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A química e as energias sutis da relação amorosa

Atualizado dia 10/18/2016 8:44:37 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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"Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que doi e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer". (Luis Vaz de Camões)

Afinal, o que é o amor? Um sentimento que surge através de experiências corpóreas concretas, ou é apenas algo psicológico? Qual a relação entre essas sensações físicas e químicas? Muitos tentam dar uma explicação científica para o amor, mas, até hoje, ninguém chegou a uma definição positiva sobre isso.

De acordo com a Biologia Evolutiva, o vínculo criado por casais apaixonados garante a segurança da espécie. Para unir o casal, o cérebro se inunda de amor - no caso, há uma liberação dos hormônios dopamina e norepinefrina. São eles que causam todas as sensações típicas da paixão, como insônia, frio na barriga e pensamento obsessivo na pessoa amada.

Passado o rompante da paixão, outro hormônio entra em ação: a oxitocina. É ela que faz com que os parceiros criem vínculos, evoluam para o sentimento de amor romântico e continuem juntos por tempo indeterminado.

Para a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, uma boa química muda a dinâmica da relação. Além disso, torna as coisas mais intensas e perigosas, o que nem todo mundo considera exatamente uma maravilha. Mas ela faz uma ressalva: uma boa química não é garantia de amor eterno, mas sim, de um ótimo começo e de uma ferramenta a mais para a manutenção de um relacionamento estável.

"É perfeitamente possível sentir uma forte sintonia com alguém e passar bons momentos ao lado dessa pessoa sem nunca ter a tal química com ela. Há ainda quem prefira relacionamentos mais controláveis e racionais. Porém, se você deseja ter experiências emocional e sexual mais poderosas, com certeza deve ficar com aquela pessoa com quem tem vontade de atirar contra a parede e trocar todos os fluídos a que tem direito", avalia a psicóloga.

COMENTÁRIO

"Amor que é demais voa. Amor que é de menos, é frágil e não sai do chão". Essa frase de autoria desconhecida, resume o desconhecimento do profundo significado do amor, que revela o limite de sua superficialidade experienciada pelas nossas sensações, sentimentos e emoções inseridas em padrões de comportamento que trazemos de outras vidas.

Confundimos ou separamos sexo de amor por não termos noções mais precisas de seus significados. Muitas vezes, elegemos a satisfação sexual como prioridade em nossos relacionamentos. Outras vezes, negligenciamos o sexo, considerando-o desnecessário ou de valor secundário em nossa vida, sem nos preocuparmos com o que pensa o parceiro a respeito da relação sexual. Historicamente, experimentamos nas mais variadas e antigas culturas, o sexo como prioridade nos relacionamentos, sem, no entanto, atingirmos a desejada plenitude no amor.

Somos ainda crianças perdidas à procura de uma presença que nos proporcione segurança e prazer. Uma presença que nos segure com força nos momentos de insegurança e que nos conduza aos momentos de alegria e de felicidade.
Imaturos no que diz respeito ao amor, tentamos entendê-lo através de nossas relações afetivas, sem compreendê-lo na sua forma mais ampla, integral e profunda. Falta ao homem perceber além dos sentidos básicos e aceitar que a adversidade, a contrariedade e, principalmente, a diferença, são características humanas perfeitamente administráveis entre dois seres que se amam, pois maturidade no amor exige lucidez, discernimento e gradual libertação das amarras que aprisionam o indivíduo em si mesmo, como o orgulho e o egoísmo. Chagas que vem mantendo o ser inteligente dependente de seus desequilíbrios psíquico-espirituais.

Completude no amor exige abertura, expansão, transcendência, mas também química sexual, razão, compromisso e responsabilidade, pois quanto mais semearmos amor equilibrado, mais seguros nos tornamos na compreensão de sua plenitude. É na prática do amor não-egoico, não-possessivo que assumimos a condição de seres felizes, livres e amorosos.

As pessoas que não estão em equilíbrio no amor, ou seja, em sintonia com o seu eu verdadeiro, a sua essência, sentem a necessidade de impressionar, gerando falsas expectativas nas pessoas, que não sabem que por trás da "encenação" está o medo de mostrar suas fraquezas ou o medo de não ser aceito socialmente. Dentro de um relacionamento isso é muito comum, e é por isso que aumenta o índice de separações no mundo, à medida que a tendência é uma pessoa idealizar na outra, ilusões que acabam por entrar em choque com predisposições que não são reais.

Quando sintonizamos a frequência do amor em equilíbrio, compreendemos que o amor é um estado de espírito intocável pelo egoísmo e essa sintonia não é impossível de ser atingida. Basta para isso, expandirmos a energia amorosa além das limitações impostas pelo padrão emocional-comportamental que nos acompanha de vidas passadas. Nessa direção, o desafio do "querer" torna-se o primeiro passo de uma caminhada que tem como proposta, cortar os grilhões que mantém o indivíduo cativo de sua própria história.

Portanto, a "química" da relação amorosa representa um "conjunto de coisas" que passa pela racionalidade científica através da biologia, química, física e psicologia, e segue seu curso penetrando na área das energias sutis que encontram-se no âmbito da natureza espiritual do homem, e que se manifestam conforme o indivíduo evolui no processo de autoconhecimento.

Na natureza humana, que é física (material) e espiritual (imaterial), nada acontece por acaso, pois toda experiência relacionada ao amor encontra-se vinculada à bagagem que trazemos de outras vidas, associado à síntese de experiências relacionais ocorridas com as figuras parentais da vida atual. Fatores que determinam o nosso relativo preparo ou despreparo no enfrentamento de novas experiências amorosas.
Somos o que sintonizamos e cabe a cada um elevar a sintonia do amor ao nível humano do equilíbrio, que é a condição ideal para curtir o amor como fonte de prazer, felicidade, aprendizado e evolução.

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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