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A sorte

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Autor Katia Santos Julio

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/21/2010 6:11:40 PM


  Há certas situações em nossa vida em que nos revoltamos justamente por falta de compreensão e falta de aceitação de uma realidade que a princípio aparenta uma distorção,  mas que a nível oculto guarda um grande tesouro.

Aos 15 anos de idade, quando comecei a trabalhar, sempre aprendi as coisas pelo lado mais difícil,  justamente porque tenho essa facilidade. E nem sempre eu aprendia o que eu realmente queria e o que achava que deveria aprender, o que resultava em uma sensação de falta. Eu  me sentia incompleta profissionalmente.

Durante muito tempo nutri essa falta dizendo: "Não sou boa o bastante,  preciso aprender mais."  Então perdi o meu tempo indo atrás de um aperfeiçoamento desnecessário, anulando o que eu já tinha de bom como se não fosse o suficiente. Com isso, mesmo  tendo qualificação técnica e fazendo faculdade, atrai oportunidades inferiores e relação ao que eu tinha de início e aceitei tais situações como pretexto para adquirir mais conhecimento. 

Até que um dia numa disputa por uma vaga  em uma empresa,   tive a oportunidade de conhecer a origem da tal sorte.

Uma pessoa insistia em me falar de sua boa sorte e aquilo me incomodava porque não era a primeira vez que alguém me falava sobre isso. E eu ainda me questionava: Por que eu sempre tenho que me confrontar com pessoas que se dizem sortudas sendo que eu não acredito em sorte e nunca tive?

Em meio a várias pessoas com um bom conhecimento, aquele que conquistou a vaga foi justamente o chamado sortudo e o que tinha menos experiência no trabalho a ser executado.

Fui humilde em reconhecer que naquele momento eu perdi, mas foi justamente dessa aparente perda que encontrei o ganho.

Eu consegui enxergar naquela pessoa  uma beleza interna que com certeza foi o que resultou naquela vitória: o prazer e satisfação de valorizar e agradecer cada pequena conquista que ela teve. Desde a oportunidade de estudar em bom colégio até uma simples planilha eletrônica.

Foi ai que eu enxerguei que tive muitas coisas boas em minha vida e nunca dei importância.

Procurei a raiz do problema começando pela infância.

Desde cedo eu já tinha responsabilidades que outras crianças não tinham.

O que deveria ser motivo de grande orgulho era uma revolta. Eu achava que tudo estava errado. Não conseguia aceitar a realidade.

Meus pais tinham uma oficina de costura. De manhã eu ia para a escola e a tarde precisava ajudá-los na oficina. E confesso que não gostava!

Eu queria brincar como as outras crianças e por não poder fazer isso me sentia prisioneira.

O tempo passou e eu vi que não tive uma infância como os outros, não porque fui injustiçada, mas porque não precisava. Eu era criança, mas a minha mente era de alguém muito responsável e por isso eu tinha grandes responsabilidades para a minha idade. O problema é que eu não enxergava o lado positivo da situação: Desde cedo aprendi a ter responsabilidade, o que é muito bom. Tive sorte!

Tive uma educação bastante rígida ( coisa que antes reclamava e hoje agradeço), além de estudar em um colégio rígido e particular. Tive sorte!

Foi difícil entender e aceitar que a minha vida girava em sentido oposto a outras pessoas próximas a mim. É como se eu andasse na contramão, o que faz parte da minha natureza. E isso veio a refletir anos mais tarde, porque ao rejeitar a minha natureza sai da direção daquilo que de bom estava guardado para mim.

Quando a pessoa não se aceita como é e nem reconhece suas qualidades, fecha-se para as boas e grandes oportunidades que a vida pode proporcionar.

A sorte é o reflexo de um estado de espírito que é proveniente de um pensamento positivo. E pensar positivo não é simplesmente dizer que você vai conseguir conquistar algo. É ser positivo como pessoa, aceitando a si mesmo e tudo o que se tem, sem raiva, ódio, inveja, rancor, egoísmo ou qualquer outro sentimento negativo.

Portanto,  por mais difícil que seja o momento presente e que aparentemente não seja o que eu idealizei, evito reclamar e aceito na certeza de que a dificuldade será transformada em benefício.
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