A MAGIA NO DIA A DIA - 12 a 18/07
Autor Tina Simão
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/10/2010 2:21:05 PM
Os acontecimentos, ao longo dos séculos, sempre foram celebrados e marcados com rituais. Tanto os pequenos como os grandes acontecimentos, vivenciados em pequenas comunidades ou em grandes grupos. Tinham por objetivo manter a coesão destes grupos e reunir as pessoas com certa regularidade para as atividades tradicionais e celebrações religiosas.
Estas datas comemorativas foram passadas ao longo do tempo de geração em geração e se transformaram em tradições folclóricas, crenças e superstições. A cada dia os povos antigos celebravam algum acontecimento ou agradeciam as divindades pela vida, colheita, plantação, e outros vários assuntos. A cada repetição do mesmo evento a intenção era reforçada formando uma egrégora dessa intenção. Hoje, a força destas tradições, costumes e mitos são manifestadas como celebrações antigas e rituais mágicos.
O legado espiritual dos nossos ancestrais adaptadas ao momento atual são as contribuições para o ressurgimento do Sagrado Feminino. Na antiguidade a figura da Deusa era predominante nas mais diversas culturas e religiões em todo mundo. Cada dia do ano a Deusa era celebrada e as mulheres , por serem suas filhas, lembravam para as comunidades as celebrações de cada data. Dependendo da cultura e do período na historia, os nomes diferentes designaram os tipos das divindades , sendo sempre aspectos da Grande Mãe. Surgiram assim milhares de Deusas interpretando os atributos de uma única Deusa.
Os calendários lunares foram substituídos pelos calendários solares, foram aniquiladas as sociedades focadas no feminino, foram queimados escritos, foram perseguidas as filhas das Deusas, criando um período de sombra nesse imenso conhecimento da humanidade. Mas a força do feminino resistiu. Estudiosas como antropólogas, historiadoras e sociólogas resgataram informações sobre a Deusa colhidas nas culturas pelo mundo todo.
A Deusa voltou a ser cultuada em rituais, festivais e tradições onde as mulheres celebram seus atributos tornando sua presença real, próxima e permanente. Comemorar a Deusa significa reforçar os laços entre as pessoas e promover a irmandade.
Abaixo a comemoração diária da Deusa nas várias culturas através do mundo:
12 – comemoração da deusa lunar Erzulie, regente do amor , alegria, beleza, magia, cura e boa sorte. Correspondente na tradição ioruba ao orixá Oxum. Na polinésia comemoração das eusas Hapai e Hine Moa, do amor e da sexualidade. Dia consagrado a Dikaiosyne, antiga deusa egípcia da justiça. Adonia, celebrações dedicadas ao deus Adonis. Celebração tibetana dedicada a Yama, deus budista da morte e senhor do mundo subterrâneo.
13 – festival da deusa Deméter, na Grécia, com procissões de mulheres descalças e enfeitadas com guirlandas de flores do campo. Ao andar descalças, as mulheres podiam se comunicar diretamente com a deusa. Deméter trouxe as primeiras sementes de trigo para a humanidade. Era protetora da maternidade, do amor conjugal, regia as colheitas, os cereais, a vegetação, o renascimento, a agricultura, as leias, a filosofia, a magia e a própria Terra. Dia de Junco, na África, comemorando a deusa elefante Ndlovukazi, equivalente feminina ao dês elefante indiano Ganesha.
14 – comemoração das Nornes, na mitologia nórdica, as três deusas do destino. Semelhantes as arcas romanas ou moiras gregas, teciam os destinos e determinava a vida e a morte dos homens, cortando o fio no momento certo. Em 1988 , aparecimento dos círculos enigmáticos (crop circles) em Somerset, Inglaterra. Celebração de Horus, deus egípcios com cabeça de falcão. Os wiccanianos comeram este deus acendendo uma vela azul real e um incenso de mirra como oferenda perfumada ao deus. Conecte-se as Nornes fazendo uma trança com fitas nas cores vermelha, preta e branca. Peça a Urdhr ajuda para desligar-se dos resíduos negativos do passado; a Verdandi peça fortalecimento e direção para cumprir sua missão e compromissos nesta vida; a Skuld, peça que lhe prepare para sua passagem para a outra vida. Peça as deusas para trazer-lhe mensagens e avisos em seus sonhos. Coloque a trança sob o travesseiro e acenda um incenso de mirra e uma vela lilás.
15 – celebração das deusas do trovão, fogo e relâmpago. Rauni, deusa finlandesa do trovão; Oynyena Maria ou Maria do Fogo e Perkune Tete ,deusa do relâmpago, ambas eslavas. Inicio das olimpíadas e no Egito celebração do nascimento do deus egípcio Seth, deus da magia e da morte. Na china, dia de Chung Yuan, festival dos mortos, homenageando o deus Ti Tsang, senhor do mundo subterrâneo.
16 – festa da deusa romana Carmenta, parteira e curadora, transformada posteriormente em Madonna Del Carmine, na Itália. No Haiti procissão rumo a cachoeira sagrada da deusa do amor Erzulie Freda. Dia dedicando a Virgem Maria da Irlanda. Celebração de Niski Ava nos países eslavos, deus protetora das mulheres e guardiã dos lares. Reverenciada por todas as mulheres que lhe dedicavam alteres domésticos. Essa deusa tornou-se a Virgem Maria.
17 – festival de Amaterasu Omi Kami, deusa solar do Japão, governante de todos os deuses, guardião do povo e da unidade cultural. Seu emblema é o sol nascente que está na bandeira nacional deste povo. É chamada de “ Grande e augusto espírito que brilha no céu”., e representa a manifestação mais elevada do espírito universal. Faça uma saudação a esta deusa ao nascer do sol, invocando suas bençãos para sua vida. Capte a luz solar em um espelho e reflita-a para todos os cômodos de sua casa, enquanto toca um sino e entoa o nome da deusa. Celebração das deusas solares eslavas Si e Tsi e que eram também invocadas em juramentos por serem guardiães da justiça e punirem os perjúrios.
18 – aniversario de Nephtys, deusa egípcia da morte, irmã de Isis e esposa do deus Seth. Era a deusa do por do sol , dos túmulos e da morte. Em Hong Kong, celebração da deusa da floresta Lu Pan padroeira dos que trabalham com madeira. Festa dos índios norte americanos festejando a Mulher de Cobre e a Mulher Vulcão, deusas dos minerais e dos metais. Comemoração da deusa persa da justiça Arstat, da verdade e honestidade e que propiciava o crescimento e prosperidade de todos os seres vivos.
Fontes de pesquisa: O Anuário da Grande Mãe – Mirella Faur e Livro Wiccaniano do dia a dia – Gerina Dunwich
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Tina Simão - Mestre em Reiki, Terapeuta, Escritora, Estudiosa e Pesquisadora da Arte ou Religião Antiga.
Autora do livro A Força dos Salmos e do Tarot dos Deuses Hindus.
Cursos, palestras e rituais sobre a Arte ou Religião Antiga.
Contato: [email protected] ou 11 4238 8619.
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