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A resistência da FUNARTE em aceitar o óbvio

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Autor A Rede de Integração Solidária

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 28/03/2007 12:53:53


São Paulo, 12 de março de 2007.

Prezado senhor Presidente da FUNARTE.

É com pesar que ficamos sabedores da Cartilha elaborada pela FUNARTE para que o circo seja recebido de braços abertos, aonde é incentivada a exploração de animais em espetáculos circenses.

Circos são um excelente espetáculo de divertimento público, existem profissionais de circo trabalhando para entreter as mais variadas classes sociais, desde o pequeno circo aguardado em uma pobre e longinqua cidade do interior brasileiro até as grandes trupes nacionais e internacionais que lotam ginásios e teatros nas grandes cidades. Todos eles, do mais pequeno e pobre circo com sua lona já surrada pelo tempo, até as grandes produções fazem parte de uma mesma família de artistas circences.

O que nos causa estranheza é que a grande maioria dos circos com grandes produções e paralelamente situação financeira estável já abandonaram a utilização de animais em seus espetáculos (com raras exceções). Os pequenos circos são cientes de sua situação financeira e sabem o custo que será manter diversos animais para seus espetáculos e por essa razão também não os utilizam. Aqueles que resistem em se utilizar do trabalho insano com animais são circos de médio porte, insistentes nessa exploração já deteriorada pelo tempo e pelos novos valores sociais, morais e legais de bem-estar animal.

Reflita um pouco, se vários zoológicos pelo Brasil estão fechando suas portas porque não possuem condições de dar o minimo de habitat adequado aos animais ali aprisionados, o que dizer então dos circos que manteêm seus animais enjaulados e/ou acorrentados todo o tempo, viajando pelas estradas debaixo do sol e quando param no local do "espetáculo" continuam sendo mantidos em pequenas jaulas ou pequenos espaços sem a menor condição de sobrevivência digna. Sem falar nos chimpanzés que a partir de certa idade, quando já não respondem com tanta docilidade aos comandos de seu adestrador teêm seus dentes arrancados ou são abandonados até que um santuário para primatas os recolha. Tigres e leões também são abandonados quando já não respondem às absurdas, sucessivas e excecivas ordens para sentarem-se em um banquinho às chicotadas ou abrirem a boca para que um "corajoso" domador lá insira sua cabeça, ou quando o circo esteja passando por uma crise financeira e já não possa mais alimentá-los. Sabe para onde irão? Para outros santuários já abarrotados desses animais, já que não existe qualquer controle que puna esse abandono. Os elefantes sofrem de uma eterna neurose de cativeiro, facilmente verificável pelo seu constante balançar de cabeça. Cavalos sempre rodando no circulo do picadeiro, sem nunca terem se aproximado de um belo pasto verdejante. Cães que passam a maior parte do tempo de seu descanso trancafiados em pequenas jaulas. Não vamos entrar nos detalhes desses treinamentos já tão bem conhecidos, e por favor não me venha falar em técnicas Pavlovianas para treinar animais exóticos e selvagens, para que os mesmos sentem-se em um tamborete ou fiquem de pé sobre as patas traseiras, isso é história da carochinha para ser contada aos pequenos e ingenuos espectadores dessa grande insanidade. Fique certo de que jamais iremos permitir tamanho sadismo.

O circo deve se moldar aos novos valores sociais, deve obedecer às leis e respeitar a todas as formas de vida. Veja o senhor que alguns progressos já foram atingidos na vida circense, caso contrário:
- Ainda teriam a apresentação de humanos exóticos trazidos por "valentes" exploradores dos confins da Africa.
- Ainda teriam a apresentação de aborigenes trazidos de um continente distante por outros homens "corajosos" e "valentes".
- Ainda teriam a apresentação de anomalias genéticas como pessoas xipófagas.
- Ainda teriam a apresentação da pobre mulher barbada ao invés de procurar um tratamento para a mesma.
- Ainda teriam a exploração e ridicularização do nanismo ou do gigantismo.
E outras "tão belas", "culturais" e "didáticas" atrações.

O senhor tem o cuidado de ler as notícias das pequenas cidades por onde passam os circos? Já percebeu quantas crianças já perderam a vida ou tiveram braços decepados porque um animal escapou ou porque se aproximaram de uma jaula contendo um animal exótico, jaula esta instalada sem a menor preocupação com a segurança? Provavelmente não. Caso contrário esse trecho da cartilha incentivando a exploração de animais não existiria.

Por fim, conte com o nosso apoio para incentivar a arte circense desde que não seja utilizada ou estimulada a exploração de qualquer animal.
Nossos cumprimentos aos malabaristas, palhaços, mágicos, trapezistas, bailarinas e toda familia e equipe do circo que levam esse colorido espetáculo por todo o Brasil e o mundo sem a necessidade da exploração animal.

Esperamos que a FUNARTE faça a sua parte para que essa arte não desapareça jamais. De nossa parte continuaremos com o tamanho do elefante, a força do urso, a coragem do tigre e do leão, a sagacidade do macaco, a velocidade do cavalo e o companheirismo do cachorro a perseguir o interesse daqueles que não podem falar, e que são sadica e insanamente explorados sem a menor responsabilidade.

Reflita mais uma vez e aproveite esta oportunidade histórica de inserir o circo no século XXI, com todas as responsabilidades que a evolução da humanidade nos fazem compartilhar. Aproveite para ensinar às crianças que estarão assistindo aos espetáculos o respeito que os animais merecem e diga-lhes de maneira ludica o quanto é bonito um animal livre e em seu habitat natural.
Pouca coisa é mais contrária à didática ecológica do que a absurda comparação que costuma ser utilizada pelos circos que exploram animais, exemplo: "O Combate entre o Homem e a Fera" - "Animais Selvagens sendo dominados" e outras pérolas publicitárias do gênero.

Quem sabe dando esse passo para entrar em uma nova era o trabalho dos verdadeiros artistas venha a ser respeitado como eles tanto merecem.

Cordialmente. Erico Mabellini - Tribuna Animal - link

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