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A simplicidade dos animais

Atualizado dia 03/06/2015 15:20:48 em Autoconhecimento
por Maria Cristina Tanajura


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Nesses dias de chuvas intensas em Salvador, eu percebi que não via nem ouvia os pássaros – que são os animais que mais gosto. Onde estariam eles? Engraçado que isso nunca tinha me chamado atenção antes.

Onde estariam os passarinhos enquanto o vento forte e muita chuva nos faziam ficar temerosos e tristes, pois tanta terra de encostas rolou e pessoas ficaram soterradas, sendo que a maioria perdeu tudo que tinha construído numa vida?

Imaginei que os passarinhos deveriam estar nas árvores, encolhidos e muito encharcados, tendo como proteção apenas as penas, porque a água escorria por toda parte.

Sentia falta do canto carinhoso deles me acordando no amanhecer, uma lembrança muito antiga que me faz recordar os dias da infância. Como cama confortável, quando queremos descansar, como abraço de amigo querido.

Foram-se passando os dias e nada mudava. Até que em um dado momento, quando o sol nascia e ainda havia nuvens pesadas no céu, vi alguns pássaros cantando e até voando. Pensei comigo: será que o tempo hoje vai mudar e eles têm como sentir isso? E não deu outra... O céu logo se tornou mais azul; choveu pouco e só muitas horas depois.

Como a natureza é perfeita, pensei. Os animais, embora não tenham ainda a consciência como nós, vivendo no mundo dos instintos que é muito mais seguro e não sujeito às dúvidas, sem o monte de escolhas e contradições que temos que enfrentar, desafiando o nosso discernimento e nível de crescimento, demonstram extrema sabedoria no dia-a-dia.

A partir daí, fiquei ainda mais amiga dos pássaros, mais encantada com a dignidade e inteireza deles, com a simplicidade com que vivem. Uma sabedoria indiscutível!

Ainda não consegui ver um deles todo molhado, num galho de árvore passando a chuva, mas sei que isso vai acontecer, pois estou atenta.
As plantas também me ensinam essa inteireza que me faz ficar mais serena quando as contemplo.

Espero que este nosso planeta tome consciência da importância da natureza em nossas vidas, antes que os homens acabem por destruí-la, o que seria irreparável!

O silêncio que se faz num fim de tarde no campo é algo indefinível! A harmonia se instala e nos provoca a interiorização...

Será que temos conseguido nos beneficiar de tanta beleza, das árvores lindas de nossas praças e alamedas, do canto de passarinhos coloridos e afetuosos, pacíficos mensageiros do equilíbrio e da beleza verdadeira?

Passeando de carro por minha cidade, comecei a prestar mais atenção aos jardins que me rodeiam por todos os lados. Não são de ninguém em especial, mas de quem os apreciar com o coração.

Onde os pensamentos desordenados estão nos levando o tempo todo, impedindo-nos de perceber toda a beleza que nos cerca? É uma pena viver-se num planeta tão bonito, sem enxergá-lo!

Nesses dias após chuvas, os pássaros voltaram a nos acordar com seus lindos cânticos e com a alegre movimentação que impõem às suas vidas. De galho em galho, lá estão eles, amorosamente prestando homenagem à Vida.

Já li e é fato comprovado que quando um navio está para naufragar por qualquer razão, bem antes disso, os ratos se atiram no mar, pressagiando a catástrofe, que para eles é certa.

Que sentido a mais que nós eles têm? Estando mais avançados na escala evolutiva, não deveríamos guardar conosco este conhecimento que já possuímos de outros tempos?

Talvez tenhamos escolhido viver de forma antinatural e assim desaprendendo a grande sabedoria que percebemos existir em toda a natureza.
Ouvi alguém falar que chegara à conclusão de que os seres humanos estão se animalizando, enquanto os animais estão se humanizando...

Os cães dão-nos provas de fidelidade e respeito pelos donos, de forma a nos emocionarem. Mesmo animais ditos selvagens tornam-se amigos quando recebem amor. Vemos toda hora estórias de treinadores que transformam leões em animais amigos.

Precisamos reaprender o que estamos esquecendo. A lealdade, a solidariedade, a compaixão que muitos animais nos demonstram a toda hora e que poderiam ser usadas como exemplos do que estamos deixando de ser...
A simplicidade é divina, certamente.

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Cristina Tanajura   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
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