A História da Reconexão de Eric Pearl parte 2




Autor Malu e Rogélio Peres
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/05/2012 20:17:32
Por que eu?
Se eu estivesse sentado numa nuvem à procura, no planeta, da pessoa certa para oferecer um dos presentes mais raros e procurados no Universo, não sei se teria vasculhado para lá do etéreo, apontado o meu dedo através das vastas multidões - os pastores, os donos de lojas, os moralistas e os certinhos - e apontado: "Aquele! É aquele! Dá-lhe a ele!" Talvez não tenha acontecido exatamente assim, mas é assim que parece. Exceto quando não parece. Quero dizer, excepto quando alguém aparece com uma explicação inteiramente diferente e plausível. "Oh, não", exclamará alguém bem intencionado, incrédulo da minha falta de compreensão de como funciona o Universo - "é claro que já fizeste isto em vidas passadas." Aquilo que eu quero saber é isto: como é que esta gente sabe tanto das minhas vidas passadas, quando eu próprio ainda mal compreendo esta?
Quer dizer, vamos ser realistas. Passei 12 anos a construir uma das maiores, se não mesmo a maior, clínica de quiroprática em Los Angeles. Tinha 3 casas, um Mercedes, dois cães e dois gatos. Tudo pareceria perfeito se eu não tivesse esbanjado o meu dinheiro e o álcool o suficiente para dar cabo de um relacionamento de seis anos, uma situação que me deixou literalmente incapaz de colocar um pé à frente do outro durante 3 dias. O Prozac contribuiu para esta situação. E bastante.
Seis meses mais tarde estou a passear em Venice Beach, California, com a minha assistente, que insiste que eu faça uma leitura de cartas por alguém que está na praia. "Eu não quero que uma pessoa na praia adivinhe o meu futuro," respondo eu com absoluta determinação. Se ela fosse assim tão boa com cartas as pessoas iriam até ela; não estaria a arrastar uma mesinha pela praia, uma toalha, cadeiras e toda a parafernália para um passeio de praia cheio de gente para revelar a turistas crentes a sua versão do futuro para cada um deles, esperando ser paga pelo privilégio.
"Eu conheci-a numa festa e disse-lhe que viríamos aqui. Sentir-me-ia agora mal se não fizéssemos uma leitura" respondeu ela sem pestanejar, adicionando que a mulher fazia leituras de 10 e 20 dólares. Bastou-me olhar uma vez para a minha assistente para ficar, a saber, que continuar a protestar não surtiria qualquer resultado. "Está bem", resmunguei, tirando uma nota de 10 dólares, sabendo que era metade do dinheiro que tinha para pagar o almoço. Caminhei respeitosamente até à mulher, sentei-me na cadeira, dei-lhe 10 dólares e fiquei a pensar na fome que tinha naquele momento.
Em troca do meu dinheiro, recebi uma leitura de eventos presentes sem qualquer relevância e fui apelidado de "Bubelah" por aquela cigana judia. Ela continuou, afirmando: "Há um trabalho especial que eu faço através de linhas axiotonais. Reconecta as tuas linhas dos meridianos às redes do planeta que, por sua vez, nos conectam às estrelas e a outros planetas." Ela disse-me que era capaz de fazer isto e que, eu como curador, precisaria que me fosse feito. Acrescentou que eu poderia ler sobre o assunto num livro intitulado O Livro da Sabedoria: As Chaves de Enoch. Soou-me particularmente apelativo e, por isso, fiz-lhe a pergunta: "Quanto custa?" Ela respondeu: "Trezentos e trinta e três dólares." Ao que eu respondi: "Obrigado, mas não obrigado."
Este é o tipo de situação que se vê nos noticiários. "Era capaz de ouvir os murmúrios dos jornalistas: "Cigana judia em Venice Beach apanha 333 dólares a um quiroprático crente". E imaginar a minha fotografia com a palavra "Palerma" na legenda " ... convence médico a pagar-lhe mais 150 dólares por mês para o resto da vida para acender velas que o protejam." Sinto-me humilhado só de pensar no assunto. Assim, eu e a minha assistente afastamo-nos e passamos a dedicar-nos a uma maneira criativa de desfrutar de um almoço para dois por 10 dólares.
Poderia pensar que a história termina aqui, mas a mente trabalha de maneiras misteriosas. Não conseguia tirar a idéia da cabeça. Dei por mim a tirar os últimos minutos do intervalo do almoço para ir à livraria Bodhi Tree, na tentativa de ler rapidamente o capítulo 3.1.7. do Livro da Sabedoria: As Chaves de Enoch. Este capítulo fala das tais linhas axiotonais. A maior lição daquele dia é que se havia livro que não podia ser lido rapidamente era aquele. Mas li o suficiente. E isto iria perseguir-me até eu ceder. Atirei-me à caixa dos biscoitos.
O trabalho é feito em dois dias, em dias separados. No primeiro dia, dei-lhe o meu dinheiro, deitei-me numa maca e dediquei-me a ouvir a minha mente a murmurar: "Isto é a coisa mais estúpida que alguma vez fiz." Não posso acreditar que dei $333 a uma perfeita estranha para que ela pudesse desenhar linhas no meu corpo com as pontas dos dedos. Enquanto estava para ali deitado a pensar em todas as coisas boas onde poderia ter gasto esse dinheiro, fui atingido pela voz repentina da minha intuição: "Bem, já lhe deste o dinheiro. "O melhor é parar com essa conversa negativa e abrir-se para receber o que quer que seja que haja para receber". Fiquei então muito quieto, pronto e receptivo. Não senti nada. Absolutamente nada. Mas, pelos vistos, eu era a única pessoa na sala que sabia isso. Como tinha pago as duas sessões, regressaria no Domingo para a segunda parte. Contudo, uma coisa estranhíssima aconteceu nessa noite. Cerca de uma hora depois de me ter deitado, o candeeiro próximo da cama - um candeeiro que tinha há mais de 10 anos - acendeu-se e eu acordei com a sensação bastante realista de que havia pessoas em minha casa. Vasculhei a casa com o meu doberman, uma faca de cortar carne, e uma lata de spray de pimenta, mas não encontrei ninguém. Voltei para a cama com o sentimento estranho de que não estava só, que estava a ser observado.
Para todos os efeitos, o segundo dia começou da mesma maneira que o primeiro. Contudo, muito rapidamente me apercebi que seria tudo menos igual ao primeiro. As minhas pernas não queriam ficar quietas. Tinham aquele comportamento de "perna louca" que pode eventualmente acontecer durante a noite, num acaso singular. Em pouco tempo, essa sensação invadia o resto do meu corpo, ao mesmo tempo que tinha uns arrepios insuportáveis. Era difícil estar quieto na maca. Embora quisesse largar aquelas sensações, não tive coragem de me levantar. Por quê? Porque tinha pago 333 dólares e iria obter o que quer que fosse que o meu dinheiro estava a pagar. Só por isso. Em breve estava terminado. Era um dia de Agosto de intenso calor e estávamos num apartamento sem ar condicionado. Eu estava cheio de frio, quase ao ponto de congelar, os meus dentes a bater. A mulher deu-me uma manta onde me enrosquei durante uns cinco minutos até que o meu corpo regressou à temperatura normal.
Agora sentia-me diferente. Não compreendia o que tinha acontecido, nem poderia tentar explicar, mas contudo era uma pessoa diferente de há quatro dias atrás. Deixei-me escorregar para dentro do meu carro, que parecia saber o caminho de regresso a casa.
(CONTUINUA)









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