A VISÃO DE UMA ALMA GÊMEA
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/31/2004 2:06:05 PM
N`outro dia caiu na minha caixa de e-mails um excelente texto, de cujo autor, rogando desculpas, não me recordo, discorrendo sobre os inconvenientes de se fazer parte da chamada “geração tribalista”, defensora, dentre outros baluartes, desta coisa de “não sou de ninguém, sou de todo mundo e todo mundo é meu também.”
Confesso admitir a canção em si bonitinha, e adequada à mentalidade vigente entre a faixa adolescente atual; mas recorro à idéia que ela invoca, para tecer aqui uma reflexão oportuna, sob a ótica da espiritualidade, acerca da questão tão propalada, defendida, e combatida, das almas gêmeas. E já de início para ressaltar que este posicionamento emotivo referido na canção, embora sustentando vigorosamente os princípios de liberdade tão apreciados nos dias que correm, no entanto, impõe aos seus adeptos mais chegados às qualidades genuínas de sentimentos um poderoso amortecedor, de vez que se cada um possuí sua alma gêmea – como de fato se dá – no entanto, para um dia se pretender encontrá-la, identificá-la e a esta unir-se, indiscutivelmente será a estes necessário, antes de tudo, se reposicionar de modo mais flexível em relação a estes conceitos emotivos “revolucionários”, mas fatalmente condutores a um inevitável isolamento afetivo.
É certo que o princípio primeiro e mantenedor do amor como excelência deve ser o respeito à liberdade individual – e qualquer outro atalho no sentido de não se cumprir este princípio, obrigatóriamente minará na nascente qualquer relacionamento, ou quando muito conduzirá os envolvidos a sérios dissabores, desaguando na quantidade impressionante de convivências apáticas, destituídas de vida e alegria, quais as que presenciamos nos fracassos conjugais atuais. Mas no assunto almas gêmeas entendemos que este respeito à liberdade não diz respeito a um gênero de elo afetivo frouxo, tão completamente destituído de interesse e dedicação que abandona o outro quase que a uma ausência emotiva de fato, na qual se declara: “fique comigo hoje, se amanhã não estiver tudo bem; porque é bem possível que amanhã não me interesse mais estar perto de você.”
Todos possuem sua alma gêmea, um ser que nos é afim em identidade perfeita de afetividade e empatia amorosa, alguém não necessariamente igual a nós (e nem, como muitos pensam, uma nossa “metade”, o que nos isentaria absurdamente de identidade individual), mas que muitas vezes possuí qualidades diversas, que nos proporcionam fundo prazer, exatamente por nos apresentar o lado divino daqueles traços de índole que não pertencem à nossa natureza. Entre nós e estes seres que nos são especiais, não haverá jamais negatividade: existirá celebração das afinidades – e são muitas entre estes - e apreciação das diferenças, porque ambos saberão, melhor do que ninguém, aplicar a arte das concessões, apreciando-se as qualidades do que para o outro é familiar e para nós novidade.
Ora, para que isto aconteça é necessário, além da atração irresistível que se dá entre estes seres, certa noção de compromisso. Porque se atestará para o mundo íntimo de ambos um sentimento único, forte e genuíno, que de modo algum se coaduna com o princípio “tribalista” de “sou de todo mundo e todo mundo é meu também”.
Se bem que ninguém pertença a ninguém por princípio, não há o que igualar em bem estar com a idéia autêntica, de que a lei das afinidades no Universo com certeza nos situou, n`algum lugar, um ser que vibra conosco em uníssono amoroso, com quem aprendemos e com quem quereremos conviver – entenda-se, não “ficar” – sempre! Que nos proporciona compreensivamente, ao longo das nossas jornadas evolutivas, a liberdade que necessitamos para crescer no aprendizado ao lado de outras pessoas, a cada vida física (e a quem também sabemos proporcionar tal liberdade), enriquecendo nosso mundo afetivo com outros elos que serão também importantes para o progresso de todos, – e esta sim, a liberdade autêntica, porque deriva não de um auto isolamento emotivo e de uma capacidade afetiva frágil; mas sim de um profundo estado de segurança, no qual nos sentimos à vontade para enriquecer nossa existência em conjunto com outros seres, no decorrer das diversas vidas, mas jamais num estado de solidão crônica, qual o que impera na nossa sociedade, na qual até os seres parecem ter se tornado “descartáveis”. Porque sabemos que n`algum lugar do mundo que nos rodeia, visível ou invisível, existe aquele ser especial, com quem mais cedo ou mais tarde nos depararemos, em obediência à indefectível Lei de amor que rege o universo, Lei de sintonia, união e harmonia. Não alguém que nos tolhe ou a quem tolhemos; nem se trata de alguém que é de todo mundo e que possui todo mundo também.
Trata-se, simplesmente, de alguém que nos ama e a quem amamos de todo coração. Com o mais refinado dos sentimentos. Ambos querem e usufruem da presença um do outro do modo mais sublime e perfeito concebível; mas obedecendo à maior noção de respeito à liberdade individual possível: a que confia, e acima de tudo, sabe, que a despeito de todos os elos, afetos e amizades estabelecidos ao longo da eternidade, existe aquele que espontaneamente sempre se voltará para nós e nos quererá por perto, da maneira especial que nunca mais nos permitirá experimentar solidão. E que assumirá prazerosamente todos os riscos e preocupações inerentes à sublime decisão de se dedicar a alguém, insubstituível na sua história pessoal. Por se tratar, unicamente, da nossa alma gêmea.
Com amor,
Lucilla e Caio Fábio Quinto
"Elysium"
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora dos romances psicografados "O PRETORIANO" e "SOB O PODER DA ÁGUIA", lançados respectivamente pelas editoras MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br) e LÚMEN (https://www.lumeneditorial.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, tratam-se de romances espíritas discorrendo sobre as vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma Antiga, de cujos exércitos Caio foi um dos generais, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais de O PRETORIANO estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
À venda nas livrarias de todo o país ou nos sites das editoras.
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |