A solitude como degrau de evolução
Atualizado dia 27/03/2019 16:25:03 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Estar só nem sempre é uma forma triste de viver: pode ser uma escolha positiva de vida. Os que optam por momentos assim vivem o que é conhecido como "solitude", caracterizada quando a pessoa considera-se a melhor companhia de si mesma. O reconhecimento em si potencializa o conhecimento de sua essência.
Os grandes mestres espirituais da humanidade, tinham em comum o equilíbrio entre a necessidade de isolamento e a necessidade da convivência e relacionamento social. Siddartha Gautama, o Buda, isolou-se durante muito tempo até atingir a iluminação espiritual. Jesus Cristo dividia o tempo entre os seus apóstolos e a pregação às multidões, mas não prescindia do retiro para as preces e outros contatos com o Ser que que chamava de Pai.
No entanto, a complexa diversidade humana tem demonstrado que muitas pessoas não conseguem ficar isoladas durante muito tempo. Outras, simplesmente entram em pânico com a possibilidade do isolamento. Outras, ainda, encaram a experiência com tranquilidade, sem apresentar estranheza ou sintomas de estresse ou depressão.
A solidão, portanto, não é um mal que existe para prejudicar o homem ou tirá-lo permanentemente de sua zona de conforto, ameaçando o seu bem estar ou qualidade de vida. Porém, é um sentimento imprescindível no processo de aprendizagem que visa o autoconhecimento. Sem a introspecção e o isolamento, que garantem momentos de privacidade, seria impossível a pessoa investir em sua expansão consciencial e avançar no processo da autodescoberta.
Momentos de solitude são importantes para que o homem, dotado de excepcional capacidade de expansão da consciência, eleve o seu pensamento através de contatos com a energia criadora do universo, como técnicas medidatitvas, preces, cultos acompanhados com chás como a Ayuasca, entre outros cerimoniais.
Por outro lado, a agitação dos grandes centros urbanos e a rotina de dependência de horários e regras, vem agindo no sentido contrário à busca do autoconhecimento. Contudo, a resistência e a decorrente reação à tendência que limita o homem moderno a uma rotina diária, é de suma importância para quem busca algo mais para a sua vida.
Portanto, o turbilhão de fatos que nos envolve na vida diária e que afeta o nosso campo áurico, pode ser controlado por momentos em que a nossa privacidade torna-se a "alma do negócio", e o pensamento elevado, o instrumento para a depuração de nossa energia afetada pelo envolvimento do cotidiano.
Sobre pensamentos abrangentes, o médium James Van Pragh, em sua obra "Espíritos entre nós", registra o seguinte: "Imagine que você está sentado à beira de uma lagoa e joga uma pedra na água. O que acontece? Imediatamente, círculos se formam a partir do lugar onde a pedra caiu e se irradiam em todas as direções. Pensamentos são como esses círculos na água: eles ressoam na mente dos outros. Quando alguém transmite pensamentos positivos e amorosos, eles são recebidos e, por sua vez, produzem pensamentos amorosos semelhantes. Por outro lado, alguém cujo coração está cheio de ódio e inveja, transmite pensamentos correspondentes e acaba instigando ódio e inveja no coração e mente de pessoas".
Mais felizes são aqueles que buscam, através de práticas que elevam o eu superior, o discernimento e lucidez nececessários à compreensão do significado da vida. Procura que passa pelo ser instrospectivo que habita em cada um de nós.
Neste sentido, quando o sentimento de isolamento adequar-se ao prazeroso momento de encontro consigo mesmo, em sintonia com o UNO, é porque estamos a caminho de subir um degrau na escala evolutiva do espírito.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |