A Velha Perigosa - Parte 5 (texto baseado na obra da Dra. Clarissa Pinkola Estés)
Atualizado dia 11/4/2023 11:38:14 PM em Autoconhecimentopor Patrícia Marques Barros
A Dra. Clarissa P. E. acha que em todo o mundo as mulheres têm a sensação de que não estão sozinhas. Como elas aprenderam isso? Através de imagens = imaginação. Através dos livros, de filmes, de histórias na nova tradição oral, ou seja, as redes sociais. Antes, as pessoas tinham mais dificuldade de se expressar de forma pública, pois a mídia aprovava ou não o que seria divulgado. Agora temos a Internet. Você pode dizer o que quiser, como mulher perigosa de qualquer idade. Você pode liberar sua vida criativa de qualquer maneira… e existem muitas maneiras de fazer isso, em multimídia, dentro e fora da Internet. Existem muitas maneiras de se comunicar e deixar as pessoas saberem que você está levando beleza para o mundo, e não é mais preciso esperar que alguém da mídia aprove. No entanto, velhos hábitos custam a morrer. Medo de ser desprezado ou não ser aprovado, medo de não ser “boa o suficiente”, medo de que não exista nada de novo sob o sol (claro que existe), medo de que tudo o que alguém poderia dizer já tenha sido dito. A Dra Clarissa P. E. nos assegura que o que já foi dito não foi dito com a sua própria voz original, de uma forma que se pareça com a de mais ninguém.
Uma mulher talentosa pode se impedir de expressar seus dons, ouvindo aqueles que têm uma visão muito menor da vida ou ouvindo aqueles que não querem concorrentes e esperam desanimar todos os que chegam. Essa repressão ainda é um problema porque todos nós fomos programados de alguma forma e, muitas vezes, até agora, nunca tivemos a chance de correr para a luz do dia.
Para a Dra. Clarissa P. E., a principal imagem para as pessoas talentosas é a imagem da Velha Perigosa... porque ela vai aonde quer, fala o que quer, o que quer que saia direto de seus ossos. E ela é uma pessoa amorosa e decente, que se preocupa profundamente com a vida e a alma dentro dos outros, dentro das criaturas, dentro desta terra. Ela também é uma pessoa que nem sempre mede as palavras, que nem sempre é previsível, que absolutamente não é a velha trêmula com pequenos cachos (a menos que ela escolha usar o cabelo assim por um bom motivo), nem a “sabe-nada" (novamente, a menos que ela considere que isso tem mérito por um tempo ou para sempre). Estas últimas são caricaturas exibidas repetidas vezes na televisão, em filmes e em livros de humor. Pode até ser divertido às vezes, mas um ancião genuíno é muito mais complexo. E perigoso.
Ela também não é a velha sábia sentada no topo da montanha, que sabe tudo e qualquer coisa. Ela é, ao contrário, um ser em processo e isso é o mais perigoso de tudo: não ser fixada em apenas uma forma, uma ideia apenas, apenas de uma maneira, mas, em vez disso, girar e assumir quaisquer formas, aspectos ou disfarces que se deseje ... E muitas vezes ela aprenderá melhor por, em e de cada um destes aspectos, formas ou disfarces... a cada dia, com autoindagação e observação reflexiva. A velha perigosa está sempre mudando. A vida é assim.
Fonte: Podcast Sounds True Clarissa Pinkola Estés: The Dangerous Old Womanhttps://www.resources.soundstrue.com/podcast/clarissa-pinkola-estes-the-dangerous-old-woman-part-two...
Texto Revisado
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