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A NOVA MÃE

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Autor Sonia Maria Milano

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/2/2005 7:23:28 PM


Dedico aqui algumas palavras para aquelas mulheres que realizam a complexa tarefa de ser mãe. Acredito que a realização da mulher é algo a ser atingido, com e apesar dos filhos. Sei que a maternidade representa uma das mais sublimes maneiras da realização da alma feminina, mas também sei, por experiência, que é também uma grande armadilha na vida da mulher.

Quando nos anulamos durante a educação dos nossos filhos o que era uma oportunidade de crescimento transforma-se em pressão. Penso que a verdadeira relação é aquela em que mães, pais e filhos conseguem se desenvolver.

Como mãe de cinco filhos gostaria de compartilhar algumas reflexões que foram trazidas das minhas experiências. Lógico que existem mais coisas, mas vou me limitar somente a colocar aquilo que eu vivi, experimentei e a que conclusões cheguei. Não sou dona da verdade mas a longa caminhada no caminho da maternidade me fez constatar muitas coisas que, tenho certeza, muitas mães concordarão comigo.

Pais e mães que queiram cultivar a própria humanidade e a dos filhos terão que se empenhar nisso todos os dias, pois ninguém nasce com um diploma de boa mãe ou bom pai.
Ao sair da maternidade, uma mulher já é tratada como uma santa; pensam que ela sabe tudo o que é preciso saber para ser mãe e acreditam que ela tenha todas as virtudes altíssimas de compreensão, afeição, dedicação e as mil e outras características que se atribui às mães. Querendo fazer jus a esta cobrança, começa aqui o processo de anulação que, em muitas mulheres, desenrola-se pelo resto da vida.

Sei que uma mãe pode chegar remotamente perto disso depois de muitos anos de experiência, pois se aprende a ser mãe e também pai, tanto quanto a criança aprende a se fazer humana. Só se humaniza quem se empenha na própria humanização durante toda vida. É bem provável que nessas circunstâncias, depois dos cinqüenta, sessenta anos, tenhamos diante de nós uma grande mãe, mas esperar a mamãe sabe-tudo e maravilhosa aos vinte e dois anos não tem sequer qualificativo.

Quando o assunto é educar os filhos é fácil imitar atitudes, ter a pose, mas a articulação interna é outra coisa completamente diferente, que nasce da gradual assimilação de mil e uma experiências de vida. Deveríamos agradecer e aprender com nossos filhos, ser-lhes gratos por nos dar a oportunidade de revermos – desde o começo – tudo aquilo que somos e sabemos; pela oportunidade de continuarmos a nos desenvolver tanto quanto eles, fazendo-nos a todos, e na mesma medida, a cada dia, um pouco mais humanos. Perdemos totalmente essa oportunidade por força das poses, da mamãe, do professor, e dos adultos que já sabem tudo; os filhos não sabem nada e, portanto, só podem repetir e fazer como todos sempre fazem. Assim se eterniza a estrutura social com todas as suas injustiças.

Freqüentemente nós, pais e mães, falamos como se soubéssemos como é a vida e, mais do que isso, como se a vida que estamos vivendo fosse muito boa, quase ideal. Temos que caminhar muito mais como companheiros de aventura num mundo incerto, muitas vezes difícil, cheio de promessas e ameaças, do que funcionar como um guia que já sabe como são todos os caminhos, todos os perigos e todas as possibilidades. Devemos respeitar os caminhos dos nossos filhos e saber que com certeza cada um deles será muito diferente de nós; é preciso confiar que mesmo que você não possa caminhar por eles para poupá-los dos sofrimentos, você estará ali torcendo e acreditando que eles serão capazes de avançar.

Acredito que a mãe consciente está bem na posição do “vamos aprender juntos e lado a lado”. Não vou dizer como são as coisas, mas vamos trocar opiniões sobre as nossas experiências. Você me dirá o que sente, o que pensa, o que imagina e eu farei o mesmo e, assim, em nossas conversas e convívio, iremos aos poucos aprender e viver juntos, trocar modos de ver e sentir, enriquecendo-nos no meio deste diálogo existencial. A nova mãe está muito mais nos olhos do que nos ouvidos! Falar o tempo todo nada resolve; só acompanhando visualmente seu filho tantas vezes por dia, sem julgamento e com agrado, poderemos desenvolver um laço amoroso e prazeroso, um laço de confiança recíproca. Se a mãe vê o filho, o filho vê a mãe. A nova mãe está, acima de tudo, disposta a aprender; ela deixa que o comportamento do filho estimule nela tudo que é preciso para que os dois se entendam – ou briguem.

Por tudo isso se conclui que mãe não existe. Mãe vai se formando. A mãe que já existia antes – pronta – só pode preparar filhos para o passado. A mãe antiga se considerava mãe vinte e quatro horas por dia, a vida inteira. Como os homens deixaram para as mulheres apenas a maternidade como manifestação digna e respeitável, as mães de ontem se concentram nesse ponto e esquecem que foram filhas e lembram muito pouco que são mulheres. Pensam muito pouco em amor ou em sexo e acreditam que o principal da sua vida é sacrificar-se pelos filhos, para que eles se façam os péssimos cidadãos que somos todos nós. É uma escrava que se orgulha de sua servidão.

Mas a mãe do novo homem sabe, muito bem, que o filho é uma parte fundamental da sua vida, mas que sua vida vai muito além do filho. Nessa postura a nova mãe vai mostrando a seus filhos que mãe é, antes de tudo, um ser humano que se equivoca querendo acertar, que fica irada, que tem desejos, sonhos e que, sobretudo, também tem tesão; é um outro ponto que, às vezes, os filhos não conseguem admitir, que mãe também tem sexualidade, não só para procriar.

A educação é um processo de influência recíproca, ao longo do qual as duas ou mais pessoas envolvidas vão se modificando. Também é um processo cooperativo, com inevitável divisão de responsabilidades entre pais e filhos, para o bem e para o mal.
Dizem os especialistas em educação que até os sete anos de idade a criança já absorveu os chamados valores tradicionais. Isto significa que a criança de sete anos já é velha e só voltará a se fazer criança, como dizem os entendidos, se para tanto empenhar muito de si. Caso contrário ela será o sistema – até o fim dos seus dias.

Cultive em seus filhos a habilidade para descrever como eles a sentem e a vêem. As relações pessoais são transparentes quando, em vez de ouvir o que o outro diz como se fosse uma crítica ou condenação, consigo ouvir uma descrição dos meus maus modos e dos bons também. A partir dessa base, será possível desenvolver relações pessoais com nossos filhos, amplas, profundas e verdadeiras.

Quem vive repetindo os velhos pensamentos certamente estará gerando nos filhos o velho mundo. Os antigos sermões maternos, preocupados em determinar regras e condicionar atitudes, devem dar lugar à exploração dos sentidos e a descoberta de novas percepções. Assim, mães e filhos crescem juntos, na medida em que se conhecem cada vez mais.

Só conseguirei educar meus filhos, quando primeiro, tiver a abertura para me reeducar.

Gosto da frase de Jill Churchill, que diz: "Não existe maneira de ser mãe perfeita, mas um milhão de jeitos de ser boa mãe."
MUITA LUZ DE CONSCIÊNCIA A TODAS AS MÃES!

Com carinho,
Sonia Maria
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Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Sonia Maria Milano   
Sou empresária, escritora, terapeuta e intuicionista. Lidero Movimentos de Conscientização do Feminino. Meu livro “Mistérios do Feminino” ajuda as mulheres trazerem à tona a energia da face feminina de Deus– a energia do amor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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