A releitura da infância segundo a Reencarnação
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Autor Mauro Kwitko
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/08/2006 13:03:35
A Psicologia tradicional procura a causa de tudo na infância de seus pacientes; nós procuramos entendê-la sob a ótica reencarnacionista. Para a visão oficial, ela é o início da vida; para nós, é a continuação. Sendo uma continuação, ela tem uma estrutura organizada pelo Universo, segundo Leis. Nós devemos entender e conversar com nossos pacientes sobre isso. O dia de amanhã é aleatório ou é a continuação de hoje? O ano que vem não é a continuação desse ano? A nossa próxima encarnação é a continuação dessa. Se alguém não gostou de sua infância, por que a precisou? Por que a mereceu?
Muitos pacientes referem que sua infância foi muito dura, que passaram por dificuldades, quer seja de ordem afetiva, quer seja de ordem financeira, problemas com um dos pais, ou com ambos, ou com outras pessoas. Muitos permanecem com esses traumas pelo resto de sua encarnação, influenciando gravemente seu comportamento. A maioria dos doentes de doenças crônicas como asma, reumatismo, problemas cardíacos, digestivos, renais, etc., criam essas doenças em si por sofrerem por essas questões da infância, e encontramos neles, por trás dos sintomas físicos, questões emocionais como mágoa, ressentimento, medos, raiva, tristeza e insegurança. Enquanto isso, a Medicina do corpo físico fica tratando apenas os órgãos, as partes, e buscando os seus vilões: as bactérias e os vírus.
Os doentes acreditam que seus sintomas emocionais têm sua origem lá no início dessa atual trajetória terrena. Mas a experiência das regressões mostra que se esses sentimentos e essas tendências são intensas, já nasceram com eles e foram afloradas, não geradas, na infância pelas situações "injustas".
Sabemos que a mágoa, a raiva, o medo, a insegurança, etc. são os fatores causais mais freqüentes das doenças crônicas, então como resolver isso?
Aí é que entra a Psicoterapia Reencarnacionista para ajudar no esclarecimento do paciente de suas questões kármicas e reencarnatórias. Devemos ajudar nosso paciente a fazer uma releitura de sua infância, a entender as Leis que estruturam uma infância, a Lei do Retorno, a Lei do Merecimento, a Lei da Necessidade.
Devemos lembrar ao nosso paciente que não nascemos puros e imaculados, que trazemos sentimentos e características inferiores para tentar aqui melhorar, ou eliminar. Devemos mostrar-lhe que não deve continuar acreditando que toda aquela sua mágoa, aquela sua raiva, iniciaram na infância, como se ele tivesse nascido perfeito, que não trouxesse esses sentimentos consigo ao nascer.
A Psicologia oficial criou uma concepção (não-reencarnacionista) de que todo nosso conteúdo surgiu na infância e fazer os pacientes libertarem-se dessa inverdade não é uma tarefa fácil. É como o mito da pureza da criança, mas que pureza? Apenas um ser perfeito, como Jesus, pode ter sido uma criança pura. Nós não temos essa pureza, apenas as nossas imperfeições e inferioridades ainda estão latentes, aguardando os gatilhos para se manifestarem.
O Psicoterapeuta Reencarnacionista deve lembrar ao seu paciente que seu pai e sua mãe são também Espíritos e, mais do que provável, vêm se encontrando freqüentemente nessas passagens terrenas, e que eles também aqui estão tentando eliminar suas imperfeições, tentando purificar-se. Devemos falar sobre os rótulos temporários e ilusórios da encarnação, pois é preciso entender que ninguém é pai, mãe, filho, irmão, marido, esposa, etc., apenas as Personalidades terrenas acreditam que são. Convencido o paciente dessas verdades óbvias, entendendo que não nasceu puro e estando ciente da relatividade dos rótulos, a próxima etapa é conversarmos sobre o porquê dele ter nascido naquela família, naquele ambiente, filho daquele pai, daquela mãe, estar passando por tal ou qual situação, etc.
O objetivo é ajudá-lo a entender o que é estar encarnado aqui, em um Plano Físico, de natureza passageira, a enfrentar essas situações, superá-las e mostrar-lhe que, em tornando-se um vencedor de seu destino, alcançará a meta única da reencarnação: a evolução. E isso é atingido ou não, dependendo da atuação da nossa Personalidade Inferior, o que é diretamente proporcional aos nossos pensamentos e sentimentos e ao alinhamento com a nossa Essência.
O grande erro é esquecermos de quem na realidade somos e cairmos na vitimação, no sentimento de "coitadinho de mim", de injustiçado, a grande causa das doenças emocionais e mentais e suas posteriores repercussões físicas.
Nós temos a infância que precisamos e essa é uma das tarefas do psicoterapeuta reencarnacionista: mostrar ao seu paciente como ler sua infância sob a ótica da reencarnação. Nela, há a continuação da vida anterior onde manifestamos o que Deus quer que vivenciemos aqui na Terra, dessa vez.
A infância é o primeiro palco onde conhecemos os gatilhos. É nessa época que eles começam a disparar e nós viemos da Luz para vivenciarmos estas experiências necessárias a fim de reconhecer o que temos de melhorar em nós.
A maior parte dos doentes tropeçam nos gatilhos, pois lêem sua infância como um início e, freqüentemente, não se conformam com ela, não a aceitam... Mas não se perguntam: Por quê? Por que vim filho desse pai? Por que Deus me enviou para essa mãe? Por que nasci numa família rica? Por que nasci numa família pobre? Por que sou bonito? Por que sou feio? Por que sou alto? Por que sou baixinho? Por que sou branco? Por que sou negro?
A pergunta “Por quê?” nos ajuda a entender um pouco da nossa infância e dos nossos pacientes. O merecimento é uma das chaves dessa compreensão. A necessidade é outra. E o retorno, a terceira chave.
Podemos ajudar nossos pacientes a abrirem as portas de sua compreensão a respeito de sua infância através da releitura reencarnacionista. Essa visão da Psicoterapia Reencarnacionista amplia muito a capacidade de realmente aproveitarmos uma encarnação, entendendo nossa infância.
Essa novíssima terapia é a Terapia da Reforma Íntima e para que ela exista é de fundamental importância que nós, reencarnacionistas, enxerguemos nossa infância dessa maneira.
Faça um exercício agora: sente em um lugar calmo, silencioso, pegue papel, uma caneta, e descreva sua infância de um modo adulto, sob a ótica da Reencarnação.
Você encontrará respostas incríveis para seu entendimento da finalidade dessa sua atual encarnação... E depois, aproveite, e faça uma releitura das situações que a vida vem lhe apresentando (os gatilhos), sua maneira habitual de reagir aos fatos... Aflorou a raiva? Veio curar a raiva. Aflorou a mágoa? Veio curar a mágoa. Aflorou o medo? Veio curar o medo. Aflorou a vaidade? Veio curar a vaidade. E assim por diante...
Está achando muito simplista esse raciocínio? Quem lhe disse que a Reencarnação é algo complicado? As verdades são simples, nós é que somos complicados...
Texto revisado por: Cris
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