A importância de nossas crenças!
Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/28/2013 7:08:50 AM
A importância de nossas crenças!
Grande parte do trabalho de um terapeuta, seja qual for a corrente que ele siga, é identificar o como seu cliente enxerga e interpreta suas vivências, possibilitar a ele ampliar sua percepção e então ajudá-lo na compreensão do que está lhe acontecendo. A partir daí começa então a ocorrer suas transformações, mudanças mais profundas, pois passa a ter outra percepção, mais ampla e consistente, propiciando então sua melhoria, alguns dizem "sua cura".Uma das definições de crença é "Opiniões que se adotam com fé e convicção" (Michaelis). É sabido que fazemos acontecer aquilo que acreditamos. Mas na maioria das vezes não é conhecido o que é que acreditamos. Não se surpreendam, pois a grande maioria de nossas crenças está alojada em nosso inconsciente.
Sabe aquela palestra que você assistiu e que achou ótima, concordou plenamente com o que foi exposto, mas saiu sentindo como que um vazio, ou mesmo um "desencaixe" no peito. Algo não estava correto, aquilo era verdade, mas não era para você? O mesmo vale para explanações religiosas, políticas, etc. Pois então, em seu inconsciente há uma crença contraria ao que foi dito, ao que foi exposto.
"Isso não é para mim", afirmação comum que, quando se questiona a pessoa do por que não é para ela, ela diz simplesmente: "Não sei lhe dizer, só sei que não bate comigo". "Não bate com meu estilo de vida, minha forma de ser...", etc.
São as crenças internas "berrando" silenciosamente e sendo captadas mesmo que sem o som da consciência. O som não chega à consciência, mas sua mensagem sim, pois a pessoa age conforme está registrado em seu intimo e esta força interior e não compreendida causa a ação diferentemente do que ela achou que deveria ser.
Há dois tipos de crenças: as positivas e que nos impulsionam para o atingimento do que desejamos e as negativas, que nos inibem e impedem que as conquistas aconteçam. Conceitualmente as pessoas em sua grande maioria acham que são otimistas e só acreditam em coisas boas. Acham também que a vida é que é ingrata, pois só passam transtornos e tudo é uma grande dificuldade para se conseguir. Pois bem, o maior obstáculo para identificarmos nossas crenças é aceitarmos que podemos ter crenças extremamente negativas e punitivas, que nos levam ao auto-boicote, a auto-sabotagem, fazendo com que as coisas não aconteçam.
Ao fator sorte é atribuído mais do que a sorte realmente trás. Para os considerados "sortudos" existe antes de tudo uma postura interna deles de abertura e de fé de que as coisas podem lhes acontecer e de que são merecedores disso.
Uma análise rápida de cada um sobre suas conquistas e seus fracassos, e principalmente sobre a forma como entenderam essas ocorrências será um rico material para se identificar qual o "tom" das crenças internas, se positivas ou negativas.
Alguns clientes ficam chocados ao descobrirem suas crenças negativas, precisando entender o como desenvolveram esta visão. Então vai mais um bom tempo de terapia para aceitarem que isso é real, independente do que os levou a verem aquilo dessa forma. Após pararem a luta dos "não pode ser", começam então o exercício para alterarem suas crenças negativas.
Você diz muito: "Tudo para mim é com dificuldade"; "As coisas nunca dão certo comigo"; "Se tiver que dar errado com alguém, é comigo que irá acontecer" e outras parecidas, "Ganhar dinheiro não é fácil"; "Nasci para viver na dureza".
Pergunte-se: "O que me leva a acreditar nisso?". "Por que digo sempre isso, mesmo sem ter refletido sobre o assunto?". Quanto mais você identificar suas crenças negativas e modificá-las, menos estará precisando de um terapeuta e mais feliz será, pois verá como as coisas começam a se desenrolar de outras formas, mais suaves, rápidas e harmoniosas.
Não é um "pensar milagroso", como se fosse "cair dos céus". É um modificar convicções, que nos possibilita enxergar muito mais perto de nós o que antes não permitíamos que se aproximasse, mesmo dizendo que queríamos.
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