A predisposição para olhar.



Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 09/01/2012 08:35:47
A predisposição para olhar.
Tantos são os preconceitos que vivemos, mesmo quando não percebemos o quanto somos preconceituosos. Tantas são as agitações e as insatisfações sentidas no dia-a-dia, que um certo desencanto vai tomando conta da nossa forma de perceber o mundo.
É como se fosse impossível perceber as coisas de outra maneira. A descrença com o mundo e com as pessoas vai se tornando tão enraizada, que se aparecer alguém com documentação comprobatória de que é portadora de um prêmio, antes mesmo ela própria vai se questionar se não está sendo vítima do "conto do prêmio".
Nada nem ninguém consegue (aparentemente) fazer essas pessoas mudarem. A prédisposição existente, a disposição que antecede toda e qualquer situação já predomina, determinando os sentimentos que irão surgir, independente do que acontecer. Sinal leve disso é, por exemplo, o namorado que vai "forçado" ao cinema, assiste excelente comédia, ri muito e sai criticando a namorada pela "bobageira" que ela o fez assistir. Não consegue sentir o bem-estar que momentos tão alegres lhe proporcionaram e ainda diz sentir-se ridículo vendo um filme como o que acabaram de assistir. Sim, este é um sinal leve, pois existem outros muito mais prejudiciais às pessoas e que passam desapercebidos.
Quem nunca chamou alguém de "mal amada" pela forma mal humorada ou ranzinza com que a esta pessoa encara a vida? Nada a alegra, nada a faz sorrir e se isso acontece, sente-se como se estivesse vivendo uma fantasia. "Isso não é real".
Recorrente é um termo usado para expressar situações que se repetem. Sonhos recorrentes, são sonhos que se repetem com certa regularidade. Pensamentos recorrentes, são os mesmos pensamentos que, aconteça o que acontecer, a pessoa pensa da mesma forma. Todos temos um pouco disso, vale analisar o quanto isso nos domina.
Pensamentos condicionados nos impedem de observar toda a experiência que estamos vivendo, captando apenas o que nos é de interesse para reafirmá-los.
Precisamos fazer uma cirurgia mental, onde a visão interior sofrerá uma intervenção que nos possibilitará uma maior liberalidade na forma de perceber o mundo, com tal intensidade que passaremos a ver as mesmas coisas, as mesmas pessoas, diferentemente.
Aqueles que mais necessitam desta intervenção são os que mais sofrem por não conseguirem desfrutar das oportunidades que a vida lhes oferece, independente de idade, credo, saúde ou poder aquisitivo.
Modificar hábitos antigos, percorrer novos caminhos para o trabalho ou para o supermercado, começar a observar os detalhes do percurso, são exercícios sugeridos e que nos possibilitam ir alterando e ampliando nossa capacidade de percepção.
A neurolingüística fala das crenças limitadoras, e quem não as tem? Aqueles que não acreditam que as coisas podem ser modificadas, que todos, inclusive eles, nascemos para ser livres e buscar nossa realização, pagam um preço terrivelmente caro por toda a vida. Há pessoas que ao verem uma linda criança, internamente pensam que daqui a alguns anos ela será apenas mais uma a sofrer com todos os problemas da vida. "Não sabem o que as espera" é o que se dizem.
Mas saibam que é possível mudar. Saibam que a vida baseia-se na forma que encontramos de percebê-la e isso está em cada um, pertence a cada um. Já falamos em artigos anteriores que não é possível todos sermos artistas, pessoas de destaque público, mas que é possível cada um de nós ter destaque próprio.
Mais um grande desencanto da predisposição é a generalização. Tudo acaba na mesma coisa, tudo tem um só fim. "Nenhum homem presta", "Todo político é corrupto", "Nenhuma mulher é fiel". Se você pensa assim ou tem afirmações parecidas com estas, tente realizar a citada cirurgia, pois essa predisposição para olhar, com certeza está fazendo você não enxergar o que de mais belo possa estar à sua frente. Quebre os vínculos negativos. Supere-se e seja feliz!









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