Abrir mão da ambição
Autor Ana Carolina Reis
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/7/2024 11:08:32 PM
Desde que me conheço por gente (bem pirralha mesmo), já era meio metida a vencer (como a minha filha Katie - a quem ela puxou, mesmo?)...
Era campeonato de basquete, eu estava lá treinando de segunda a sexta (às vezes, em mais de um treino!). Uma época treinava até no time que ganhava de nós para ver se aprendia algo (não suportava ficar em segundo, queria jogar a medalha de prata no lixo)...
Passou a fase basqueteira, veio a fase atriz. Adolescente dramática, achava que iria desbravar os palcos Brasil afora - com platéias lotadas (e muito ego, claro!)... Queria emocionar as pessoas (hoje, acho que faço isso de outra forma). [no fundo, existia uma menina carente de atenção que queria ir pro palco para ser vista, simples assim...]
Quando ainda criança, queria apenas me vingar de todo bullying que sofri pelo meu sotaque carioca (que sotaque? - perdi-o totalmente...)
Essa garota, ao mesmo tempo carente e revoltada, no fundo só queria ter paz de espírito. Encontrei-a na espiritualidade, numa época tão caótica, quando todo meu chão foi arrancado (passou ali um tsunami e terremoto junto - e eu apenas sobrevivente...). [falo das perdas precoces (pai, irmã) e também de um longo relacionamento abusivo.]
Essa busca desenfreada pelo céu me tirou o pouco de terra que me restava e me tornei Aurora - um ser celestial, quase desencarnado (como meus parentes mortos: "assim como vocês, eu também")...
Foi nessa busca de me reencontrar, de me salvar, de não ter esse mesmo destino terrível que busquei a cura de todas as formas: da dor, da depressão (que nunca havia tratado), do luto complicado (que virou até tema do meu TCC).
Veio, então, as crianças. Com a mais velha, o corte de episiotomia que me trouxe de volta ao corpo, à encarnação e o poder de ressurreição: de ser a Ana Carolina.
Com o mais novo, senti meu corpo todo vibrar em seu nascimento, ao assimilar uma nova informação de Vida (diante do trauma pré-estabelecido que havia com a partida do meu pai). Assim, a Pureza e o Sol vieram, finalmente, habitar em mim...
Seria eu merecedora de tantas dádivas, tanta luz, tanta misericórdia? Depois de tantas tormentas, tantas noites escuras da alma... Depois de tanto choro e angústia, veio a calmaria. Enfim, a Paz chegou.
E com ela a necessidade de aquietar e largar a ambição. Tudo isso, era apenas para chegar nesse final que é o meu (re)começo.
[ou um novo jeito de contar a minha história!]
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ana Carolina Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
