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A humana e eterna lucidez

Atualizado dia 6/25/2007 10:47:24 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Lucidez ou loucura? Até onde vai o limite da lucidez considerada saudável e onde inicia a chamada "lucidez" patológica?

Há algumas décadas, a noção de um indivíduo avaliado como psiquicamente sadio, estava íntimamente associado ao âmbito das percepções sensoriais normais: olfato, paladar, visão, audição e tato. Quando a lucidez do indivíduo transgredia o limitado campo do perfil psicológico conhecido como "normal", a sua percepção era considerada anormal, portanto, patológica e passível de tratamento.

O diagnóstico de esquizofrenia era uma "sentença" quase sempre inquestionável e que impunha ao indivíduo portador de delírios e alucinações visuais e auditivas, uma vida reclusa e limitada em termos de perspectivas de crescimento pessoal.

No entanto, com o surgimento do Espiritismo e, posteriormente, no século XX, da parapsicologia e das terapias de vidas passadas, o conceito de lucidez toma um rumo diferenciado à medida que define a sensibilidade mediúnica ou a percepção extra-sensorial como uma característica inerente à condição humana de natureza transcendente de orientação evolucionista.

Com a introdução desses novos conhecimentos de origem científico-espiritualista, surge a visão do homem além da percepção de seus cinco sentidos, ou seja, o ser sensitivo, o médium, o paranormal ou o ser translúcido.

A partir desse marco histórico das relações expansionistas do homem com o universo representado por outras dimensões que não fosse somente a da realidade concreta, surge também a teoria quântica que vêm, através de um salto qualitativo, aproximar ainda mais a ciência da espiritualidade.

Com o natural avanço do conhecimento, o diagnóstico de "esquizofrenia" começa a perder a sua força de verdade incontestável, porque ver, sentir e ouvir além dos sentidos ditos normais, passa a ser uma real possibilidade do indivíduo portador de sensibilidade extra-sensorial.

O campo da lucidez aumenta consideravelmente a sua área de abrangência. Avança, conquista espaços vencendo conceitos e preconceitos. Prova que o homem é um ser integral e dotado de uma lucidez ilimitada, abrindo-lhe o leque de oportunidades e desafios no investir do crescer consciencial.

Consciência que começa a expandir-se em velocidade mais acelerada, marcando o início de uma nova era em que a lucidez passa a significar o "carro-chefe" da evolução humana em busca das respostas que possam curar as nossas feridas, aplacar as nossas dores e minimizar o nosso sofrimento.

Referência no processo do autoconhecimento de nível avançado, a lucidez passa a ser também, o "instrumento" que desbrava o desconhecido e, ao mesmo tempo, a luz que ilumina o caminho da transformação interior.

O espírito Hammed, através da obra "Prazeres da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, esclarece-nos que "somente quando estamos em contato com nosso momento atual é que vemos as coisas com lucidez; e, em virtude disso, nossas prioridades ficam bem estabelecidas. "Ter presença" é ser espectador do próprio estado íntimo naquilo que sente ou realiza. É possuir ao mesmo tempo uma visão clara do mundo interior como do exterior".

Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec pergunta aos obreiros da vida maior se a visão dos espíritos é circunscrita como nos seres corpóreos, o que eles respondem: "Não, ela reside neles", ou seja, a visão dos espíritos superiores está estabelecida na sua intimidade, quer dizer, ela não está restrita a algum lugar, mas é uma lucidez que abrange toda a alma.

A seguir, na poesia de Claudia Gadini, "Filosofia do ser", observamos a sua lucidez utilizada como "instrumento de corte profundo" ao procurar encontrar na "dissecação da matéria - corpo da vida", as respostas para os seus enígmas existenciais:

Não controlo o que estou fazendo.
Tenho ascendência animal.
-minha alma ainda uiva à visão da lua-
Mas a razão é plácida e dominante. Não controlo isso.
Apenas respondo a uma exigência da própria natureza
humana e imersa no real evolutivo.
Vivo a necessidade de encontrar
uma razão de ser para o mundo,
para os enigmas de minha existência.

Por isso balanço os cabelos. E deixo o vento
conduzir respostas. Polinizar outras mentes...
E quem sabe novas verdades produzirão
frutos suculentos e exatos.
Enquanto isso prossigo na jornada.

Procuro a gênese, que se explica permanente.
E as revelo através da separação dos contrários.
Sigo dissecando a matéria - corpo da vida.
Resultante do movimento eterno...

Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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