A inveja
Atualizado dia 8/5/2022 12:55:41 AM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Para existir, a inveja depende primeiramente da rejeição de nós mesmos. Ela vem de um sentimento destrutivo a respeito de si, sempre comparando-se com aqueles que têm ou aparentemente são aquilo que gostaríamos de ter ou ser.
Como a pessoa invejosa está sempre se diminuindo e se comparando, a segunda etapa deste padrão psicológico está na crítica ou necessidade de diminuir o outro para que pensando ser melhor que alguém a pessoa consiga se sentir um pouco melhor a respeito de si, ou de alguma condição sua que rejeita. Isso pode ser mais facilmente percebido quando criticamos algum criminoso, algum político, alguém famoso ou bem-sucedido, pois nesta atitude estamos nos colocando como melhores que eles. A aparente e efêmera autoelevação é maior conforme a importância, beleza, sucesso e prestígio do criticado.
Outro aspecto da inveja é que rejeitando algo em si, a pessoa está sempre procurando modelos de aparente perfeição para seguir. Com muitas críticas sobre si, nunca é capaz de se aceitar como é e está sempre querendo ter algo diferente ou ser como alguém. Assim está sempre insegura quanto a si mesma e dependendo da aceitação dos outros para estar bem. Falta-lhe amor próprio para aceitar-se como é e libertar-se das referências ilusórias que está sempre a perseguir.
Algo interessante de se perceber, é que a inveja é sempre relacionada a algo que imaginamos ou vemos externamente e ao plano material. É na mentalidade materialista e na não-expressão de quem verdadeiramente somos que a inveja se manifesta, estando presentes em todos os tipos de pessoas, de todas as condições econômicas e sociais. Não é a falta de algo, mas o próprio materialismo que nos faz sofrer quando não somos, não temos ou não fazemos algo que gostaríamos de ser, ter ou fazer.
Outro comportamento caraterístico da pessoa que sofre de inveja é a não aceitação da própria responsabilidade nos acontecimentos e situações que a vida lhe traz. Acredita que é vítima de deus, da maldade, dos pais, do governo, da sociedade ou da vida, negando ou recusando-se a compreender as consequências das próprias escolhas e mentalidades que construiu para si, nesta ou em outras encarnações.
Assim, para superarmos este padrão é preciso trabalhar o Amor, ou seja, a Aceitação Incondicional de si. Esta é a base para encerrarmos com as comparações e com as buscas externas de preenchimento, satisfação e realização. Estando contentes e seguros de quem somos, podemos nos desprender das sugestões externas de supostos preenchimentos e aparências que deveríamos ter e da necessidade de que o outro nos veja como nem nós somos capazes de nos ver.
A autorrejeição, que é a base da inveja, nasce das culpas, vergonhas, críticas e acusações que temos imposto a nós mesmos ao longo de muitas encarnações. É preciso um profundo trabalho de autoperdão e autoacolhimento para dissolvermos este padrão pela sua raiz. Uma vez nos abrindo para o Amor, basta parar de alimentar qualquer aspecto do antigo comportamento e apenas deixá-Lo transformar a nossa visão de nós mesmos, do outro, da vida e do mundo.
Assim, encontrando em si algum destes sofrimentos ou padrões e reconhecendo seu poder de escolha a respeito deles, você pode diariamente ao acordar e antes de dormir colocar as mãos sobre seu coração e dizer as seguintes palavras: "Eu escolho perdoar e amar". "Eu escolho perdoar e amar". "Eu escolho perdoar e amar". E o coração já começa a se abrir!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Em Consciência e Amor podemos transformar nosso mundo interior!
Texto Revisado
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