A Visão Espiritual do Aborto - III
Autor Guilhermina Batista Cruz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/3/2004 1:34:27 PM
Muitos outros questionamentos se podem fazer em relação ao aborto , como os relativos a quem já o praticou. Nesses casos, não devemos nos transformarmos em juízes e condenararmos como atos sem remissão alguma de perdão.
Não podemos entrever toda a problemática, de quem a ele se sujeitou, com certeza sem o conhecimento das verdades espirituais envolvidas em tal ato. O nosso dever principal deve ser o de esclarecimento e o de mostrar os laços , além da matéria , que se tecem entre todos os espíritos, encarnados e desencarnados, com suas conseqüências que vão além de uma vida física, perpetuando-se muitas vezes, durante séculos, até que resolvamos através do aprendizado do amor e perdão dissolvê-los e implantar apenas os de perdão e amor.
Para quem já o praticou o principal e mais importante é não voltar a fazê-lo jamais, a par da procura, já nesta vida, de praticar ações de caridade, principalmente em relação à crianças e com o firme propósito de ajudá-las , se dispondo ao bom encaminhamento de tais crianças à adoção, proporcionando-lhes um lar de amor e de vários atos que poderão , ainda nesta vida, começar a quitação de seus débitos a fim de “apagar” de seu ser esse ato , que por descuido ou ignorância das realidades espirituais foi perpetrado.
Geralmente a mulher que praticou o aborto convive com problemas psicológicos de várias ordens, pois no fundo de seu ser sabe que praticou um ato abominável, de conseqüências imprevisíveis para sua saúde física e mental.
Ela se vê a par de várias fobias, do arrependimento, remorso, do impulso suicida, pesadelos, da incapacidade para ser mãe novamente e outros tantos que amarguram grandemente sua vida a partir do ato impensado que praticou.
Na verdade, muitas delas a ele se entregou por não ter esclarecimento e amparo das pessoas que deviam dar-lhe todo o apoio e carinho necessários nesses momentos.
É fundamental a compreensão de que cada ser vive e atrai as experiências imprescindíveis ao seu amadurecimento espiritual , e como não temos como apreender o significado de tais acontecimentos para nossos Espíritos, devemos aceitar com resignação e confiança em Deus, sem revolta , e, nos conscientizando, que se não fosse útil ao nosso crescimento e para o bem de nosso ser, certamente não vivenciaríamos tais problemas.
Seja qual for a razão que leve a mulher ao aborto, o principal dever da sociedade para com ela é o de proteção e esclarecimento, ensejando-lhe a oportunidade de sua redenção para que ela não resvale num erro de conseqüências dolorosas e com repercussões negativas no seu futuro espiritual, através de existências em que terá que burilar seu Espírito pelo sofrimento, inexistente talvez, se não houvesse atentado contra as leis divinas
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