A natureza ensina...
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Autor Ramy Shanaytá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 09/10/2008 17:26:33
A natureza como origem da vida não é uma unidade, já que é constituída de várias origens reunidas. Sustenta-se através do entrecruzamento destas várias origens sem suprimir a individualidade. É uma Mãe formada de muitas outras Mães, que gesta e pare suas filhas. Estas filhas também serão "Mães", manifestando, assim, o ciclo contínuo da existência.
A natureza ensina como ser, ou seja, leva a consciência a alcançar a presença de nosso eu.
Ao observarmos uma planta no jardim, nossos pontos de referência produzem o entendimento que podemos ter daquele vegetal mediante nossas condições emocionais, intelectuais, entre outras. Se o observador for um biólogo, vai vê-lo a partir do ponto de referência de seus estudos; caso desconheça aspectos técnicos, vai descrevê-lo a partir de sua realidade, que gerará, como resultado, o entendimento sobre o vegetal.
Estes vários pontos de referência produziram, como resultado, a crença de que a planta é bonita ou feia, boa ou ruim. Os pontos de referências são apenas um modelo, padrão ou paradigma, ou seja, uma realidade criada a partir das crenças daquela pessoa.
Neste caso, mesmo sendo múltipla a realidade de percepção do vegetal, a planta continua sendo a mesma: não é boa ou ruim, feia ou bonita, e só quem pode nos ensinar sobre ela é ela mesma. Qualquer outra observação que venhamos a fazer para qualificá-la, por mais coerente que seja, ainda assim não será a planta. Desta maneira, a natureza nos ensina os caminhos para a transformação do paradigma do ter, ensinando-nos sobre o ser. Portanto, por mais que tenhamos conhecimento a respeito de uma determinada situação, condição ou pessoa, não somos detentores absolutos da sabedoria sobre aquilo, pois ainda funcionamos com a mente linear, que acredita ser o nosso ponto de vista o único e o verdadeiro. Quando nos lembramos desta situação, começamos a interagir melhor com o foco sobre o qual buscamos desenvolver maior reconhecimento e começamos a vibrar em sintonia com o ser.
Quando o ser funciona com a visão que vai além do linear, os pontos de referência tornam-se impulsionadores para a localização no tempo e no espaço que, em alinhamento com a consciência, transformam-se em ferramentas de amadurecimento para as nossas escolhas. Mesmo assim, os pontos de referência existem por um período e são modificados mediante o avanço que o ser realiza, identificando, desta maneira, o estado em que se encontra, como por exemplo, a folha nova de uma árvore, que vai crescer, amadurecer, amarelar e morrer, sem deixar de ser, em sua essência, uma folha. Ela passou por vários estados, caiu ao chão, virou hábitat para novas vidas e sua essência, como planta, continua ali.
Resumo
Ser: vida; existência; afirmação que conduz o ser a tornar-se consciente da presença de seu "eu".
Estar: momento; afirmação sobre um estado momentâneo, com possibilidade de intensas variações.
Ter: possuir; afirmação que cria o paradigma do possuidor e do possuído.
Paradigma: modelo; padrão; realidade criada a partir das crenças de uma pessoa.
Extraído do livro “A NATUREZA ENSINA... a conexão com a luz da cura”, Ramy Shanaytá, Editora KVT, 2008.
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Ramy Shanaytá é co-fundador do Instituto KVT (fundado em 1995) e da Instituição Filantrópica e Cultural Templo Ará Tembayê Tayê da tradição Tubakwaassu, Editora KVT e KVT – Desenvolvimento da consciência empresarial, Escritor, conferencista, professor e pesquisador de plantas medicinais. Outro site: http://www.kvt.org.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |