ADOÇANTES ARTIFICIAIS: QUAL A RELAÇÃO COM A OBESIDADE?




Autor Pollyanna Patriota
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/28/2016 4:18:00 PM

Com o crescimento mundial da obesidade em todos os níveis sociais e faixas etárias, tornando esta doença uma Epidemia mundial, a busca por mecanismos de redução calórica tem sido o grande foco nas intervenções dietéticas tradicionais.
Assim, os adoçantes artificiais têm sido utilizados em grande escala com as seguintes justificativas:
• Substituição do açúcar refinado;
• Redução das calorias em alimentos industrializados;
• Auxiliar em dietas para emagrecimento;
• Prevenção do ganho de peso.
O adoçante artificial favorece a redução do peso?
Estudos de Revisão, publicados em respeitáveis revistas científicas tais como, “Trends in Endocrinology & Metabolism”, “New England Journal of Medicine” e Revista de Medicina de São Paulo (USP), revelam que este produto, componente de diversos alimentos considerados dietéticos, pode favorecer o ganho de peso, através dos seguintes mecanismos:
• Ao ingerir grandes quantidades de bebidas adoçadas artificialmente o organismo percebe a ingestão de doce pelo individuo e ativa os mecanismos para sua metabolização, como há um engano, ou seja, não há açúcar livre no organismo, nem calorias para serem queimadas, o organismo ativa um mecanismo compensatório para conservar energia o que leva ao acúmulo de peso em longo prazo;
• A ingestão de grandes quantidades dessas bebidas também não constitui uma prática educativa. No processo de educação nutricional, um dos objetivos é ajudar ao individuo a desenvolver capacidades gustativas não desenvolvidas durante sua vida pregressa. Um indivíduo que inicia um bom processo de educação nutricional deve ter como meta o desenvolvimento de uma melhor palatabilidade, o “conhecer novos sabores” e não manter-se com um paladar subdesenvolvido, onde só se considera aceitável o doce e o salgado. Portanto, ingerir alimentos adocicados predominantemente, não é a forma mais adequada de desenvolver os processos gustativos.
• Adoçantes oferecem menos saciedade,aumentam a fome, assim como estimulam o desejo por comer mais doces, levando ao aumento do consumo alimentar e consequente aumento de peso.
• A presença de acidulantes e conservantes tanto nos adoçantes artificiais quanto nos alimentos adoçados artificialmente interfere num processo complexo e importante do organismo que ocorre no interior das células, alterando a “compreensão” das células sobre o mecanismo hormonal e estimulando a obesidade. Um bom exemplo para facilitar a compreensão é que se a pessoa X ingere duas mil calorias provenientes de arroz, feijão, carnes, frutas e vegetais e a pessoa Y ingere as mesmas duas mil calorias provenientes de hambúrgueres, refrigerantes, biscoitos recheados, carnes embutidas, este segundo indivíduo ganharia muito mais peso.
Este fenômeno aconteceria por dois fatores:
a) O primeiro fator: a presença dos acidulantes, conservantes e outros aditivos alimentares que são conhecidos como disruptores endócrinos (alteram o mecanismo endócrino celular), são substâncias que podemos classificar como tóxicas e que provocam alterações hormonais que favorecem o ganho de peso.
b) O segundo fator: a ausência de nutrientes importantes tais como uma série de vitaminas e minerais que participam de sistemas enzimáticos, as quais além de promover uma desintoxicação celular, regularia o metabolismo energético de forma saudável.
Quais substâncias compõem os adoçantes artificiais?
A maior parte destes produtos comercializados é composta de sacarina, ciclamato de sódio,sucralose e sorbitol. Algumas pessoas optam por utilizar adoçantes à base de esteviosídeo ou estévia, o que é apontado como adoçante natural, porém, é importante verificar o rótulo dos produtos, pois a indústria alimentícia para melhorar a aceitabilidade e até mesmo tornar mais barato o produto costuma adicionar sacarina.
Qual a melhor escolha?
Em casos onde o açúcar de mesa não pode ser utilizado de forma alguma (diabetes, por exemplo) a indicação é utilizar os adoçantes artificiais em pequenas quantidades, tendo como preferência o adoçante à base de esteviosídeo puro: sendo orientado 3 gotas para uma xícara de café e 8 a 10 gotas para um copo de 240 ml. No controle de peso, dê preferência ao uso de açúcar orgânico ou demerara em quantidades educativas: uma colher de chá para uma xícara de café para aqueles que não abrem mão do café com açúcar (já que o café é bebida que originalmente deveria ser degustada sem adoçar) e evitar sua utilização em sucos de frutas, aproveitando para educar o paladar, percebendo os diversos sabores das frutas que temos em nosso país. A preferência é consumir as frutas in natura ao invés de sucos.









Diététicienne, Master of Science en Santé Maternel-infantile , PhD en Nutrition. Elle a été publié articles scientifiques, livres et chapitres de livres. Elle collabore avec certains sites internet, magazines et journaux.Conférencière avec une expérience nationale et internationale. Evénements et/ou Conférences : evidencenutri@gmail. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |