A produção da decência
Atualizado dia 9/27/2008 7:20:36 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
O estudo da honestidade remonta às origens da Filosofia, quando o grego Aristóteles fora o primeiro a registrar para a história as suas reflexões sobre a ética nas relações humanas.
A partir do fim da era dos filósofos gregos as mudanças no âmbito social começaram a ocorrer, e com o passar dos séculos, a humanidade foi necessitando de perfis psicológicos adequados a cada momento histórico. Por exemplo, pessoas libertárias de perfil revolucionário foram fundamentais para alavancar significativas transformações sociais. Pessoas críticas foram importantes para fazerem frente a um estado de coisas que impediam o desenvolvimento sócio-econômico de determinadas sociedades e regiões do planeta. Por último, no século XX, surgiram as pessoas consideradas "politizadas" que foram importantes para a organização político-partidária da sociedade civil.
Nos dias atuais, essa linha ascendente do pensamento humano, baseado em ações transformadoras da malha social, continua subindo e acompanhando a evolução consciencial da humanidade.
O homem do século XXI, aos poucos, começa a sentir a necessidade do surgimento da quarta categoria de pessoas que seriam responsáveis pelas transformações, baseadas na ética e na transparência de suas ações, do panorama sócio-político-econômico mundial.
A educação, portanto, torna-se a partir do terceiro milênio o caminho para que a linha ascendente do pensamento humano continue subindo em direção ao que o momento atual passa a exigir: a produção de pessoas decentes.
Essas "pessoas decentes" observadas como o produto final de um modelo educacional adequado às necessidades, serão os futuros agentes responsáveis pela introdução de novos valores éticos nas relações entre indivíduos e entre nações.
No futuro, a produção de pessoas decentes, via educação, significará um marco histórico no caminho evolutivo do homem, porque será por intermédio do desenvolvimento de valores humanos que a educação formará no indivíduo, uma consciência de identificação plena consigo mesmo e com o uno que representará a grande coletividade humana do planeta Terra.
Lentamente, como não podia deixar de ser, o homem começa a perceber a importância da educação como instrumento transformador de sua própria realidade. E os valores éticos, assim como os valores espirituais, saem das sombras do ostracismo e iniciam a sua jornada de inserção no caminho que levará a humanidade à luz da expansão consciencial.
E o final dessa viagem, que vai ao encontro de nós mesmos, passa pela produção de pessoas decentes como sendo um resgate da ética filosófica dos grandes pensadores gregos e da ética espiritual dos grandes mestres espirituais que nesse mundo edificaram as sua magníficas obras.
Se desejarmos erradicar de nossas vidas a dor física e o sofrimento psíquico, a pobreza material e espiritual, deveremos desde já prestar atenção às evidências que se manifestam na desestrutura de modelos sócio-político-econômico vigentes nas sociedades contemporâneas, a começar pelo atual exemplo norte-americano.
É momento de começarmos a pensar mais sério em educação a partir da célula tronco da sociedade: a família. É momento de começarmos a produzir em grande escala, pessoas decentes.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |