A prática da iluminação
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Autor Júlia Signer
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 26/08/2007 12:41:33
É incrível que quanto mais mergulhamos, mais nos firmamos dentro, mais ainda a percepção desse interior é um solo de estrelas que não se pisa, mas se vôa; dentro é um infinito tremendo com imensas massas de luz que dançam e dançam... alguns chamam chakras e o movimento da própria energia kundalini e muitas vezes a clareza fica perdida entre as cores.
No centro desse universo imenso que é dentro, há como um sol central, uma chama sempre presente, que quase ri dessas tonteiras todas, mas mantém-se ali, compassiva, vibrando amor e criando todo o universo... e daí vem pra superfície da pele e o mundo, o segundo universo. O universo onde as nebulosas são pessoas e lugares, mas tudo se comporta como um espelho... um espelho de outra natureza, uma natureza que decodifica em formas o que antes era só essência. E daí, neste segundo universo tenho que agir, interagir, reagir, imobilizar, cada situação uma situação, uma outra pré-disposição. E então vem umas nebulosas de luz que fazem o caminho inverso e o segundo universo influencia o primeiro, o interno. O sol central se mantém ali, rindo de tudo isso.
A consciência ora é sol central ora tá perdida nas cores, se aquecendo ao sol, ora se perde na nebulosa externa... e tudo dança e o corpo, com sabedoria, acompanha o movimento. A entrega aos dois universos se faz plena e no movimento que surge há a consciência do eu e toda essa elaboração.
Acho tão delirante essa ilusão que a muitos permeia, que a dimensão física é uma e a espiritual outra. As pessoas desenvolvem um desejo de sair desse mundo, de deixar de serem humanas, de serem pequenas e insignificantes perante a imensidão do cosmos. Não há o fluir da energia transcendente por suas veias, nem o desvelar do sol central (o que falei acima) em seus corações, não há o prazer de ser, completo, transcendente. Há o medo tremendo da completude, da solitude, da plenitude, como se este fosse o fim do caminho, não o início da jornada. De fato, termina-se uma fase e inicia-se outra, muito mais abrangente, compassiva e humana, muito mais responsável e consciente...
Texto revisado por Cris
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