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A IMPORTÂNCIA DE SABER SE COMUNICAR

Atualizado dia 6/4/2007 5:01:53 PM em Autoconhecimento
por Eda Cecíllia Marini


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Graças ao trânsito lento da hora do rush, estava em situação privilegiada, com ótimas oportunidades para observar e pensar minha vida, o rumo de seus acontecimentos; podia também observar o meu redor, o mundo em que vivo, as pessoas e seus comportamentos. A expressão de sua face, sua postura corporal, suas reações, tanto de pedestres quanto de motoristas.

Pressa, tensão, cansaço, papo descontraído, indiferença; o diálogo ansioso ao telefone, o olhar distraído, o pensamento longe, a alegria, o olhar brilhante, idéias, o modo de andar, os gestos ao falar, a expressão facial, etc. Mas, como nada é por acaso… tais observações foram-me induzindo a comparações em minha vida e a filosofar sobre a ampla gama de ferramentas de comunicação que o ser humano possui e sobre o uso que dela faz.

Cada pessoa possui um mapa individual da realidade, plasmado por hábitos sócio-culturais, tradições e por impressões captadas pelos sentidos e sensações e nem sempre lida com ele de modo conveniente. Usa-o num modo de comunicação automático, quase sempre impulsivo, baseado no seu diálogo interior. Este, ao mesmo tempo em que questiona, responde condicionado pela sua visão da realidade. É um movimento circular. Isso, quando questiona, pois muitas vezes assumimos as impressões também no automático, simplesmente incorporando-as.

Então, podemos dizer que do diálogo interior resulta a forma do contato com o exterior. Descomplicando: do modo como me questiono – ou não – diante dos fatos, formulo as respostas que poderão ou não se tornar automáticas (dependendo do meu nível de conscientização) e que certamente moldarão meu destino. Portanto, o que falo (7%), como falo (38%) e o que “falo” com minha postura corporal (55%) – estatísticas recentes – definem meu relacionamento com o mundo. E, o principal: o faço sempre de acordo com os conceitos definidos pelo meu diálogo interior. Se me deixo contaminar pelos vírus da inflexibilidade, do julgamento, do preconceito, do medo ou da presunção, ou se me permito deixar influenciar livremente por mentes desencarnadas afins, a mensagem levará o mesmo formato e os resultados serão, na maioria das vezes, inesperados, conflitantes, compatíveis com o nível vibratório das mesmas.

Já disse o grande Jesus: “Não é o que entra, mas o que sai da boca do homem que contamina!” Porque tudo o que se fala sai direto do coração e nem sempre se alia ao que se pensa ou sequer passa pela mente antes de sair. Por isso a qualidade do que falo é sumamente importante.

• O que falo?
Falo o que realmente tenho para falar, isto é, o que sinto e penso, ou simplesmente o que o outro quer ouvir?
Quando falo, contribuo fortalecendo ou enfraquecendo meu interlocutor ou o grupo?

• Como me expresso?
Com clareza, expondo meu ponto de vista com objetividade de modo a me fazer entender, permitindo assim um diálogo com troca positiva?
Ou imponho minhas idéias de modo imperativo, nervoso, ansioso, definitivo, na presunção de que sou o dono da verdade?

Tom de voz, dicção, sentimentos, modo de expor a idéia, conhecimento do que falo: tudo contribui para passar uma mensagem fiel ao que quero comunicar, evitando possíveis conflitos de interpretação.

Interpretação. Ouvir. Claro que aqui entra o lado subjetivo do ouvinte que muitas vezes só ouve o que lhe interessa, o que quer. E isto leva a mais um capítulo posterior de reflexão.

Muitas guerras familiares e sociais teriam sido evitadas se fosse observado o modo de se comunicar. É preciso, antes de mais nada, muita clareza interior e, sobretudo humildade, para que o resultado seja positivo. Autoridade não vem de falar muito, complicado, alto ou aos gritos, mas da serenidade que a segurança traduz. “Falo do meu jeito porque sou assim e pronto. Problema de quem não gostar.” Ou: “Posso falar o que e como quiser pois sou seu superior hierárquico, sou seu pai, etc.” Cruzes!!! Argumento e atitudes típicas de quem é inseguro e imaturo!

E aqui entra a terceira obervação, também super importante:
• Como é a minha comunicação corporal, não verbal, gestual? O que falo através de meu corpo?
Gestos e sua freqüência, expressões faciais, postura corporal, movimentos, piscar de olhos, timbre de voz, velocidade, hesitação, ritmo, respiração, pausas, tudo isso expressa o que meu interior nem sempre está dizendo pela oratória mas que me denuncia em alto e bom som. Quantas vezes já ouvimos a expressão: “Fulano fala com os olhos” ou “Você é transparente como água?”

A proposta não é de me vigiar para criar uma postura artificial mas sim para me conhecer melhor e assim ratificar atitudes que possam provocar desentendimentos. Através da observação do próprio gestual, chego a um entendimento mais profundo de mim mesma e das reações causadas pelos sentimentos, emoções e seus reflexos neles expressadas, nos outros e no próprio corpo físico sob a forma de bloqueios energéticos, doenças e achaques. Quando mudo os canais de percepção identifico padrões não funcionais, podendo romper com eles. Posso colocar-me no lugar do outro e assim sentir diferentemente de como sinto a questão.

Um exercício interessante é imaginar-me com menos ou mais idade do que a que tenho, com valores, hábitos e atitudes próprios dessa faixa etária imaginada, e como seriam as reações e atitudes. Ser meu filho, meu vizinho, meu pai, por uma horinha… Colocar-me no lugar do outro e perceber como me veriam e sentiriam… Será que entenderiam minhas mensagens, na íntegra, da forma como me comunico? Que riqueza! Quantos dados para pensar e repensar em minhas atitudes e meus comportamentos, meu modo de agir, nas várias circunstâncias e momentos da vida…

André Luiz nos passa, com muita propriedade: “Cada criatura é sede de soberana inteligência, criando e renovando, destruindo e criando de novo, por intermédio da milagrosa química do pensamento.” E podemos acrescentar, sem perigo: devemos usar este poder de criação com sabedoria, humildade e realismo, de modo que nossa comunicação seja realmente clara e objetiva, criando respostas positivas e igualmente claras e objetivas. Vivenciamos, assim a paz interior; produzimos a paz nos relacionamentos, na convivência – por mais impessoal ou superficial que seja – e estaremos, com certeza, colaborando com a paz social e universal.

Comecemos por nós: sejamos os construtores de um mundo novo, onde a boa vontade e a gentileza imperam como resultado da autoconscientização. Façamos paz conosco e com o mundo, façamos a verdadeira fraternidade.

Um abraço.

Eda

Texto revisado por Cris

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