A ROTINA
Autor Deborah Valente B. Douglas
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/3/2006 1:25:18 PM
Muitos, em um determinado tempo, param para pensar o que estão fazendo da vida. Verificam sua existência e constatam que os atos se repetem dia após dia, exceto alguma diversão como sair com amigos ou ir ao cinema ou comer uma comida diferente.
Mas a vida de todos se restringe a hábitos e obrigações de que não se pode fugir muito facilmente. Quer seja o trabalho fora ou dentro de casa, quer seja atitudes para com as pessoas em sua volta, fica muito difícil, de uma hora para outra, tornar tudo diferente.
Aí aparece a queixa mais freqüente. “Não agüento mais esta rotina”.
Pois é aí mesmo que temos que aprender a nos ver e gostar ou não gostarmos de nós mesmos.
A rotina nos permite nos acostumarmos com certas situações comuns à toda a população. O acordar, o que se faz durante o dia, a oração ao se deitar, o boa noite aos filhos. Tudo isso são atitudes rotineiras de nossa vida. Isso exige determinação e perseverança pois há coisas que não se pode esquecer. Já são duas qualidades que se pode treinar.
Fazer sempre a mesma coisa, pode não ser ruim para muitas pessoas. Elas extraem da rotina o prazer da vida que tanto se fala. Geralmente está contente consigo mesma, não exigindo nenhuma mudança externa para que sua vida se torne mais colorida. A rotina em si, propicia uma disciplina tão grande quanto encaram os monges budistas.
Se dedicar a um trabalho ou estudo ou afazeres dos mais diversos diariamente, não quer dizer que possa ser um fardo.
Esperar que algum fator que venha de fora mude para te tornar mais alegre, é puro escape. Esperar ansiosamente que sua vida mude é uma utopia. Pode não ser a vida que está errada. Pode não ser a rotina que está atrapalhando. Talvez o fardo maior esteja dentro da própria pessoa. Ela não gosta da sua vida porque primeiro não achou prazer em estar com ela mesma. Isso torna impossível qualquer prazer externo. E se aparece alguma diversão, aquilo passa tão rapidamente, ou então a pessoa se apega tanto nesta diversão, que acha que esta é a vida que ela gostaria de ter para sempre.
A rotina é inerente à toda a humanidade. Apreciar a vida tal como ela é requer apreciarmos a nós mesmos. Fomos nós que nos adaptamos às circunstâncias que nos levaram a viver da forma atual. Não se pode se queixar da rotina sem antes nos queixarmos de nós mesmos.
O serviço rotineiro nos dá experiência e agilidade no que estamos fazendo. Também acaba descansando nossa mente, pois automaticamente praticamos o ato que estamos acostumados. Com isso, pode-se deixar para as hora de folga, o verdadeiro pensar e transformar seu modo de vida, estudando sobre você mesmo ou até, aperfeiçoando o estudo sobre seus afazeres.
Ser obrigado a sair da rotina seria a mesma coisa que parássemos de respirar. Até o nascer, respirar, se alimentar é rotineiro. É na rotina que se dá o descanso da mente. Vamos aproveitar o sair da rotina não com fatores importantes para a sociedade consumista e sim com fatores importantes para nós mesmos, como o nosso próprio estudo e análise. Se tudo está correto conosco, a rotina passa a ser parte de nossa vida, o que faz com que nos dê mais prazer viver.
Avaliação: 5 | Votos: 9
Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
