A visão da totalidade
Atualizado dia 4/29/2007 8:05:14 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
A visão integral do ser humano, ou seja, a visão da sua totalidade bio-psico-sócio-espiritual, vêm tornando-se, a cada ano que passa, imprescindível conhecimento a ser adquirido por todo profissional que lida com o tratamento das psicopatologias, tanto nos consultórios quanto nos hospitais ou clínicas psiquiátricas.
A concepção do "homem engessado" no seu corpo e mente, onde todas as explicações de suas desordens psíquicas estariam centradas, começa, através do processo natural do avanço da ciência, a ceder espaço para o conhecimento que transcende as barreiras do "aqui, agora", direcionando a pesquisa científica para o estudo do espírito e de suas sucessivas manifestações na matéria.
São vários os indícios de que este processo científico tenha iniciado. Para o Espiritismo que está fazendo 150 anos de existência, não é novidade, pois tem praticado ao longo do último século a sua terapêutica que tem sido a confirmação de uma experiência rica em detalhes conforme atestam centenas de livros espíritas editados.
Em decorrência da milenar cultura reencarnacionista praticada entre povos orientais e ocidentais, surgem, a partir do século XX, as terapias de vidas passadas que vêm alavancar o processo de aproximação da ciência com o espírito.
Hoje, não basta ao profissional possuir somente o conhecimento científico-ortodoxo, porque, em pouco tempo, correrá o risco de sentir-se desatualizado e desinformado a respeito das inevitáveis exigências do mercado de trabalho.
Portanto, à medida que o profissional dominar o conhecimento de tratamento do homem concebido (e analisado) na sua integralidade, começará a fazer das técnicas de estabelecer conexões entre as realidades dimensionais de seus pacientes, o caminho mais curto para chegar às origens dos males que o perturbam na atualidade.
Por este motivo, estamos chegando ao fim dos métodos terapêuticos ou analíticos planejados a longo prazo, pois as conexões entre as dimensões do ser abreviará o tratamento, trazendo qualidade de informações e aprimorando, consideravelmente, a técnica de interpretação por parte do profissional e a elaboração por parte do paciente. Em suma: a quantidade, aos poucos, começa ceder espaço à qualidade.
"Sei que nada sei", disse o filósofo. É através desta premissa que o profissional da área da saúde mental, seja ele da linha oficial ou da linha alternativa, deverá buscar o conhecimento através de um processo que o levará à expansão da sua própria consciência, pois é ampliando a visão consciencial que apuramos a percepção e, principalmente, a percepção extra-sensorial.
Não adianta somente fazermos cursos, nos habilitarmos legalmente, porque paralelamente às formações que fizermos, a Nova Era estará sempre a indicar que para podermos lidar com o autoconhecimento de nível avançado do paciente, precisaremos, antes, darmos início ao nosso próprio processo de expansão da consciência.
E são muitas as oportunidades oferecidas para o desenvolvimento consciencial: através, por exemplo, do desenvolvimento mediúnico dos centros espíritas e/ou espiritualistas associado ao estudo e à prática da terapêutica espiritual. A oportunidade das variadas técnicas de meditação, inclusive algumas associadas à yoga. O imprescindível conhecimento adquirido através de cursos afins às terapias de regressão a vidas passadas, como a apometria quântica, o reiki, o uso de florais e cursos ministrados pelas Federações Espíritas Estaduais, como os relacionados à terapêutica espírita, entre outros.
Como na formação psicanalítica e/ou psicológica, quando torna-se indispensável a prática para o desenvolvimento da percepção em relação à análise e a eventuais interpretações do material que emerge do inconsciente do paciente, no exercício da terapia de vidas passadas, torna-se imprescindível o desenvolvimento da percepção apurada para podermos fazer, com segurança e praticamente sem margem de erro, as ligações de conteúdo entre as dimensões existenciais do espírito. Mas para que isso aconteça, voltamos a insistir, é necessário que o terapeuta invista no desenvolvimento de sua percepção sensitiva ou mediúnica, porque ficando numa posição de que "tudo sabemos, o conhecimento me pertence", permaneceremos, indefinidamente, engessados em uma visão limitada do ser humano, engessando ainda mais os nossos pacientes.
Sabemos que ciência e espiritualidade se aproximam a passos largos e que ainda estamos à procura do meio-termo que, lentamente, revela-se como uma necessidade no sentido de unir conhecimento teórico e experiência confirmada na prática terapêutica. Aos poucos, a névoa da confusão dá lugar à lucidez, à medida que a inteligência humana naturalmente supera barreiras de preconceitos, enfrenta desafios e conquista espaços afirmando-se como proposta terapêutica merecedora de consideração e respeito. Mas para isso, precisamos apostar convictamente na união dos conhecimentos a partir do exemplo do nosso próprio preparo/aprimoramento como terapeutas de vidas passadas. Entendemos que somente assim receberemos o reconhecimento que procuramos ou desejamos, pois a visão da totalidade é a visão não fragmentada... é a visão real do ser humano. E esta é a primeira conexão a ser estabelecida pelo terapeuta do terceiro milênio!
"Sabendo que nada sei, procurarei saber mais sobre eu mesmo e sobre o outro."
Psicanalista Clínico de Orientação Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |