A identificação com o pensamento

A identificação com o pensamento
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Autor Rodrigo Durante

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 4/9/2020 8:38:56 AM


Por que acreditamos como real aquilo que pensamos e sentimos ao invés da verdade que está lá? Por exemplo, existe um fato, um acontecimento e cada um tem uma interpretação deste acontecimento. O fato em si é verdadeiro, porém neutro, sem interpretações, mas cada um vai entender ou aceitar como real algo diferente. Diferentes expectadores podem concordar entre si ou não, mas a realidade e experiência de cada um vai ser diferente de acordo com o que cada um pensa e sente sobre esse assunto. Por que nós funcionamos assim? Por que é tão difícil aceitar a verdade e estar em paz com ela sem julgá-la ou distorcê-la?

Isso ocorre pois estamos identificados com o personagem que acreditamos que somos. O ego/personalidade trabalha a partir da mente, ou melhor, limitado à mente, vivendo sob pesadas regras e julgamentos. E é tendo o externo como referência que nosso ego consegue compreender e contextualizar a si mesmo. Nesta fase de nosso caminho evolutivo, estamos em transição do ego ao coração mas, para tanto, é preciso estarmos atentos a este mecanismo para contribuirmos com esta transformação.

A partir desta rotulação do que acontece em nosso mundo exterior, internalizamos a realidade que criamos com o nosso pensamento, não a verdade neutra do acontecimento em si. Então imagine um acontecimento ou uma notícia que causou uma reação emocional em nós. Primeiramente recebemos esta informação e inevitavelmente iniciamos uma série de comparações mentais com a nossa verdade pessoal, com o que pensamos que é melhor para nós ou mesmo para o outro e o mundo, mas baseados em nossos valores, experiências, nossos medos, carências e desejos. Nós analisamos o acontecimento ou informações de acordo com tudo isso, verificando se aquilo é bom ou ruim de acordo com a nossa necessidade. Se foi ruim, logo são disparadas uma série de reações emocionais como medo, raiva, preocupações, estratégias de atuação etc., que utilizamos como referência para justificar a nossa opinião de que nós estamos corretos e o outro errado. Em seguida, elaboramos mentalmente uma série de críticas e justificativas para provar como o nosso ponto de vista é certo e o da pessoa é errado. Já na polaridade oposta a esta hipótese negativa, caso tenhamos concordado com a informação que veio de fora, são disparadas reações emocionais agradáveis que nos transmitem a sensação de que podemos estar felizes e em paz com aquele acontecimento. Assim nós criamos a nossa realidade, baseados em algo externo a nós, através de mecanismos que nos prendem, inconscientes da Verdade Maior, ao personagem que acreditamos que somos com todas as suas necessidades psicológicas de defesa e realização.

Sendo assim, para contribuirmos um pouco mais profundamente nesta transformação consciencial que estamos atravessando, podemos começar aos poucos a diminuir a importância que damos aos nossos pensamentos e reações, sabendo que pertencem ao personagem e não ao Eu Superior, o Divino em nós. É desta maneira que vamos percebendo os desequilíbrios que nós mesmos criamos e alimentamos por tanto tempo e que acabaram por dominar a nossa consciência, desviando nossa atenção da paz e a plenitude que sempre estiveram dentro de nós. Com esta prática, recuperamos o controle sobre nossa consciência e percebemos também que na maioria das experiências que passamos em nossas vidas, fomos nós que determinamos como vivenciamos aquele momento, fomos nós que determinamos que nossas experiências com as pessoas envolvidas ficassem registradas como boas ou ruins, de acordo com a nossa postura interior, de como decidimos julgar e internalizar aquelas pessoas e situações.

Podemos então agora começar a prestar mais atenção em como estamos escolhendo viver, pois cada julgamento e reação que temos e que concordamos justificando como verdade, é uma decisão que estamos tomando de permitir que nossa vida e caminhos se desenrolem no sentido desta vibração e sintonia, além de reforçar nossa ilusão de desconexão do todo, vivendo e agindo como egos apenas, aprisionados consciencialmente na dualidade, alternando entre dor e prazer, tristeza e alegria, medo e coragem, rejeição e apego etc. Neste modo, sempre haverá sofrimento e insatisfação, perdas, carências e escassez.

Ainda que possamos ter bastante tempo a passar na vida terrena, afrouxando um pouco o apego aos pensamentos e às ideias que estamos defendendo, poderemos viver muito melhor nesta dimensão quando estivermos sob o direcionamento da alma. Permitindo que os pensamentos e reações emocionais fluam ao invés de alimentá-los, estaremos mais leves e despreocupados, trazendo nossa consciência de volta ao coração e equilíbrio muito mais facilmente.

Ao transcendermos ao Ser, a plenitude, segurança e o Amor são percebidos como aquilo que somos, seres completos e em perfeita comunhão e equilíbrio com tudo o que há, livres e independentes das verdades relativas criadas mentalmente.

A auto-observação torna-se então cada vez mais importante para direcionarmos nossos caminhos e estarmos em um estado de total aceitação e permissão para que a paz permaneça em nossos corações.

Em Paz,
Rodrigo Durante.


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