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A REVOLUÇÃO DO AMOR

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Autor Rubens Mario Mazzini Rodrigues

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 1/24/2006 5:57:15 PM


“Uma palavra nos livra de toda dor e peso da vida. Esta palavra é Amor”.
Sófocles

No alvorecer do século XXI, após um século extraordinário, repleto de descobertas e avanços científicos fabulosos, assistimos ao deprimente espetáculo de uma humanidade dividida por lutas fratricidas, guerras de dominação econômica, problemas sociais crescentes, explosão da violência urbana, fome, miséria, corrupção, uma distribuição de renda e benefícios de características perversas, relações pessoais desequilibradas, comportamentos auto-destrutivos como o uso abusivo e indiscriminado de drogas e disseminação do uso de armas entre adolescentes, danos irreparáveis ao meio ambiente. Um mundo em que alguns poucos homens, movidos por sua ânsia de poder e domínio, são capazes de movimentar um poderio bélico fenomenal para fazer uma guerra sem sentido, mantendo-se totalmente insensíveis aos clamores de uma multidão de milhões que clama pela PAZ.

Enfim, vivemos em um contexto caótico que causa medo e apreensão em uma humanidade perplexa, cada vez mais desorientada, tendendo a sentimentos de desesperança e impotência diante de uma onda aparentemente incontrolável, uma maré bárbara que parece inexoravelmente nos empurrar em direção a uma nova edição da Idade Média, um mundo de contrastes absurdos, em que a alta tecnologia convive com a mais absoluta miséria e estupidez humanas, em um cenário desolado do tipo antecipado pelo filme Blade Runner, em que a única lei será o “salve-se quem puder”.

Onde estamos errando afinal? Descobrimos tantas coisas, acumulamos tantos conhecimentos, realizamos façanhas antes só imagináveis em filmes de ficção científica! Em suma, temos todo o conhecimento e tecnologia de que precisamos para transformar o mundo no tão sonhado paraíso na Terra. Porque, então, estamos fazendo aparentemente o contrário?

Existem muitas possíveis respostas, mas poucas soluções são aventadas. Uma das possíveis respostas encontra-se na obra de um relativamente pouco conhecido e reconhecido psicanalista e escritor alemão, violentamente perseguido e execrado socialmente a ponto de ter sua obra totalmente queimada e de acabar seus dias completamente louco, encarcerado em uma prisão para criminosos comuns, onde acabou morrendo, não por acaso, do coração. Seu crime? Ter idéias. Ter tido a coragem de delatar a estupidez humana, de ter tentado alertar a humanidade para o perigo incipiente, subversivo e recalcitrante de uma doença social epidêmica, muito mais grave e avassaladora do que a AIDS ou qualquer outra, que ele muito apropriadamente denominou de a “Peste Emocional”, tal a sua virulência e capacidade de contaminação.

O que mais caracteriza a Peste Emocional é uma atitude básica por parte das pessoas contaminadas - entre as quais se inclui uma grande percentagem da humanidade e, o que é mais grave, uma grande parcela de seus líderes - atitude básica esta que é essencialmente contrária à vida e ao amor. Talvez todos nós estejamos, pelo menos parcialmente, contaminados pelo vírus dessa peste, sem que tenhamos consciência disto. Reich identificou que um dos sintomas da peste é uma qualidade das pessoas contaminadas em realizar uma espécie de alquimia invertida que transforma vida em anti-vida, amor em ódio, de formas em geral tão sutis que são quase imperceptíveis. É o caso, por exemplo, da corrupção que se infiltra nos órgãos públicos e da “ética de Gérson” que se infiltra nas relações comerciais.

Uma das conseqüências mais funestas da peste emocional é o uso dos conhecimentos científicos, inclusive aqueles sobre o funcionamento da mente e das emoções humanas, para fins contrários à PAZ. Desnecessário citar como invenções humanas - como o avião, a energia atômica e tantas outras - têm sido colocadas mais eficazmente a serviço da guerra e da morte do que da vida e da PAZ.

Mas como combater a peste? Reich nos deu uma diretiva ao afirmar que: "É CLARO QUE AS BOMBAS NÃO MUDARÃO O MUNDO; COLOCAR EM AÇÃO AS QUALIDADES VIVAS MAIS PROFUNDAS DO SER HUMANO, O MUDARÁ".

A qualidade viva mais profunda das pessoas é a sua sensibilidade, sua capacidade de amar e fazer trocas afetivas, de dar e receber amor de forma incondicional. É preciso, pois, bombardear o mundo com AMOR.

Felizmente, pelo menos assim eu acredito, a REVOLUÇÃO DO AMOR, já está em andamento. Ela irá se tornar cada vez mais clara e ativa ao longo do século XXI, no decorrer do qual poderão ser estabelecidas as novas bases de uma sociedade melhor e mais fraterna regida por leis que terão no amor o seu valor máximo. Nas palavras de Claude Steiner: “Pode ser duro de acreditar às vezes, mas o amor está pronto para avançar e se tornar a pedra fundamental de uma vida melhor, basta que deixemos acontecer. Se nós encontrarmos formas de liberá-lo e nutri-lo à medida em que ele cresce podemos abrir um caminho através do qual o amor será a emoção mestra em torno da qual as demais estarão organizadas, de forma que elas trabalharão a nosso favor ao invés de contra nós”.

Há vários indícios de que essa revolução já está em andamento. Um deles é a ascensão social da mulher que deverá trazer como conseqüência a predominância dos valores femininos na sociedade. Até o século XX a civilização humana foi regida e controlada pelos valores masculinos. A dominação masculina foi necessária para garantir a sobrevivência e crescimento da espécie em um ambiente natural hostil e ameaçador, no qual o uso da força e da violência era indispensável. No entanto, a sociedade patriarcal machista já cumpriu sua função histórica. Alguns fenômenos sociais que estamos observando são sintomas de que o império machista está doente e decadente. Talvez a maior evidência do fim do ciclo machista tenha sido a queda do duplo falo norte-americano, as Torres Gêmeas, que simbolizavam os dois grandes baluartes da sociedade patriarcal machista: Poder e Domínio. O ideal é que fossem substituídas por duas formosas e nutridoras formas femininas representantes dos dois baluartes da nova ordem social: Amor e Cooperação.

A única forma de reverter o curso da história é uma mudança radical no sistema de valores que rege e organiza a sociedade humana, a qual só é possível através da REVOLUÇÃO DO AMOR, cujo propósito é ajudar as pessoas a lidar umas com as outras cooperativamente, livres de manipulação e coerção, livres da peste, usando as emoções empaticamente para manter-se juntas e incrementar a qualidade de vida coletiva de forma harmônica e uniforme. Vamos juntar-nos a ela, aqui e agora, ou vamos deixar que alguém talvez o faça algum dia em algum lugar?

“... há uma grande transformação a caminho. Uma misteriosa energia parece estar avançando mansamente e as coisas, podemos dizer, apenas não são mais do jeito que costumavam ser. O tempo tem uma estranha nova qualidade. Há também uma estranhamente bela consciência se infiltrando, um pulso místico de conexão que parece estar nos congregando. O Amor está tentando nos encontrar.”
Daphne Rose Kingma, em “The Future of Love”

Rubens Mário Mazzini Rodrigues
Médico Psiquiatra
https://crisalida.yatros.com.br

Texto revisado por Cris

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