atuar naquele que a mantém encapsulada. Os resultados dessa repressão geram consequências muito maiores do que a raiva em si.
Desejos legítimos não realizados apodrecem as motivações que levam à luta saudável de cada dia. Sem eles, podemos cair numa inutilidade existencial e viver sem os impulsos necessários para acreditar e fazer uso de um potencial não experimentado.
O amor não vivenciado apaga o entusiasmo pela vida. Sem amor a autoestima desaparece, o futuro nos ameaça, o presente fica morto e o corpo adoece.
A escuridão descaracteriza a verdade e assombra a realidade que poderia ser construtiva e bela.
Expresse seus sentimentos. Não guarde segredos desnecessários. Você é humano e por isso é composto de sombra e luz. As sombras devem ser encaradas e levadas à luz, que é sua verdadeira natureza, e esta o fará reconhecer o quanto ainda pode progredir e ser feliz.
Texto revisado por Cris
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