Ação Transformadora em TTC



Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/13/2006 9:54:00 PM
Temos como finalidade em psicoterapia estabelecer no paciente um processo de mudanças utilizando, principalmente, os seguintes agentes:
1) Experiência afetiva: através da expressão de afetos, emoções, a abreação, a catarse, o insight; fica facilitada a quebra de mecanismos de defesa e de resistências ao processo de mudança.
2) Aumento das habilidades cognitivas: aquisição e integração de novos padrões mentais, emocionais e percepção sobre si mesmo e o mundo. O processo de autoconhecimento tende a acarretar um processo de transformação.
3) Estabelecer mudanças de comportamento: outro resultado do processo psicoterapêutico é a mudança de comportamento, controle de hábitos inadequados e geradores ou resultado de conflitos não elaborados.
Toda psicoterapia, portanto, deve possuir, para ser considerada como tal, os seguintes aspectos: uma visão antropológica do homem, uma teoria do funcionamento psíquico, uma teoria do desenvolvimento desse homem, uma metodologia de atuação psicoterapêutica e um entendimento da psicopatologia.
Quando a TVP sai do fenômeno regressivo pura e simplesmente e começa a considerar aspectos psicológicos como os padrões e contrapadrões de comportamento, os traços de caráter, as crenças inconscientes e o Sistema de Valores, passa a enquadrar-se nas principais características encontradas num sistema psicoterápico.
Nessa nova visão proposta estamos considerando o homem como um ser complexo, resultado da interação de diversos níveis de consciência integrados e interligados.
A observação imediata e as pesquisas em Estados Ampliados de Consciência revelam dois tipos básicos de consciência: uma voltada para a experiência física na matéria ou consciência de vigília e outra voltada para a totalidade do ser contemplando os diversos níveis transpessoais ou espirituais do indivíduo.
Nossa hipótese é de que este homem vem transitando ao longo de diversas experiências reencarnatórias que revelam um processo de evolução desse indivíduo na busca do desenvolvimento ou ampliação da sua consciência. Esse desenvolvimento visa a meta da existência ou uma autotranscendência. A doença vai ser entendida como um desequilíbrio nos níveis de consciência do indivíduo que acaba refletindo na consciência de vigília algum distúrbio, seja orgânico ou psíquico. A psicopatologia poderia ser considerada, então, como um obstáculo ao processo de desenvolvimento do ser espiritual.
É um equívoco considerar que apenas a lembrança de uma determinada situação do passado possa, por si só, resolver a maioria dos problemas das pessoas que nos procuram no consultório. Nossa experiência tem revelado que as verdadeiras superações do sofrimento, ocorrem quando o indivíduo toma consciência dos traços de seu caráter e do sistema de valores e crenças que vem utilizando, às vezes ao longo de várias existências, e que permanecem cristalizados na sua dinâmica psíquica.
Quando mantém esses valores ou essa forma de interagir na vida e em outras reencarnações, acabam por provocar desequilíbrios que resultam nos diversos tipos de patologias.
Se o indivíduo, ao invés de transformar o seu sistema de valores e alcançar patamares mais elevados de consciência, manter de forma inadequada o sistema de valores anterior, provoca uma espécie de cristalização que vai distorcer o funcionamento psíquico.
Ao reencarnar, o indivíduo trará as principais características que precisam ser transformadas na existência. Parece que essas distorções trazidas nos níveis transpessoais do indivíduo influem na organização do corpo físico desde a concepção, sendo responsáveis pelas características físicas, doenças congênitas e predisposições orgânicas a doenças. Além das características físicas essa "herança espiritual" irá determinar os principais aspectos do indivíduo encarnado.
O sofrimento pode, então, ser visto como a expressão, nas zonas mais densas da consciência, dos conteúdos que precisam ser transformados no processo de desenvolvimento do ser espiritual. Portanto, o sofrimento resulta em um processo do ser em sua escala de desenvolvimento. Mais do que isso, temos observado em nossa experiência clínica que cada sofrimento já traz a indicação do que precisa ser aprendido.
Cada tipo de sofrimento, seja orgânico, psicológico, nos relacionamentos interpessoais, nos processos de influência espiritual, nos grandes ou pequenos sofrimentos, oferece uma série de experiências que estão relacionadas aos padrões e valores inadequados que estão influenciando ou provocando a enfermidade.
Assim, o processo de transformação se torna o grande objetivo do processo psicoterapêutico da Terapia de Transformação da Consciência (TTC). Não basta a lembrança pura e simples dos episódios dolorosos do passado gravados nos arquivos da memória do ser integral. Somente uma tomada de consciência e uma resolução em uma mudança na configuração dos valores e crenças que orientam a vida do indivíduo, bem como na forma como ele busca esses objetivos (traços de caráter) é que poderão proporcionar a verdadeira cura das enfermidades. Mesmo quando os sofrimentos apresentam desequilíbrios que permanecerão ao longo da atual encarnação, o entendimento do desafio do aprendizado que ele representa para o indivíduo, promovem uma redução do sofrer e uma verdadeira aceitação da experiência.
Trechos extraídos da Apostila do Curso "A Dimensão Espiritual na Psicologia e na Psicoterapia" ministrado pelo Dr. Milton Menezes na cidade de São Paulo nos dias 10 e 11/06 de 2006, e promovido pelo Instituto VITA CONTINUA - Consciência e Transformação, do Rio de Janeiro. link
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: flavio01bastos@gmail.com | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |