A Viagem para dentro de si
Atualizado dia 06/03/2018 17:24:31 em Autoconhecimentopor Izabel Cristina Heberle
Você já viajou para dentro de si?
Você sabia que para conhecer uma cidade temos que percorrer suas ruas, para viajar a lugares distantes temos que traçar uma rota, pegar um mapa e escolher o melhor caminho? Você conhece as ruas da tua cidade interior? Você tem o seu próprio mapa? Você tem um mapa para explorar quem realmente você é?
O quanto você se conhece?
A sua cidade é cheia de cercas, muros, grades? Como é a iluminação? Fraca, forte, normal… Como é o clima? Agradável chuvoso, tempestivo?
Como é o aroma deste lugar? Acre, suave, cítrico ou intragável? Como essa paisagem é composta? Como você se sente transitando pelo seu mundo interior? Existe a vontade de se descobrir, aparar arestas, perdoar, e seguir em frente?
Perceba, muitas vezes criamos um universo paralelo ao nosso mundo real, onde escondemos “tesouros” que não queremos revelar, relíquias que guardamos de muito tempo atrás. Mas, chega um determinado momento que temos que mexer nesses tesouros, ou, para poli-los ou para descartá-los.
Quando precisamos descartá-los não será necessariamente por que não prestam mais ou não tem valor, mas sim porque já não precisamos mais deles, o seu propósito já foi cumprido.
Ao mexer nesses tesouros, encontramos partes de nós que foram esquecidas e que estão fazendo falta, assim como também encontramos partes de nós que não conseguimos olhar sem nos entristecermos. Porém cada peça remexida, querendo ou não faz parte de nós. Olhar com carinho para cada peça e entender que já serviu ao seu propósito, sem dores, é trazer para a consciência e aceitar o que já “fomos” e o que realmente “somos” no agora. O que passou deve apenas servir como referência e não dirigir o nosso agora. As mudanças são constantes, as escolhas são diárias. Lembrando sempre que no momento que escolhemos o fazemos baseado no que podemos e no que sabemos naquele exato momento, e, saber que se não fizermos diferente é porque simplesmente não tínhamos os recursos necessários para fazer diferente no momento daquela decisão especificamente. Por essa razão pergunto: O quanto você se conhece?
Nunca é tarde para fazermos a mala e partirmos em direção a uma jornada interior.
Nossas cidades internas são complexas, cheias de surpresas. Assim como temos avenidas largas, pavimentadas e iluminadas, também existem becos escuros e úmidos.
Aceitar que existe isso sem preconceitos consigo mesmo faz com que aos poucos levemos luz aos becos escuros e o sol para que seque a umidade nos cantos escondidos. Além disso podem surgir lindos jardins, ampliando assim os nossos limites e nos fazendo perceber que podemos criar cidades maravilhosas, não importando se são pequenas ou grandes, o que importa é que conhecemos cada uma delas e sabemos que os tesouros que ali existem não estão mais escondidos, e sim que podem ser compartilhados com quem amamos ou com os viajantes que estão iniciando a sua jornada.
Somos muitas personalidades dentro de uma mesma existência. Por essa razão é importante nos conhecermos e reconhecermos que somos Luz e Sombra e aprendermos a manejar com sabedoria cada uma das habilidades que recebemos, para transitar com liberdade em cada um dos mundos que visitarmos.
Texto Revisado
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