A GENTE SE ACHA
Autor Alberto Carlos Gomes Lomba
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/25/2005 4:01:23 PM
Foi uma despedida tão lacônica e me recordo de ter dito: “Bem, não vou dizer adeus, quem sabe um dia a gente se ache...” E cada um saiu para a vida.
Nunca pense que um relacionamento é eterno. Posso afirmar que não. Existem apenas relacionamentos eternos entre Almas Gêmeas, as quais ando contestando.
Não nego que, naquela despedida fui bem carismático; me despedi ao estilo de Almas Gêmeas que se procuram e nunca se acham porque, segundo consta, aqui por estas cercanias terrestres temos apenas que cumprir missões e não ficar perdendo tempo com supostas procuras à nossa outra metade.
Não existem metades. Há um todo que, quando se fraciona , não será mais um todo, uma vez que perdeu sua hegemonia. Não acredito que vá acha-la novamente.
Aí volta aquela famosa teoria de que não compactuo, ou seja: “A felicidade é não ter”. Aos pouco tenho procurado me despojar de muitas coisas materiais. Afinal, o Feng Shui orienta a não guardar trapos velhos e similares. Não guardo mais nada que não tenha utilidade. Com relação a pessoas não podemos descarta-las como embalagens “one way”.
Sei que, às vezes, ajo e depois penso. Deveria pensar e agir, seria mais lógico. Lógica, razão, vontade e dever me parecem coisas abstratas de um mundo irreal. Não posso ficar muito tempo aqui em cima desta montanha de forma contemplativa.
Há um mundo, lá em baixo, de vida, de seres humanos, esperando que minhas palavras possam ajuda-los a subir esta mesma montanha. Vou descer, pois preciso muito acha-la.
Texto revisado por Cris
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