ACEITAÇÃO COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO
Autor Jay Reiss
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/28/2014 11:02:26 AM
Algumas pessoas que me procuram buscam soluções imediatas para os seus conflitos internos. Solução todos queremos, certo?
Trabalhando como terapeuta há anos, percebo que algumas coisas são essenciais de serem compreendidas nesse processo.
Quando sentimos um incômodo queremos nos livrar dele. É natural. Isso funciona para algumas situações agudas, mas não para as crônicas. O imediatismo não ajuda a solucionar nada de maneira eficaz, porque ele cria um estado interno que evita o contato com a situação real.
Compreender o processo da aceitação é um desses fundamentos essenciais para soluções de longo termo.
Aceitação é mal compreendida e frequentemente é confundida como um ato passivo, assumindo a atitude mental de “não há o que ser feito” ou “deixa pra lá”. Isso não é aceitação, o nome disso é resignação.
Aceitação é uma atitude suave de tomar o que se apresenta do jeito que é, e receber de boa vontade. Agora, o que se faz com o que se recebe já é outro assunto.
Enormes quantidades de energia são preservadas quando a aceitação é sincera. Frequentemente nós estamos tão envolvidos no nosso mundo próprio e suas demandas que reagimos (cada um da sua forma) àquilo que se apresenta.
A atitude de aceitação cria uma abertura, cria um espaço para o reconhecimento daquilo que se apresenta. Essa qualidade por si só já traz uma qualidade de presença ao processo. Isso permite o ato de olhar com interesse para o que se manifesta e entender do que se trata.
O oposto disso é o que nós fazemos no afã de resolver logo o incômodo: nós reagimos a ele.
Reatividade gera reatividade e o nível da consciência diminui nesse processo.
Aceitação é um reconhecimento relaxado daquilo que se apresenta. E, dada a natureza transitória da vida, nada permanece como é para sempre. E se eu honestamente aceito o que se apresenta, algo interessante começa a acontecer: a energia gasta em reagir ao processo pode ser utilizada para decidir com discernimento o que fazer e então agir nessa direção.
Essa mudança de qualidade interna cria a condição para uma transformação duradoura.
Eu estou consciente da mudança de paradigma que essa percepção provoca. O nosso condicionamento de lutar é muito arraigado, e somos doutrinados a acreditar no valor disso.
Agora, imagine alguém com um vício. Aceitar o vício não significa se largar nele, mas simplesmente se aceitar como um indivíduo que tem um vício. Lembra da transitoriedade das coisas? Aceitar a existência do vício e não se mortificar por tê-lo, torna a percepção da sua condição como menos definitiva e portanto, torna essa condição mais manejável.
A pessoa possui um vício, e nessa nova ótica, o vício se torna visto pelo que ele é: uma compensação, um indicador de algo que o indivíduo não quer ou não consegue lidar. Bingo! Um distanciamento é criado e em vez de julgar, uma dimensão apropriada é dada à circunstância.
Esse distanciamento possibilita conhecer esse comportamento e aumenta o intervalo entre o estímulo- a vontade de satisfazer o vício – e a resposta – a decisão do que fazer com isso.
Isso só se torna possível ao reconhecer, aceitar e então agir com clareza com o que se apresenta. Essa atitude apresenta uma possibilidade de evolução contínua para todos nós.
https://www.reeduca.com.br/portugues/aceitacao-como-agente-de-transformacao-2/
Avaliação: 5 | Votos: 2
Constelador Familiar, Facilitador de Barras de Access®, Facilitador de EFT, Instrutor de Breema Bodywork®, Master e Wizard Avatar ®, estudante contínuo de Astrologia como orientação pessoal e profissional. Trabalho com atendimentos e cursos http://terapia.net.br http://www.terapiacomjay.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
