A ILUSÃO DO SOFRIMENTO
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Autor Léa Lima
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/20/2007 6:20:21 PM
Se quisermos corrigir a direção de um caminho, estudamos um mapa.
É exatamento o que se deve fazer com relação ao sofrimento, estudá-lo com o mesmo cuidado com que examinamos outras situações que desejamos alterar.
Não queremos alívio temporário, mas terminar de vez por todas com o que nos importuna. O alívio é como tomar um analgésico todos os dias para uma dor de cabeça, sem presquisar a causa da dor.
Sempre que sofrer com algo, lembre-se de que o mesmo podia ter sido evitado, se tivesse compreendido a trilha que deve seguir a sua alma.
Isso ajuda a trabalhar consigo mesmo, no dia de hoje, para que o amanhã seja menos doloroso.
O que é o Sofrimento?
O sofrimento é a colisão do desejo com a muralha da realidade.
A dor aparece sempre quando o nosso desejo de que algo aconteça entra em dissonância com a realidade.
Esperamos uma promoção no emprego e é o colega que a recebe; queremos muito que alguém nos ame e isso não acontece; sonhamos com alguém que preencha nossas expectativas, alguém que fabricamos e sofremos ao descobrir que esse alguém não existe, enfim, poderíamos enumerar centenas de ilusões que criamos para nós mesmos.
A questão não está no que acontece na realidade e sim em nossas exigências de que algo diferente devesse acontecer.
Não gostamos de desistir das nossas ilusões, elas nos proporcionam um sentimento falso de que estamos vivos.
É como sentirmo-nos tristes quando um médico nos aconselha a deixar de comer aquilo que nos dá tanto prazer.
Vivendo baseados em ilusões encontramos a dor, mas quando a percepção da verdade dissolve o que é falso, passamos a ver o que existe.
Digamos que você está em férias em uma linda cabana, longe do burburinho da cidade, em contato com a natureza selvagem e inexplorada.
À noite, porém, ouve ruídos desconhecidos, estranhos a tudo o que sua mente pode decifrar. Você começa a fazer conjecturas do que pode ser. Alguém diz que pode ser uma onça faminta, você imagina lobos e então sua imaginação cria na tela mental a imagem de vários lobos, dentes à mostra, prontos para atacar e começa a sofrer, a angustiar-se, o medo o assalta e toma conta dos seus pensamentos...
Até que resolve averiguar e constata que não existe nada, são apenas movimentos de galhos, pequenos animais noturnos, barulhos estranhos à sua realidade.
A angústia, portanto, é uma ilusão é o desconhecimento da realidade.
A Dor da Culpa
Quando sofremos por culpa, sofremos uma dor imaginária. Nossa mente está exibindo um filme imaginativo, demonstrando o que fizemos e o que deixamos de fazer no passado que à nossa maneira de pensar hoje faríamos diferente.
Esses pensamentos causam grande sentimento de culpa.
Mas é falso, pois se encontra baseado no pensamento de algo que não está acontecendo, ou seja, de algo que já aconteceu, e que foi feito, naquela oportunidade, da melhor maneira possível, que a intenção foi a melhor possível a força dispendida para realização naquele momento foi a maior possível, portanto nada tem a ver com hoje, é apenas a repetição de um filme.
Se permitirmos a exibição desse filme imaginativo, permitimos a auto-tortura ancorada na ilusão.
Percepção para o que é Real
O processo de expansão da percepção para o que é real relaciona-se com a auto-observação. Colocar-se fora do problema, ver-se de longe, com imparcialidade, trazer nossas dores à superfície, para serem analisadas pela consciência.
No início é difícil porque temos "amor" às nossas ilusões, mas com o tempo e com a prática, conseguimos descolar a emocionalidade do que é real.
Manter as dores bem guardadas, bem escondidas para que ninguém as vejam e para que não perturbem, é um erro de milhões de pessoas.
As sombras reprimidas causam agitação interna, descontentamento, baixa auto-estima, e quando continuamos tomando "analgésicos" sentimos melhorar apenas os sintomas mas não obtemos a cura das causas.
Portanto, a dissolução da ilusão passa obrigatoriamente pelo auto-enfrentamento, necessita de muita coragem para encarar de frente as nossas sombras, os nossos pontos fracos, trazê-los à tona, examiná-los, e conscientemente mudá-los.
Léa Lima: Pedagoga, Psicoterapeuta, Xamã, Criadora do Sistema
PEDRAS DE LUZ - Elixires de Cristais.
Terapias Xamânicas, Terapias com Elixires de Cristais, Cursos, Palestras, Workshops
Atende em seu Consultório em Florianópolis.
Léa Lima será palestrante no II Fórum Sul-Brasileiro de Abordagem Transpessoal
em Florianópolis - SC
Programação Completa: link
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