A preguiça como força evolutiva




Autor Ingrid Monica Friedrich
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/20/2024 12:45:48 AM
Já ouviu a cobrança: não seja preguiçoso! Este é um pecado capital?
Crescemos e vencemos na vida, não apenas por causa do que recebemos, como cuidados, uma casa que nem sempre era um lar, a alimentação possível e não ideal, familiares que nem sempre conseguiam ser amorosos ou presentes, roupas às vezes herdadas, um colchão velho e cobertas surradas.
Recebemos uma educação não ideal, mas a que a realidade permitiu que tivéssemos.
Mas ainda assim, crescemos fortes e nos tornamos adultos.
Nossa ambiência, quando ainda éramos frágeis e dependentes pode ter sido hostil, mais próxima a um purgatório, e para algumas famílias, um inferno.
Ainda mais para quem nasceu no final de uma guerra mundial, onde ter as necessidades básicas atendidas era raro, poucos empregos, e logo após uma ditadura.
Mas APESAR do ambiente difícil, crescemos.
Temos mais educação da que era possível as gerações anteriores.
As mulheres conquistaram a liberdade de sair das atividades domésticas, do confinamento e submissão para poder ganhar seu próprio salário, trabalhando fora e assim abrindo horizontes de vida.
A dificuldade gerou força, resiliência, vontade de viver, mais do que apenas sobreviver, que está modificando a Humanidade, a passos largos.
Mas existe uma grande resistência para romper a inércia do que era nas gerações anteriores.
O meio, o sistema, geram uma grande opressão, que torna difícil qualquer crescimento.
O conservador tem apego ao conhecido, por medo da perda de controle, de dar ruim a nova forma de vida, mais livre.
Já vivemos, da repressão social, da conformação de ser feliz se houvesse apenas um prato de comida e um teto, do Sistema Opressor, para a libertinagem da década de 70/80, testando o extremo oposto.
Ambos demonstraram não ser nada bons, tiveram consequências desagradáveis.
Desde então buscamos o caminho do meio, do equilíbrio, nem ambiente opressor, árido como um deserto, onde crescer é muito desafiante, mas também não tão liberal, com fartura que nos deixe ser propósitos e motivação para crescer.
Foi difícil, se desenvolver pelo APESAR DE...
Mas isto nos tornou quem somos, capazes de lidar com a antagônias, de transcender as dificuldades.
Nos faz deseja um ambiente propício para nos desenvolvermos por CAUSA DE....
Mas tendemos no conforto, a inércia.
Precisamos do incômodo para nos movermos, evoluirmos...
A Preguiça é uma mola propulsora da evolução humana.
Na busca de um ambiente confortável, que exija menor esforço, desenvolvemos múltiplas inteligências.
De caçador coletor, para não ter que caminhar, aprendemos sobre agricultura e criação de animais.
Para não ter que caminhar, domesticamos cavalos, criamos carroças, e aprendemos a lhe dar um motor, e até a fazer um objeto mais pesado que o ar, voar.
Deixamos de comer com mãos e dentes para criar pratos, talheres, vários tipos de recipientes, alforges, malas, modo de transportar e conservar não só alimentos, mas pertences.
Com preguiça de carregar a mercadoria para fazer escambo, como mascates, inventamos o dinheiro, depois os bancos, cheques, mecanismos de trocas virtuais de débito e crédito.
E até inventamos o homework para nem termos que nos deslocar ao trabalho: nós deslocamos nossas tarefas para dentro de casa.
O ambiente hostil de uma parte, e nossa tendência à preguiça do outro, gerou um moto perpétuo evolutivo que mudou a vida na superfície deste planeta.
Criamos cidades, metrópoles com água limpa na torneira, mercadinho perto, eletricidade para a geladeira e elevador, além da diversão dentro de casa, no comodismo doméstico.
As mulheres batalharam para sair de casa e trabalhar, se empoderar.
Agora todos retornam ao lar, trazendo a ele, não só o trabalho, mas estudos, lazer e com advento do metaverso, até para se sentir viajando, não será necessário sair de casa.
Em breve, a opressão da solidão, da ausência de relacionamentos de convívio, pode nos fazer vencer a preguiça e medo de sair de casa.
Todos os seres se desenvolvem mais em ambientes hostis, opressores...
Contrapõe nossa preguiça, a lei do mínimo esforço, de menor consumo de energia...
Então, seja grato a todos que o oprimiram...
Fizeram de você uma pessoa vitoriosa...
Vencer, APESAR DE, dá um sabor de conquista, diferente de chegar lá, carregado por facilidades, que nos deixariam preguiçosos.
Gratidão a todos, pessoas e eventos, que tornam nossa vida mais desafiadora, nossos antagonistas por nos dar o prazer de vencer a vida difícil.
Foram o tempero que deu sabor a nossa vida. Mas gratidão também aqueles que contrapuseram o antagonismo com suas parcerias e apoios.
Afinal, foram as mesmas pessoas: pais, tutores, professores, empregadores, afetos desafiadores...
Se vencemos na vida, foram ambos na medida certa para fazer de nós quem somos...
Texto Revisado









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ingrid Monica Friedrich Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |