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A origem do sofrimento é o desamor

Atualizado dia 22/07/2006 19:51:35 em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Na literatura da psicanálise clássica encontramos o termo masoquismo como sendo um mecanismo de defesa em que os sentimentos de culpa deixam de se tornar conscientes, através da provocação de sentimento de dor em si mesmo ou inflingindo-se punição (autopunição). Toda vez que a libido (energia construtiva e preservadora) é impregnada de "Thanatos" (energia destrutiva) que tende à dissolução e à morte, temos a "erotização" dessa energia e a agressão resultante proporciona sensações agradáveis. No masoquismo (e no sadismo) encontramos essa fusão. Por isso, quando o sofrimento torna-se um objetivo para o indivíduo, assumindo o caráter de uma gratificação sexual em si, trata-se de masoquismo.

Nas somatizações, também chamadas "neuroses orgânicas", ocorre a manifestação visceral de emoções e tensões bloqueadas e impedidas de se tornarem conscientes, levando a pessoa ao sofrimento psíquico e materializado.

Por outro lado, na literatura espírita encontramos fontes que abordam a necessidade da existência da dor e do sofrimento como resultantes de compromissos cármicos que representam dívidas contraídas em existências passadas e que precisam passar por um processo de purificação pelo espírito reencarnado.

No entanto, independentemente das teorias científicas ou religiosas, a grande maioria das pessoas, ou seja, um percentual estatisticamente significativo, não sente prazer no sofrimento. E são estas pessoas, principalmente, que procuram ajuda nas psicoterapias. Buscam, de uma forma imediata, algo que possa, pelo menos, minimizar o desprazer e o desconforto que sentem. E caberá ao psicoterapeuta encontrar o(s) caminho(s) que o levará à origem do sofrimento e da dor dessa pessoa.

A depressão, por exemplo, tem várias causas e origens, a começar pela especificidade da química cerebral de algumas pessoas portadoras. Fora os casos típicos de masoquismo, que são ínfima minoria no contexto das psicopatologias, ninguém sofre porque deseja ou sente prazer na dor. Exigir-se que as pessoas depressivas mudem de atitude perante a vida, e que, por si só, de um momento para outro, passem por uma transformação consciencial no sentido da melhoria do nível de autoconhecimento, é uma visão simplista e ingênua do real significado desta doença que vem crescendo a níveis assustadores neste início de século. O estado depressivo, por apresentar sintomas característicos e originários de significativos traumas na vida de uma pessoa (perdas, violência, abusos, etc.), é um quadro clínico que, no mínimo, exige do psicoterapeuta atitute de respeito associado ao conhecimento para a aplicação de terapêutica adequada.

Porém, se analisarmos os traumas que provocam todas as formas de sofrimento humano neste planeta, inclusive o masoquismo por ser um prazer disfarçado, observaremos que estas pessoas, na sua grande maioria, foram vítimas do desamor (falta de amor) em suas longas histórias de vida, a começar pela infância, fase de fundamental importância na estruturação do psiquismo humano.

A saúde mental das próximas gerações sempre dependeu, continua dependendo e sempre dependerá da forma como viemos, ao longo dos séculos, plantando as sementes do amor ou do desamor entre nós. Não existem fórmulas mágicas que possam transformar de uma hora para outra, um depressivo severo que sofre, em uma pessoa normal - ou iluminada - que irradia amor e felicidade à sua volta.

Os níveis de sofrimento e de dor na vida das pessoas só irão diminuir consideravelmente de intensidade à medida que começarmos a plantar, através da educação consciente e responsável, mais sementes de amor do que de desamor. A carência de amor na fase infantil é o resultado da maioria das psicopatologias, enquanto a presença desta energia, é a garantia de espíritos mais livres e de mentes mais sadias e abertas aos desafios e às oportunidades que a vida costuma oferecer.

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
flaviobastos

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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