A liberdade
Autor Bernardino Nilton Nascimento
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/3/2006 7:13:24 PM
Não há nada no mundo mais desejado do que a liberdade. Liberdade de sentimentos, de democracia, de amor. Sermos livres no mais amplo sentido da palavra. Livres para fazer, falar, sorrir, chorar. Livres como pássaros. Livres para fazermos o que o coração manda e para não obedecê-lo também.
Mas será que é possível ter todas essas liberdades? Ou apenas uma, duas, três ou mais, quem sabe!? Que tipo de liberdade você deseja ou precisa? Será que até os pássaros têm a liberdade que pensamos?
Com a mente você pode viajar para qualquer lugar e se sentir livre para voar, imaginar seus desejos e sonhos, mas ela também tem seus vícios que acabam te prendendo. Falo não só do vício das drogas, mas o vício das religiões, dos dogmas, os vícios de nosso dia-a-dia, que muitas vezes passam despercebidos, mas são vícios, só que costumamos chamá-los de manias.
Todos nós temos vícios, mas muitas vezes não os percebemos. Porém, é mais fácil conseguirmos percebê-los nos outros. Os animais também têm os seus vícios, cada um com suas particularidades.
Não podemos ser totalmente livres, porque os vícios que carregamos nos prende, nos acorrenta. Quem tem medos não saboreia o prazer da liberdade. O medo é necessário como defesa, como um freio que nos protege de uma situação de perigo. O medo que tolhe a nossa liberdade é aquele que nos paralisa diante da vida e nos impede de seguirmos em frente e de vivermos plenamente.
A sua liberdade termina quando começa a do outro. E isso é importante para termos respeito pelo próximo. Na busca do equilíbrio e da paz, o respeito está em primeiro lugar.
Então, vamos buscar a liberdade responsável. Aquela em que você respeita o limite de cada um, a começar pelas opiniões, pois as suas também precisarão ser ouvidas e, para isso, o respeito mútuo é indispensável.
Nenhuma religião, seita ou líder tem o poder de tirar a sua liberdade. Você tem o livre arbítrio. A sua vontade é fundamental para que possa viver feliz, sempre, lógico, respeitando os limites. É complexo falar em liberdade porque ela é impossível, em sua plenitude. Muitas vezes nos livramos de determinadas situações achando que, naquela atitude, resolvemos todos os nossos problemas, quando, na verdade, estamos apenas mudando o foco.
Mas se você quer curtir a liberdade olhe o mar, sinta a brisa, olhe as montanhas, as árvores e sinta o vento; olhe para a pessoa amada e sinta seu amor; olhe para o céu e sinta sua energia; olhe para o próximo e deseje sua felicidade e olhe para o seu coração e sinta a Luz Divina. Estes são alguns dos sentimentos que podem fazer você se sentir livre, mesmo que não completamente. Mas se sentir alegre e feliz é o melhor tipo de liberdade que você pode adquirir. O amor altruísta também te fará sentir-se liberto.
Viva a liberdade respeitando o seu irmão e a si mesmo, e admire a natureza na sua plenitude. É pouco? Não. Só essa prática já te trará a sensação de ter conquistado a tão sonhada liberdade plena.
BNN
Texto revisado
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