Aceitar para Libertar
Atualizado dia 10/5/2007 3:21:28 PM em Autoconhecimentopor Thais Modes Rabelo
Realmente é uma situação difícil de descrever, pois cada um associa a sensação a alguma imagem que lhe faz sentido. No entanto, mais cedo ou mais tarde temos uma experiência assim que nos faz sentir um gosto diferente na realidade de se estar vivo.
Às vezes queremos conceituar demais e acabamos rotulando a felicidade, dando a entender que é um estágio inatingível, sendo que é sutil, simples demais. Não há receita para alcançá-la, porém, se ficarmos atentos podemos senti-la com suas mãozinhas delicadas nos afagando por dentro.
O “feliz–para-sempre” que nossos egos insistem em nos fazer reconhecer, baseado em uma vida ideal - expressão paradoxal por si só - é um holofote de luz intensa que nos atrai e cega diante do que está mais próximo e receptivo. Começamos a ignorar preciosidades que temos nas mãos.
Para que a vida seja plena há que se ter uma abertura para todas as emoções e não querer escolher as que agradam mais ao ego, escravo do medo. Há, em todas as situações, um aprendizado e um potencial de libertação espiritual. É como a sabedoria da flor–de-lótus que abre-se linda e pura, porém inspirando gratidão ao lodo que lhe deu condições para brotar e desabrochar e a mantém viva na matéria.
A sensação de serenidade pode ser experimentada a partir de qualquer emoção após ser profundamente observada. Para isso, o que se sente - como a raiva, por exemplo - deve vir à tona, não sendo sufocado como manda o bom senso. Conscientemente, não se repetem padrões emocionais, não são descarregadas no próximo e, assim, não cria-se um aprisionamento ao invés da libertação. O sentimento vem como uma energia extra e deve ser canalizado de forma a dar-lhe vazão. Se direcioná-lo a outrem, ele apenas retorna e daí confirma-se sua má fama.
Se formos um pouco mais além, observaremos a transmutação de sentimentos: ódio-amor, raiva–perdão, destruição–renascimento... Afinal, se prestarmos atenção ao nosso corpo poderemos perceber que vários provocam sensações físicas muito parecidas. O que muda, muitas vezes, é o pensamento relacionado ao acontecimento que leva a pessoa a sentir algo. O corpo não julga, não dá nomes. Quem o faz é a mente, daí a necessidade de trabalharmos nossas crenças.
Esses processos, se bem aceitos, podem ser alavancas que nos levarão à leveza, ao contato com o ser superior, que mantém-se intacto e, ao contrário de tudo o que buscamos ou que nos aflige, eterno. Por isso, observemos nossos bloqueios e preconceitos em relação ao que estamos sujeitos a sentir. Vamos entrar em contato com nossa energia vital e acolhermo-nos em todos os níveis existenciais. Façamos as pazes com nossa natureza e sejamos humanos em totalidade!
Sugestão de leitura:
"Emoções, liberte-se da raiva, do ciúme, da inveja e do medo", OSHO, Ed. Cultrix.
Texto revisado por Cris
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