A ressignificação
Atualizado dia 5/4/2020 12:14:45 AM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
A ação ou o acontecimento manifesta-se no plano físico, enquanto sua interpretação é feita no mental. No físico, tudo são movimentos mecânicos, sem significado algum. Mas uma vez que o fato tenha sido "julgado" mentalmente, disparamos uma descarga emocional que pode ser no sentido da dor ou do prazer, de acordo com o veredito deste julgamento e que irá preencher a imagem do acontecimento que guardaremos dentro de nós.
Assim, todos trazem em si muitos registros e memórias de milhares de experiências que teve não só nesta vida, mas em toda a sua trajetória encarnacional. Podemos não nos lembrar dos fatos conforme realmente aconteceram, mas os julgamentos e a carga emocional que geramos ainda estão em nós, influenciando em como vemos a vida, em nossas escolhas, pensamentos, palavras e ações.
É o que chamamos de karma, movimentos energéticos desequilibrados que iniciamos no passado e que ainda não se concluíram, trazendo alguma manifestação. Dizemos que está em desequilíbrio toda criação nossa no plano da dualidade, oscilando entre as polaridades e em desalinhamento com o Eu Superior, o Divino, a pureza e perfeição que há em nós.
Todas estas energias e informações que trazemos e que utilizamos para ver a realidade de certa maneira ou de outra, reforçam nossa crença de que somos o personagem e não a essência, de que temos algo para conquistar e defender, nos afastando da paz e plenitude do ser. Todos estes impulsos energéticos com sua característica necessidade de referenciais exteriores nos prendem na vida através do intelecto, reprimindo a pura expressão de nosso coração.
Por esta razão buscamos seu equilíbrio, aproveitando cada manifestação que nos dispara algum conteúdo emocional para perceber estes nossos aspectos e curá-los, amando-os, aceitando-os e reintegrando-os em nosso ser. Isso quer dizer que aos poucos, tudo aquilo que nos controla o sentir, pensar e agir vai se purificando e cedendo lugar à Luz do ser.
Porém, existem muitos aspectos que já trabalhamos mas que continuam presentes em nossa realidade, "lembrando-nos" de dificuldades que atravessamos no passado e trazendo de volta sentimentos e posturas desagradáveis de se vivenciar. Nestes casos, o que acontece é que os perdões e curas relacionadas com a experiência em si já foram feitas, mas a memória que nós criamos permanece registrada em nossas células e "piloto-automático", trazendo reações prontas à cada energia similar que passa por nós.
É importante então após cuidarmos amorosamente de algum aspecto que percebemos, refletir um pouco sobre a questão e buscar um novo significado, uma nova interpretação do ocorrido que seja amorosa e positiva, que abra nosso coração para uma realidade mais alinhada com o Eu Superior. Desta forma, ao entrarmos em contato com alguma energia ou situação parecida, será esta nova informação que virá à nossa mente e não uma memória traumática que, de medo, tristeza ou outras negatividades, nos paralisa.
Rejeitar a experiência para não senti-la ao invés de compreender e ressignificar, é estar em negação, é guardar e alimentar os medos e sofrimentos ao invés de cuidar amorosamente da nossa parte que sofre. Por isso, sempre a partir do coração, podemos buscar o Divino para nos ajudar a ressignificar toda a nossa vida e experiências, utilizando nosso livre-arbítrio e escolhendo, sem a interferência das descargas kármicas, o que preferimos viver.
Desapegar-se e superar o passado não é rejeitá-lo ou escondê-lo de si, mas lidar e aprender com ele, transformando-o em seu coração!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Texto Revisado
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