Afinal, e a ACUPUNTURA?

   

Autor Carmem Calmon Lacerda

Falou-se tanto, fizemos abaixo assinado e ...nada. Nada bem definido, nada bem resolvido. Então me perguntam mil vezes em um mês: Krika, mas como vamos trabalhar? Podemos trabalhar com Acupuntura após a formação?

Então, explicando: este mês, estou trazendo a minha cidade um Instituto bacana que dará uma formação em Acupuntura Estética, com carga horária de 300h/a em 7 meses.

Estou montando o Curso, providenciando o espaço, ajeitando tudo para que fique bom, belo e eficaz. Isso quer dizer: tudo dentro dos requisitos exigidos pelo M.S.

Em um passado nada distante falou-se demais em ser necessária a formação em medicina para o exercício da Acupuntura. Hoje, após muitos debates, a maioria bem esclarecida da população, médica, leiga, etc, sabe que esta técnica milenar não é oriunda da medicina alopática ocidental. Temos o termo MEDICINA TRADICIONAL que remete a tradição, no passado, no oriente, as práticas de cura eram passadas de pai para filho/mãe pra filha. E assim tinha-se uma verdadeira "clínica" no lar.

Argumentos como: "Ah, e quanta gente não morria por isso, hein?", como ouvi esta semana não justifica nada. Muitos morreram antes do advento da ciência em áreas diversas e continuarão morrendo de doenças de alguma forma. O que é realmente impensável é alguém morrer de fome, fome de alimento e de amor, como tem acontecido em nosso planeta. Isso, sem mencionar as guerras insanas, como toda guerra, onde ninguém vence e milhões morrem.

Vejo que hoje voltamos à idade Média onde uma simples Gripe monopolizou o mundo. Dizem as más línguas que "esta gripe mata todo mundo, vamos vacinar!!!"

Porém, esqueceram que o mais importante não é QUEM, mas COMO praticar a Acupuntura. Não seria fundamental estabelecer linhas de ação a serem seguidos pelos diversos profissionais que desejassem incluir esta prática em suas atividades profissionais, incrementando ou mesmo atuando exclusivamente dentro dos preceitos da técnica?

Em 2001, a OMS realizou ampla pesquisa a respeito das medicinas alternativas e concluiu que somente na Arábia Saudita e Áustria a Acupuntura é restrita a médicos. Determinou, então, que ela seja multi-profissional. Isso é: dentistas, psicólogos, médicos diversos, enfermeiros, terapeutas, e obviamente os Acupunturistas devidamente formados, podem atuar com esta técnica.

É mencionado: "com a devida formação". Creio que aqui jaz a real dúvida: qual seria a devida formação? Uma pratica de milênios pode ser assimilada em um curso de 60 horas aula, como víamos Brasil afora, argumentando que era ministrado a médicos  etc.  

Meridianos? Energia? Onde foi parar a fonte de tudo, a razão de ser? Não trabalhamos com órgãos em Acupuntura, isso fica para os médicos. Nunca ouvi um Terapeuta dizer  desejar ser médico com um curso de 60 horas ou com qualquer curso na verdade. Vivemos dentro de nossa realidade restrita e lógica: somos terapeutas, nem especiais, nem deuses, ...nem médicos.

Apesar de nossa tarefa ser árdua, financeiramente difícil, psicologicamente cansativa e as vezes enlouquecedora, vejo terapeutas bem resolvidos com as suas carências, alguns que reclamam da falta de dinheiro e facilidades, estabilidade, etc, mas isso encontramos em todas as profissões. Não é esta a paisagem geral.

Hoje, em nosso país, todos podem exercer a atividade pelo simples fato de não haver Lei Federal que a regulamente. Então, temos, como em todas as profissões, os bons, os médios e os ruins. Porém, com um agravo: isso acontece como o apoio governamental, pois na omissão apoia o erro.

Sou a favor de todos poderem escolher como cuidarem de si e poderem ter acesso a tratamentos alopáticos, homeopáticos, florais... entre eles a acupuntura. Afinal, sou democratica, acredito piamente na democratização da saúde também. Mas, acima de tudo, prezo a segurança de todos: liberdade de atuação anexada a responsabilidade e qualidade de ação gerarão segurança ao escolher o profissional a quem recorrer, e para isso, há de ter critérios muito bem definidos.

Aqui em minha terrinha, houve uma entrevista, como um debate, entre um Acupunturista amigo e muito bem reconhecido aqui e também na China, com trabalhos premiados e toda a segurança que a competência fornece, e um médico também reconhecido em sua área, que teve a infelicidade de falar que: "o risco que a população corre é que um charlatão insira a agulha em um órgão vital e cause lesão irreversível..." .

Creio que esta frase deixou todos a pensar, mas entre vários pensamentos que me vieram, o que mais me incomodava era de que agulha este senhor falava? Não seria uma agulha de TRICÔ?

O que vocês acham? A gente se fala?

 

 

 

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Carmem Calmon Lacerda    Trabalho e estudo Aromaterapia, Florais de Bach e Califórnia, Terapia do Barro (GEOTERAPIA) e Shiatsu Emocional. Sou Reflexoterapeuta e Fitoterapeuta. Muito confiante e feliz com o meu trabalho, faço com estudo e amor. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.