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A Visão Espiritual do Aborto - I

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Autor Guilhermina Batista Cruz

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 12/3/2004 12:28:21 AM


O aborto é um tema grandemente polêmico e causador de várias discussões, dos que o condenam energicamente e daqueles que o defendem como uma bandeira de liberdade da mulher em relação ao seu corpo.
O uso livre de seu corpo, não lhe dá o direito de matar aquele outro que em seu ventre se abriga, portador dos mesmos direitos que ela, até mais, pois requer o direito de proteção e cuidado para o seu desenvolvimento.

Sem levarmos em conta inicialmente o enfoque espiritual propriamente dito, o aborto sempre foi visto como um crime, não só pelas religiões, mas também pela sociedade em geral. Muitas vezes a mulher se submete ao aborto sem atinar nas conseqüências físicas que poderão advir de tal ato, e segundo o enfoque médico são de várias ordens os problemas que ela poderá enfrentar, como a esterilidade, gravidez fora do útero, hemorragias e infecções, abortos espontâneos, útero perfurado, entre tantos outros.

Desde a antiguidade, temos textos religiosos que o condenam, como o Didaké ou O Ensinamento dos Doze Apóstolos, onde encontramos a seguinte citação: “Não matarás aquilo que foi gerado”. Outro texto onde encontramos citações a respeito da condenação do aborto é na Epístola 22 de São Jerônimo, que diz o seguinte: “Algumas mulheres quando percebem que conceberam ilicitamente tomam venenos para aborto. Frequentemente morrem, inclusive elas próprias e assim são conduzidas para o inferno pela culpa de três crimes: por matarem a si próprias, pela infidelidade para com o Cristo e por parricídio de seus próprios filhos não nascidos”.

Bem mais recentemente temos o que nos disse Madre Tereza de Calcutá na ONU, sobre este fato: O maior destruidor da Paz no mundo é hoje o aborto. Ninguém tem o direito de tirar a vida. Nem a mãe, nem o pai, o médico, a conferência ou o Governo.

Vemos então que as religiões, desde a antiguidade, condenavam o aborto, já o considerando um crime de graves conseqüências. Podemos falar a respeito dos vários enfoques pelos quais o aborto é visto, mas, no meu entender, o aspecto espiritual, tanto quanto o esclarecimento da mulher sobre a problemática que o aborto envolve, devem ser grandemente enfatizads, pois é principalmente no aspecto espiritual , que suas conseqüências se fazem sentir com grandes prejuízos para a mulher que se dispõe a praticá-lo e que ignora realidades espirituais importantes que não devem ser negligenciadas

A sua implicação em relação às leis de Deus não se faz sentir em apenas uma existência; ultrapassa a visão restrita e alcança nosso passado como seres imortais.

Quando restringimos nossa visão em relação a uma existência, muitas coisas implícitas no ato do aborto passam despercebidas e só o que nos interessa é o bem estar da mulher, o que é bastante louvável, pois o seu bem estar é importante, assim como seus direitos, já que na vida material precisamos nos apoiar em direitos e deveres para convivermos na sociedade e dela recebermos o mesmo.

O ato do aborto provoca implicações em nosso modo de pensar, e aí toda uma sociedade, a par de seus princípios, tece mil e um posicionamentos e argumentos contra e a favor, mas, o principal fator onde deva ser apoiado tal ato, que é o espiritual, deve ser analisado e mostrado em todas suas implicações para que possamos avaliar com toda a exatidão, o porquê de sermos contrários, ao que muita gente pensa, como um direito da mulher em relação ao seu corpo.

Na visão espiritual, o Aborto é considerado um crime de graves conseqüências, e quem acredita numa vida além da matéria o condena, encarando-o como um delito às leis universais.
Segundo os ensinamentos de Kardec, o primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de viver, e por esta razão, ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal (questão 880 do Livro dos Espíritos).

Os Espíritos nos falam, em resposta à pergunta “Se constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação”, o seguinte: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes de seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. (Livro dos Espíritos – Cap. VII - Questão 358).

O aborto é usado como uma opção, pela qual a mulher poderá servir-se para requerer um direito seu, de livre uso de seu corpo e muita gente, visando protegê-la, acha que ela tem o direito de pôr fim a uma vida que se inicia, sem atentar para o lado espiritual, de que ela se dispôs a receber aquele espírito, muitas vezes desafeto de outras existências, para que houvesse um reajuste entre ambos, no sentido de ressarcirem seus débitos e reconciliando-se, dar ensejo a um ajuste de vibração espiritual entre os mesmos.

Para se entender plenamente toda a gama de problemas que o aborto acarreta, teremos que estudar sobre a reencarnação, pois as conseqüências deste ato segundo a visão espírita estão muito ligadas ao problema reencarnatório, pelos liames estabelecidos entre os seres em suas várias existências.

Como a visão espírita está ligada às conseqüências de nossos atos através da lei do retorno ou de ação e reação, o aborto cria um elo difícil de romper entre os espíritos envolvidos, já que o espírito cujo corpo foi abortado, se for um espírito imperfeito, ficará muitas vezes, obsidiando, pela revolta por não ter tido a oportunidade de ressarcir seus débitos através da reencarnação, aquele ser que foi o causador da interrupção de sua vinda à vida material.

Segundo a visão espírita, desde o momento da concepção, cria-se um liame espiritual entre o espírito que vai encarnar e o feto no ventre materno, embora a encarnação propriamente dita se complete com o nascimento. Mas, o ser que se desenvolve no ventre materno já é considerado uma pessoa - sujeito de direitos – formada de corpo e alma.

Na gestação, cria-se uma forte ligação entre o Espírito que vai nascer e a mãe. As vibrações de ambos se misturam, assim como seus sentimentos. O feto vai se desenvolver de acordo com as características do corpo astral de um espírito que já apresenta um quadro evolutivo, segundo as existências já vivenciadas por ele. Ele já existia como um ser, não foi criado junto com o corpo, apresentando em sua individualidade sentimentos, necessidades, simpatias e antipatias - entre outros sentimentos - que com a nova existência encontram-se como potenciais a serem desenvolvidos ou trabalhados. Retorna para, através de novas experiências, resolver assuntos pendentes e aprender a vivenciar melhor a oportunidade que lhe está sendo oferecida através da reencarnação.

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