A ilusão da cobiça
Atualizado dia 12/1/2015 10:29:19 PM em Autoconhecimentopor Isha Judd
A maioria de nós passa a vida esperando. Isso se converteu em um comportamento tão habitual que, inclusive quando as coisas que estamos esperando (a promoção, o casal, os filhos) finalmente chegam, não somos capazes de desfrutar em sua totalidade, pois estamos muito ocupados esperando outra coisa (a aposentadoria, as férias, o divórcio). Isto se deve porque realmente não sabemos o que queremos. A cobiça nos diz que queremos coisas, mas na realidade, apenas queremos nos sentir satisfeitos. A cobiça nos diz que queremos algo que está por vir no futuro, mas na realidade simplesmente não queremos enfrentar a realidade, aqui e agora. Este momento é o único que sempre haverá. O resto é especulação e ilusão. Estamos condicionados com o ditado: “Com paciência e uma cana, pesca-se até na montanha”, mas se não somos capazes de abraçar a perfeição deste momento, somos incapazes de desfrutar da vida. Na realidade, não importa o muito que consigamos materialmente, se nossa avareza nos mantém presos na necessidade de mais, nossa riqueza não trará nada mais que uma forma mais cara da miséria!
Em meu caminho como mestra espiritual, tenho ensinado a pessoas com formas de vida diferentes, incluindo a ricos e famosos. Claro que eles têm liberdade material, mas não a plenitude. Basta olharmos para nossas celebridades para ver que a riqueza material não traz a felicidade, os inúmeros casos de depressão de celebridades, o abuso de substâncias e as relações rompidas são bem conhecidos por todos nós.
A riqueza material está supervalorizada. Não estou dizendo que tenha algo de errado nisso, apenas que nunca é suficiente. Vivemos nossas vidas como se estivéssemos em uma corrida, perseguindo a cenoura proverbial até o infinito. Sempre estamos tratando de chegar a alguma parte, se não um lugar físico, pelo menos de caráter emocional ou mental. Embaixo de tudo isso está o desejo de estar em qualquer outro lugar, mas não aqui.
Que há de mau no que já temos? Quando estamos realmente presentes, percebemos que a resposta é: nada. Percebemos que na realidade não estamos correndo para a felicidade, estamos fugindo de nós mesmos. Pois este é o xis da questão: o que não queremos enfrentar neste momento é nossa própria insatisfação. O buraco em nosso interior, a sensação de insatisfação é o que estamos evitando com tanta insistência. O problema é que não importa aonde se vá, aí estará.
Podemos sonhar com a paz e a tranquilidade de uma ilha tropical, mas como Tom Hanks em O Náufrago, inclusive em um paraíso perfeito, teremos que nos enfrentar a nós mesmos, e não passará muito tempo antes que comecemos a nos relacionar com os objetos inanimados (como Wilson, a bola de voleibol) para escapar da monotonia.
Quando você se ama incondicionalmente, a cobiça se evapora na plenitude do ser. Então, seu apego ao dinheiro e ao material muda completamente. Ironicamente, quando isto acontece, você atrairá tudo em abundância absoluta. No entanto, sua atenção já não se centra na aquisição das coisas, senão no amor. Soltar a cobiça não significa necessariamente soltar as posses, mas talvez você verá que não deseja tanto como pensava. Talvez apenas queira que tudo seja mais simples.
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Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |