A Musica



Autor Ana Lucia Vieira Santos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 09/01/2007 01:31:23
A MUSICA :
Na realidade que nos cerca o som é uma das constantes: o mundo quanto mais se moderniza tecnologicamente assume engenhos que produzem sons cada vez mais audíveis; da carroça de animais para o carro, do trem para o avião, do ritmo urbano nas grandes cidades, onde todas as misturas são possíveis, o ser humano ouve cada vez mais, ... e também menos. Quanto são os ruídos que nos cercam que nem mais prestamos atenção? Se pudéssemos nos abstrair por momentos e mergulhássemos na Terra outra vez, nosso espanto seria grande em perceber a intensidade de sons nos cercando a todo momento. Se pensarmos que nos primeiros instantes de nossa vida, no ventre materno, esses sons chegavam até de nós de maneira aveludada, quase na surdina, imaginem o grande espanto ao nascermos e todo aquele "barulho" a nossa volta. Quando podemos nos distanciar da cidade e voltamos a natureza, a paz nos envolve outra vez no encontro de sons primordiais ; podemos quase ouvir a brisa, o som dos pássaros nos surpreendendo com sua riqueza e multiplicidade de forma; e mesmo o som de aviões ou carros passando ao longe, acabam não nos agredindo tanto. Nesse momento estamos conectados coma vida e com seus sons. E este som nos reequilibra: esse som nos reestrutura.
A busca por esse som, quase que nos faz pensar que ouvimos musica mais para ouvir o Som ; que ao repetirmos fórmulas musicais de compositores ou estilos conhecidos, estamos na verdade exercitando o poder da Musica dentro de nós. Isso é muito interessante pois é essa visão que permeia o cotidiano de musicas diferentes do nosso padrão ocidental. Nossos índios manifestam um som em suas danças que acabam por dizer muito a eles, tanto culturalmente, quanto como descrição de momentos. Numa dança de amor o Som o levará a isso, numa dança de Luta, ela o inspirará. E isso se repete entre todos os povos e culturas distantes das nossas.
Procurar ouvir o Som , antes da musica , é uma tarefa difícil para nós, pois nos acostumamos a moldar palavras junto à seqüências musicais.
Quase como Mondrian, que aboliu a figura em suas pinturas, para só expressar as cores, podemos tentar fazer o mesmo com a musica e sua relação física sobre nosso corpo e mente.
Sons primordiais existem a todo instante , só que nos esquecemos de identificá-los para podermos apreciar o que eles estão a dizer ou a influenciar em nossa vida.
Uma das linguagens que mais se adapta a essa pesquisa é a musica indiana. Sem preocupações de formas, essa musica segue padrões onde a liberdade e criatividade estão intrinsecamente colocadas. Nela pode-se ouvir uma seqüência, apreciar o efeito sonora da mesma, independente da mensagem que possa veicular, mas o Som pelo Som. Buscar ouvir esse som, equilibrá-lo dentro de nós pode nos dar a sensação de conexão outra vez com a vida e sua matéria primordial. Dizem que o Universo gera um som, e segundo Pitagoras, há uma Musica das Esferas que acaba por influenciar quem nelas vive. Esse material tão sutil de trabalhar: a Musica, que dura instantes, não se pode prender nem conservar ou eternizar, mas ao mesmo tempo é imperecível e nos cerca e nos acompanha sempre, sendo quase sinônimo de Vida.
Ana Lucia Vieira Santos
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